Nação Fortaleza é um bloco carnavalesco do estado brasileiro do Ceará. Foi fundado em 25 de março de 2004, como forma de marcar o Dia do Maracatu e as comemorações dos 120 anos da abolição da escravatura no Ceará. O Maracatu Nação Fortaleza tem como objetivo inserir crianças e adolescentes na cultura de maracatus, e assim trazer a participação efetiva de novas gerações dando continuidade ao trabalho dos antigos mestres.

O Maracatu Nação Fortaleza iniciou suas atividades com um trabalho voltado para estabelecer critérios de qualidade e pesquisa na elaboração do vestuário e dos adereços de seus componentes, ensejando a investigação histórica e o caráter inovador de seus timbres e ritmos, tendo como prioridade a participação dos brincantes em todos os setores do folguedo, com a realização de oficinas contemplando diversas formas de habilidades e o manuseio de materiais na confecção de roupas e elementos para as apresentações do grupo.

Idealizador do Maracatu Nação Fortaleza, Calé Alencar é autor de loas apresentadas pelos maracatus Az de Ouro, Nação Baobab e Vozes da África no desfile carnavalesco em Fortaleza. Seu mais recente trabalho, o disco Loas de Maracatu Cantigas de Liberdade, foi lançado em julho de 2005, em show realizado no Anfiteatro do Parque do Cocó. O disco comemora dez anos de atividades do artista no carnaval de rua, reunindo 16 loas interpretadas com seu vigor característico, configurando um trabalho autoral de acentuada qualidade e talento refinado.

Adotando como padrão as cores vermelho, amarelo, azul e branco, o Maracatu Nação Fortaleza incorpora, pela primeira vez na história, o nome da capital cearense a um grupo participante do desfile oficial do carnaval de rua.

Pretendendo imprimir uma marca original nas manifestações culturais de rua, o Maracatu Nação Fortaleza, além de sua participação efetiva no desfile tradicional do período carnavalesco, tem realizado apresentações na programação de eventos artísticos e culturais da cidade, criando oportunidade para a mostra do talento de crianças e jovens, aliados à experiência do grupo de brincantes adultos e exibindo seu cortejo em escolas, congressos, teatros, ruas, praças e centros culturais, contribuindo para a ampla divulgação do maracatu, evidenciando uma base com percussão e ritmo que preservam e ao mesmo tempo ampliam o batuque tradicional das manifestações afro-descendentes de Fortaleza, acrescentando movimentos de expressão corporal, trabalhando matizes fortes para apresentação dos figurinos e inovando nos desenhos musicais dos tambores, de forma a apresentar um toque vigoroso e inovador além de contar com a participação de pais, mães, filhos e filhas de santo e adeptos das religiões afro-descendentes da capital cearense.

Foi o 5º colocado em 2013, o 6º colocado em 2014, e vice-campeão em 2015,[1] perdendo o título de campeão no quesito de desempate, "rainha".[2]

Em 2016, obteve a 5ª colocação no Carnaval de Fortaleza.[1]

Referências

  1. a b Paola Galvão (SECULTFOR) (14 de fevereiro de 2017). «Classificação dos desfiles do Carnaval de Fortaleza 2013». Consultado em 31 de maio de 2013. Cópia arquivada em 31 de maio de 2020 , por meio da manifestação E-SIC 00021000001201762 com base na Lei de acesso à informação.
  2. «Unidos do Acarac.uzinho é campeã; veja outros resultados do Carnaval de Rua 2015». O Povo. 20 de fevereiro de 2015. Consultado em 6 de março de 2015. Cópia arquivada em 21 de fevereiro de 2015