Públio Mêmio Régulo

Públio Mêmio Régulo (em latim: Publius Memmius Regulus; m. 63) foi um senador romano da gente plebeia Mêmia nomeado cônsul sufecto em 31 com Lúcio Fulcínio Trião.

Públio Mêmio Régulo
Cônsul do Império Romano
Consulado 31 d.C.
Morte 63 d.C.

Carreira editar

Régulo e Trião começaram seus mandatos nas calendas de outubro de 31 e serviram até o final do ano[1]. Foi durante o mandato dos dois que o poderoso prefeito pretoriano caiu em desgraça e Régulo foi pessoalmente responsável por realizar a prisão[2].

Depois do consulado, Régulo foi prefeito da Macedônia e da Acaia. Durante seu mandato nesta última, Régulo e seus filhos foram homenageados com várias estátuas. Em 37, depois da morte de Tibério, Calígula ordenou que Régulo removesse a estátua de Zeus de Fídias em Olímpia, na Grécia, uma das sete maravilhas do mundo, e a levasse para Roma[3][4].

Régulo era um dos sodais augustais, membro do colégio dos epulões e um dos irmãos arvais, todos sacerdócios importantes em Roma. Tácito o descreve como "um homem digno, de grande influência e bom nome". Em 63, Régulo faleceu, o mesmo ano que Caio Mêmio Régulo, possivelmente um de seus filhos, foi cônsul. Logo depois, o imperador Nero o descreveu como um dos grandes recursos da nação[5].

Família editar

Originário da cidade de Rossilhão, na província da Gália Narbonense, Régulo chegou ao consulado como homem novo, o primeiro de sua família a chegar ao posto. Um Caio Mêmio já havia sido cônsul sufecto em 34 a.C., mas os não eram parentes próximos.

A esposa de Régulo foi Lólia Paulina, uma mulher de grande beleza e riquíssima. Logo depois de chegar ao trono, Calígula obrigou Régulo a se divorciar dela para que, em 38, ela se tornasse sua terceira esposa. Depois de apenas seis meses, depois de se apoderar da fortuna dela, Calígula se divorciou e exilou Paulina[6][7][8][9]. Régulo provavelmente era o pai de Caio Mêmio Régulo, cônsul em 63[10][11].

Ver também editar

Cônsul do Império Romano
 
Precedido por:
Lúcio Cássio Longino

com Marco Vinício
com Lúcio Névio Surdino (suf.)
com Caio Cássio Longino (suf.)

Tibério V
31

com Lúcio Élio Sejano
com Fausto Cornélio Sula Lúculo (suf.)
com Sexto Tédio Valério Cátulo (suf.)
com Públio Mêmio Régulo (suf.)
com Lúcio Fulcínio Trião (suf.)

Sucedido por:
Cneu Domício Enobarbo

com Lúcio Arrúncio Camilo Escriboniano
com Aulo Vitélio (suf.)


Referências

  1. Fasti Ostienses, CIL XIV, 244, 4531–4546, 5354, 5355.
  2. Dião Cássio, História Romana lviii. 9.
  3. Flávio Josefo, Antiguidades Judaicas xix. 1.
  4. Pausânias, Descrição da Grécia ix. 27.
  5. Tácito, Anais xiv. 47.
  6. Tácito, Anais xii. 22.
  7. Suetônio, Vidas dos Doze Césares, Vida de Calígula 25.
  8. Dião Cássio, História Romana lix. 12.
  9. Eusébio de Cesareia, Crônica.
  10. Tácito, Anais xv. 23.
  11. Gallivan (1974), p. 290–311

Bibliografia editar

  • Gallivan, Paul A. (1974). «Some Comments on the Fasti for the Reign of Nero». Classical Quarterly (em inglês) (24) 

Ligações externas editar