Negociações de paz entre Israel e Palestina 2010–2011

As negociações diretas entre Israel e a Autoridade Nacional Palestina tiveram lugar ao longo de 2010, como parte do processo de paz, entre o Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, o Primeiro-Ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e o Presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas. O objetivo final das negociações diretas é alcançar um "estatuto final" oficial para o conflito entre Israel e a Palestina através da implementação de uma solução de dois estados, com Israel permanecendo um estado judeu, e o estabelecimento de um estado para o Povo palestino.

Benjamin Netanyahu, Mahmoud Abbas, George J. Mitchell e Hillary Clinton no início das conversações diretas em 2 de setembro de 2010.

No início de 2010, Benjamin Netanyahu impôs uma moratória de dez meses à construção de colonatos na Cisjordânia como um gesto para a Autoridade Palestina, depois de anteriormente ter declarado publicamente o seu apoio a um futuro Estado da Palestina, mas insistiu que os palestinos precisariam de fazer gestos recíprocos próprios. A Autoridade Palestina rejeitou o gesto como insuficiente. Nove meses depois, as negociações diretas entre Israel e a AP foram reiniciadas, após quase dois anos de impasse.[1]

No início de Setembro, uma coligação de 13 fações palestinas iniciou uma campanha de ataques contra civis israelenses, incluindo uma série de tiroteios e ataques com foguetes contra cidades israelenses, numa tentativa de inviabilizar e torpedear as negociações em curso.[2]

As conversações diretas foram interrompidas no final de Setembro de 2010, quando expirou uma moratória parcial israelense sobre a construção de colônias na Cisjordânia e Netanyahu recusou-se a prolongar o congelamento a menos que a Autoridade Palestina reconhecesse Israel como um Estado Judeu, enquanto a liderança palestiniana se recusou a continuar a negociar a menos que Israel prorrogasse a moratória. A proposta foi rejeitada pela liderança palestina, que afirmou que o tema do Estado Judaico não tem nada a ver com o congelamento das construções. A decisão de Netanyahu sobre o congelamento foi criticada por países europeus e pelos Estados Unidos.[3][4]

Referências editar

 
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