Museu do Pão (Seia)

Museu em Seia, Portugal

Inaugurado em setembro de 2002, em Seia, na Serra da Estrela, o Museu do Pão é hoje uma das maiores referências da museologia em Portugal e o maior complexo dedicado ao tema em todo o mundo.[1][2]

Museu do Pão
Museu do Pão (Seia)
Tipo Complexo museológico de entidade privada
Inauguração 26 de setembro de 2002 (21 anos)
Visitantes 1.522.000 (até 2021)
Website www.museudopao.pt
Geografia
País Portugal Portugal
Cidade Seia
Localidade Rua de Santa Ana • Quinta Fonte do Marrão, 6270-909 Seia, Portugal
Coordenadas 40° 25' 04" N 7° 41' 41" O
Sala Ciclo do Pão

Oferecendo uma experiência multissensorial através da visita às quatro salas temáticas do museu, um bar-biblioteca, uma mercearia tradicional e um restaurante, o Museu do Pão recolhe continuamente, preserva e exibe objetos e património do pão português.

O Museu do Pão faz parte do grupo empresarial O Valor do Tempo.


Salas expositivas editar

Ciclo do Pão editar

A sala do Ciclo do Pão reconstitui o antigo ciclo tradicional do pão português no seu contexto histórico, através de catorze painéis ilustrados, a que se juntam as alfaias e os utensílios que atestam que fazer pão é originalmente um processo muito artesanal.

As cestas da padeira, a bicicleta-pasteleira que fazia a distribuição do pão, as balanças, os ditados e as lengalengas do passado partilham o espaço com os diversos cereais. Nesta sala, três moinhos em contínua laboração oferecem a magia do som de antigamente, a remeter para o passado.

Arte do Pão editar

A arte é marcada pela inspiração no pão, enquanto expressão de ideias, emoções e formas de ver o mundo. Por entre objetos em azulejo, prata, cerâmica, vidro ou madeira, aqui se destacam também a filatelia, a iconografia, os postais e a arte sacra desde sempre ligada ao pão, numa tradição multissecular. E a pintura, pelo pincel de Velhô, pintor português cuja cor e traço devolvem à terra a sua poesia.

 
Sala Arte do Pão

Pão Político, Social e Religioso editar

300 anos da história do pão são revistos em centenas de documentos originais, que reconstituem a história do pão em Portugal desde a restauração da independência até à restauração da democracia.

A simbologia do pão na religião é muitas vezes associada ao sagrado, evidenciando a sua importância como um dos alimentos essenciais mais antigos, não apenas para o corpo, mas sobretudo afirmando-se como uma base espiritual que simboliza vida, renovação, prosperidade, humildade e sacrifício.

A escrivaninha de Fernando Pessoa, bem como uma rara primeira edição da sua obra, Mensagem, estão aqui em exposição permanente.[3][4][5] Este objeto pessoal onde o poeta se inspirava para escrever as suas obras foi adquirida em leilão à família do poeta, bem como os seus icónicos óculos, atualmente cedidos à A Brasileira do Chiado, em Lisboa.[6][7][8]

O Maravilhoso Mundo dos Hérmios[9] editar

 
Sala Pão Político, Social e Religioso | Escrivaninha de Fernando Pessoa

O espaço temático é especialmente dedicado ao público infantojuvenil, numa sala didática e pedagógica. Aqui, os gnomos da tribo dos Hérmios, protetores dos primeiros habitantes dos montes Hermínios, convidam a uma viagem imaginária e mitificada ao passado do pão, cheia de movimento, luz e cor. Um espaço onde a história e a lenda se cruzam e onde o pão passa pelos nossos olhos e pelas mãos. No final da visita é hora de pôr a mão na massa e moldar o pão que, depois de passar pelo forno, permite levar a magia para casa.[10][11]

 
Sala O Maravilhoso Mundo dos Hérmios


 
Espaço temático


Referências

  Este artigo sobre Cultura é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.