Os Bruzundangas é um livro de autoria do escritor brasileiro Lima Barreto, publicado póstumamente em 1922.[1] Os direitos autorais sobre as crónicas satíricas Notas sobre a República dos Bruzundangas ou Os Bruzundangas foram vendidos ao editor Jacintho Ribeiro dos Santos em 1917.[2]

Os Bruzundangas
Autor(es) Brasil Lima Barreto
Idioma português brasileiro
País Brasil Brasil
Gênero Romance
Editor Jacintho Ribeiro dos Santos
Lançamento 1922 (1a. edição)
Páginas 191 (1a. edição)
Cronologia
Histórias e Sonhos
Bagatelas
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Os Bruzundangas

Tema editar

A obra é uma sátira da vida brasileira nos primeiros anos da Primeira República, [3] Bruzundanga é um país fictício, onde havia, tal como na Primeira República, diversos problemas sociais, econômicos e culturais, entre os quais os títulos acadêmicos possuídos pelos ricos que eram não mais que pseudo-eruditos.[4]

No capítulo "Um mandachuva" ele traça os contornos de um político anônimo, cujo perfil mantém a sua atualidade decorrido quase um século desde o esboço. O político vem de uma cidadezinha no interior do país, tendo tido sua formação restrita às suas atividades domésticas e profissionais, sem qualquer gosto por pensamentos mais altos como a arte e a cultura, mediocridade, desinteresse, provincianismo e descaso pelas audiências públicas.[5]

Crítica editar

Alfredo Bosi afirma que a obra não é sobre um lugar fictício, mas sobre o Brasil do começo do século:

Com Os Bruzundangas Lima Barreto fez obra satírica por excelência. Valendo-se do feliz expediente de Montesquieu nas Cartas Persas, imaginou um visitante estrangeiro a descrever a terra de Bruzundanga, nada mais nada menos que o Brasil do começo do século. Escrita nos últimos anos, a obra traz forte empenho ideológico e mostra o quanto Lima Barreto podia e sabia transcender as próprias frustrações e se encaminhar para uma crítica objetiva das estruturas que definiam a sociedade brasileira do tempo.
— A. Bosi em História concisa da literatura brasileira[6]

Referências