Nota: Para o automóvel, veja Chevrolet Opala.

O mineraloide opala é sílica amorfa hidratada, cujo percentual de água pode chegar a 20%. Por ser amorfo, ele não tem formato de cristal, ocorrendo em veios irregulares, massas, e nódulos. Tem a fratura conchoidal, brilho vítreo, dureza na escala de Mohs de 5,5-6,6, gravidade específica 2,1-2,3, e uma cor altamente variável.

Opala
Opala
Categoria Mineralóide
Cor branco, preto, vermelho, laranja, a maior parte do espectro completo, incolor, iridiscente
Fórmula química Hidrato sílica. SiO2·nH2O
Recursos de diagnóstico escurecimento após aquecimento
Propriedades cristalográficas
Sistema cristalino Amorfo[1]
Hábito cristalino Irregular veias, nas massas, nos nódulos
Propriedades ópticas
Índice refrativo 1.450 (+.020, -.080) Opala mexicana pode ler um valor tão baixo quanto 1,37, mas normalmente lê 1.42–1.43[1]
Birrefringência none[1]
Propriedades ópticas Refração simples, muitas vezes anômalo de dupla refração devido à tensão[1]
Fluorescência ultravioleta pode ser fortemente fluorescente à luz UV, geralmente em amarelo e azul ou, na opala comum, em verde-maçã ou verde-amarelado.
Espectro de absorção pedras verdes: 660nm, 470nm cutoff[1]
Propriedades físicas
Polimento Vítreo a resinoso[1]
Dureza 5.5–6.5[1]
Solubilidade quente água salgada, bases, metanol, ácido húmico, ácido fluorídrico
Clivagem Não[1]
Fratura Conchoidal para desigual[1]
Brilho Subvítreo para ceroso[1]
Risca Branco
Referências [2][3]
Mapa dos principais países produtores no mundo
Opala de fogo

Características editar

A opala pode ser branca, incolor, azul-leitosa, cinza, vermelha, amarela, verde, marrom e preta. Frequentemente muitas dessas cores podem ser vistas simultaneamente, em decorrência de interferência e difração da luz que passa por aberturas regularmente arranjadas dentro do microestructura do opala, fenômeno conhecido como jogo de cores ou difração de Bragg. A estrutura da opala é formada por esferas de cristobalita ou de sílica amorfa, regularmente dispostas, entre as quais há água, ar ou geis de sílica. Quando as esferas têm o mesmo tamanho e um diâmetro semelhante ao comprimento de onda das radiações da luz visível, ocorre difração da luz e surge o jogo de cores da opala nobre. Se as esferas variam de tamanho, não há difração e tem-se a opala comum.

O termo opalescência é usado geral e erroneamente para descrever este fenômeno original e bonito, que é o jogo das cores. Na verdade, opalescência é o que mostra opala leitosa, de aparência turva ou opala do potch, sem jogo de cores.

As veias de opala que mostram jogo de cores são frequentemente muito finas, e isso leva à necessidade de lapidar a pedra de modos incomuns. Um doublet de opala é uma camada fina de opala colorida sobre um material escuro como basalto ou obsidiana. A base mais escura ressalta o jogo de cores, resultando numa aparência mais atraente do que um potch mais claro. O triplet de opala é obtido com uma base escura e com um revestimento protetor de quartzo incolor (cristal de rocha), útil por ser a opala relativamente delicada.

Dada a textura das opalas, pode ser difícil obter um brilho razoável.

As variedades de opala que mostram jogo de cores, as opalas preciosas, recebem diversos nomes; do mesmo modo, há vários tipos de opala comum, tais como: opala leitosa (um azulado leitoso a esverdeado); opala resina (amarelo-mel com um bilho resinoso); opala madeira (formada pela substituição da madeira com opala); Menilite (marrom ou cinza) e hialite, uma rara opala incolor chamada às vezes Vidro de Müller.

A opala é um gel que é depositado em temperatura relativamente baixa em fissuras de quase todo tipo de rocha, geralmente sendo encontrado nas formações ferro-manganesíferas, arenito, e basalto. Pode se formar também em outros tipos de materiais, como nós de bambus. A palavra opala vem do sânscrito upala, do grego opallos e do latim opalus, significando "pedra preciosa."

A opala é um dos minerais que podem formar fósseis, por substituição. Os fósseis resultantes, embora possam não ser especialmente valiosos do ponto de vista científico, atraem colecionadores por sua beleza.

A maior parte da opala produzida no mundo (98%) vem da Austrália. A cidade de Coober Pedy, em particular, é uma das principais fontes. As variedades terra comum, água, geléia, e opala de fogo são encontradas na maior parte no México e Mesoamérica.

Existem opalas sintéticas, que estão disponíveis experimental e comercialmente. O material resultante é distinguível da opala natural por sua regularidade; sob ampliação, as áreas com diferentes cores são arranjadas em forma de "pele de lagarto" ou padrão "chicken wire". As opalas sintéticas são distinguidas das naturais mais pela falta de fluorescência sob luz UV. São também geralmente de densidade mais baixa e frequentemente mais porosas.

Dois notáveis produtores do opala sintética são as companhias Kyocera e Inamori do Japão. A maioria das opalas chamadas sintéticas, entretanto, são denominadas mais corretamente de imitações, porque contêm substâncias não encontradas na opala natural (por exemplo, estabilizadores plásticos). As opalas Gilson vistas frequentemente em jóias vintage são, na realidade, um vidro laminado.

Reservas no Brasil editar

Pedro II - Piauí editar

A opala também é encontrada no Brasil, municipío de Pedro II (Piauí), localizado ao Nordeste do Estado.

A opala de Pedro II (Piauí) é a única de qualidade nobre no Brasil e suas reservas, juntamente com as reservas australianas, formam as únicas jazidas de opala de importância no planeta. As reservas de Pedro II são: 12.469,354 kg de reservas medidas; 50.269,416 kg de reservas indicadas e 38.529,230 kg de reservas inferidas. (http://www.opalasnordeste.kit.net/index_arquivos/historia.htm)

A opala, pedra preciosa conhecida por produzir lampejos das sete cores do arco-íris, tem sua maior jazida brasileira no município piauiense de Pedro II. (http://www1.folha.uol.com.br/folha/turismo/noticias/ult338u302733.shtml)

A opala é a Gema oficial da Austrália.

Galeria editar

Referências


Ver também editar