Parque Anhanguera (São Paulo)
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O Parque Anhanguera é um parque municipal situado no extremo noroeste da capital de São Paulo e no bairro de Perus.[1]
Parque Anhanguera
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Pista de Ciclismo e Cooper. | |
Localização | Avenida Fortunata Tadiello Natucci, 1000 (Perus), São Paulo, SP |
Tipo | Público |
Área | 9.5 milhões m² (22.239.484 ac) |
Inauguração | 1979 (45 anos) |
Administração | SVMA |
Coordenadas | 23° 25′ 06″ S, 46° 46′ 53″ O |
Possui área de aproximadamente 950 hectares (9,5 milhões de m²) de mata atlântica, sendo o maior parque municipal da cidade de São Paulo. 400.000 m² destinam-se a visitação pública e o restante é restrito a preservação do ecossistema e diversidade biológica (Refúgio de Vida Silvestre Anhanguera). O Parque Anhanguera está em uma zona de amortecimento e conectividade entre o Parque Estadual do Jaraguá e o Parque Estadual da Cantareira, tem grande importância como corredor ecológico e na troca de fluxo gênico entre espécies animais e vegetais possibilitando a manutenção de espécies de fauna e flora dessas regiões. O Parque Anhanguera possui trilhas, ciclovia com cerca de 2.200 m, pista de downhill (Bike Park Anhanguera), quadras poliesportivas, campos de futebol, orquidário, playgrounds e área com quiosques para confraternizações (churrasqueiras públicas). Está situado na Avenida Fortunata Tadiello Natucci Nº 1.000, também denominada Estrada de Perus Nº 1.000, próximo à via Anhanguera. O Parque foi fundado em 1979.
Sua flora traz vegetação com predomínio de eucaliptal (Eucalyptus sp.), sub-bosque com espécies nativas, remanescentes de Mata Atlântica ao longo de cursos d’água, campos secos (espécies típicas de cerrado), brejos, áreas ajardinadas e horta de plantas medicinais.
Somente uma parte do Parque Anhanguera é acessível ao público, sendo que a maior parte tem acesso restrito a funcionários e pesquisadores por integrar o RVS Anhanguera. O Refúgio de Vida Silvestre Anhanguera é uma Unidade de Conservação de Proteção Integral criada a partir do Decreto Nº 59.497, de 8 de Junho de 2020.
História
editarO parque Anhanguera é originário de uma área remanescente do Sítio Santa Fé, uma antiga fazenda de reflorestamento de eucaliptos adquirida pela Prefeitura do Município de São Paulo no ano de 1978.
Fauna
editarO Parque Anhanguera possui elevada riqueza de espécies de animais, em especial avifana, uma vez que das 382 espécies, 172 são de aves, com destaque para falcão-de-coleira, acauã, gralha-do-campo, tietinga, maitaca, jacuaçu, coró-coró, inhambu-guaçu e inhambu-chitã. Dentre as espécies de aves que ocorrem apenas na Mata Atlântica destacam-se: papa-taoca-do-sul, arapaçu-rajado, tangará, e sanhaçu-de-encontro-amarelo, grande diversidade de beija-flores, como o pequenino estrelinha-ametista, o beija-flor-preto e o beija-flor-de-fronte-violeta, que visitam as flores de malvavisco. No período noturno, os brejos e lagos tornam-se bastante festivos com a “musicalidade” das 15 espécies de rãs, pererecas e sapos que ocorrem na área. Destaque para o sapo-martelo e a perereca-cabrinha, que coaxam fazendo jus a seus nomes, além da perereca-de-inverno que pode ser ouvida o ano todo. Distingue-se por sua beleza rara a perereca-de-folhagem, que pode ser observada durante a época do verão. Serpentes, cágado-pescoço-de-cobra e lagarto-teiú integram os 17 répteis observados no local. Entre as 32 espécies de mamíferos inventariadas constam: morcego, furão, quati, cachorro-do-mato, veado-catingueiro, capivara, tatu, preá, tapiti, cuíca e caxinguelê. Entre os felinos, foram registradas três espécies ameaçadas de extinção: suçuarana ou onça parda (Puma concolor), jaguatirica (Leopardus pardalis) e gato-mourisco (Herpailurus yagouaroundi).
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Flora
editarSua flora traz vegetação é rica em espécies da mata atlântica, com destaque para espécies como: araribá-rosa (Centrolobium tomentosum), cabreúva (Myroxylon peruiferum), bambu-chinês (Bambusa tuldoides), bambu-imperial (Bambusa vulgaris), chal-chal (Allophylus edulis), chico-pires (Leucochloron incuriale), grevílea-gigante (Grevillea robusta), guaraíva (Cordyline spectabilis), jerivá (Syagrus romanzoffiana), mirindiba-rosa (Lafoensia glyptocarpa), palmeira-de-leque-da-china (Livistona chinensis), palmeira-imperial (Roystonea sp.), palmeira-rabo-de-peixe (Caryota urens), pau-brasil (Paubrasilia echinata), pau-jacaré (Piptadenia gonoacantha), pau-rei (Basiloxylon brasiliensis), tapiá-guaçu (Alchornea sidifolia), tipuana (Tipuana tipu), uva-japonesa (Hovenia dulcis) e washingtônia-do-sul (Washingtonia robusta). Já foram registradas 336 espécies vasculares, das quais estão ameaçadas de extinção: cedro (Cedrela fissilis), espinheira-santa (Maytenus ilicifolia), palmito-jussara (Euterpe edulis), pau-brasil (Paubrasilia echinata) e pinheiro-do-paraná (Araucaria angustifolia). Vale a pena pontuar também espécies como: Baccharis punctulata, Corchorus argutus e Pombalia parviflora (Fonte: Inventário de Flora 2018).