Nikolai Konstantinovich Koltsov (em russo: Николай Константинович Кольцов; 14 de julho de 18722 de dezembro de 1940) foi um biólogo russo. Ele foi um dos criadores da genética moderna. Nikolai Koltsov foi também um professor do famoso biólogo Nikolay Timofeeff-Ressovsky.

Nikolai Koltsov
Nikolai Koltsov
Nascimento 3 de julho de 1872
Moscovo
Morte 2 de dezembro de 1940 (68 anos)
São Petersburgo
Sepultamento Cemitério Vvedenskoye
Cidadania Império Russo, União Soviética, Rússia bolchevique
Alma mater
  • Faculty of Physics and Mathematics of Moscow Imperial University
Ocupação biólogo, geneticista, professor universitário
Prêmios
  • Honored Scientist of the RSFSR
Empregador(a) Universidade Estatal de Moscovo, Universidade Imperial de Moscou, Moscow City People’s University, Guerrier Courses, Koltzov Institute of Developmental Biology
Causa da morte veneno

Carreira científica editar

Ele graduou pela Universidade de Moscou em 1894 e trabalhou como professor ali de 1985 até 1911. Ele fundou e dirigiu o Instituto de Biologia Experimental em meados de 1917, um pouco antes da Revolução de Outubro. Ele era membro da Academia Agrícola (VASKhNIL).

Pesquisas editar

Nikolai Koltsov trabalhou em citologia e anatomia de vertebrados. Em 1903 Koltsov propôs que a forma das célula era determinada por uma rede de túbulos que ele chamou de citoesqueleto. Em 1927 Kolstov propôs que os traço herdados iam ser herdados via uma "enorme molécula hereditária" que ia ser composta de "duas tranças de espelho que reproduziriam num modo semi-conservador que usa cada trança como um modelo".[1] Em 1953 essas idéias foram confirmadas como corretas quando James Watson e Francis Crick descreveram a estrutura do DNA. Watson e Crick aparentemente nunca ouviram sobre Koltsov. Um geneticista estadunidense chamado Richard Goldschmidt escreveu sobre Koltsov: "Tinha o brilhante Nikolai Koltsov, provavelmente o melhor zoologista russo da última geração, um invejável, culto de maneira inacreditável, sábio de pensamentos puros, admirado por todos que o conheciam"[1]

Prisão e julgamento em 1920 editar

Koltsov foi preso acusado de ser membro do inexistente "Centro Tático Anti-Soviético" inventado pela Cheka, a organização secreta do Estado, em 1920. O promotor público Nikolai Krylenko exigiu a pena de morte para Koltsov (67 de aproximadamente 1000 pessoas presas eram executadas).[2] Entretanto, depois de um apelo pessoal para Vladimir Lenin por Máximo Gorki, Koltsov foi liberado e foi restaurado para sua posição como chefe do Instituto Kotsov de Biologia Experimental.[1]

Campanha contra ele e morte editar

Em 1937 e 1939, os apoiadores de Trofim Lyssenko publicaram uma série de artigos de propaganda contra Nikolai Koltsov e Nikolai Vavilov. Eles escreveram: "O Instituto de Genética da Academia de Ciências não só não criticou as besteiras fascistas de Professor Koltsov, mas também não se dissociou de suas 'teorias' que suportavam as teorias raciais fascistas".[2] Sua morte em 1940 foi alegadamente causada por um derrame cerebral. Porém, "a bioquímica Ilya Zbarsky revelou que a morte inesperada de Koltsov foi causada por envenenamento pela NKVD", a policia secreta da União Soviética.[1] Naquele mesmo dia a esposa de Koltsov cometeu suicídio[2]

Referências

  1. a b c d Soyfer, Valery N. "The consequences of political dictatorship for Russian science". Nature Reviews Genetics 2: 723-729 (2001)]
  2. a b c Vadim J. Birstein. The Perversion Of Knowledge: The True Story of Soviet Science. Westview Press (2004) ISBN 0813342805