Nota: Para outros significados, veja Parsifal (desambiguação).


Parsifal (WWV 111) é uma ópera de três atos com música e libreto do compositor alemão Richard Wagner. Estreou no Bayreuth Festspielhaus em Bayreuth no mês de julho de 1882. É vagamente baseada em Parzival, atribuído a Wolfram von Eschenbach, um poema épico do século XIII do cavaleiro arturiano Parzival (Percival) e sua busca pelo Santo Graal (século XII).[1]

Parsifal
(personagem-título)
Idioma original Alemão
Compositor Richard Wagner
Libretista Richard Wagner
Tipo do enredo Fantástico
Número de atos 3
Número de cenas 5
Ano de estreia 1882
Local de estreia Bayreuth Festspielhaus, Bayreuth

Wagner concebeu o trabalho pela primeira vez em abril de 1857, mas não o concluiu até vinte e cinco anos depois. Foi sua última ópera completa[1] e, ao compor, aproveitou a particular acústica de seu Bayreuth Festspielhaus. Parsifal foi apresentada pela primeira vez no segundo Festival de Bayreuth em 1882. O Festival de Bayreuth manteve o monopólio das produções de Parsifal até 1903, quando a ópera foi apresentada no Metropolitan Opera, em Nova York.[2]

Wagner descreveu Parsifal não como uma ópera, mas como Ein Bühnenweihfestspiel (Um Festival para a Consagração do Palco).[3] Em Bayreuth surgiu uma tradição de que não haveria aplausos após o primeiro ato da ópera.

A grafia de Parsifal feita por Wagner em vez do Parzival que ele usou até 1877 é informada por uma etimologia errônea do nome Percival derivando-a de uma origem supostamente persa, Fal Parsi significando "tolo puro".[4]

Personagens editar

Amfortas baixo-barítono
Titurel baixo
Gurnemanz baixo
Klingsor baixo
Parsifal tenor
Kundry soprano
1º e 2º Cavaleiro tenor e baixo
4 Escudeiros 2 sopranos e 2 tenores
6 Donzelas sopranos

Sinopse editar

A ópera se passa nas legendárias colinas do Monte Salvat, na Espanha, onde vive uma fraternidade de cavaleiros do Santo Graal. O mago negro Klingsor teria construído um jardim mágico povoado com mulheres que, com seus perfumes e trejeitos, seduziriam os cavaleiros e faria com que eles quebrassem seus votos de castidade, e teria ferido Amfortas, rei do Graal, com a lança que perfurou o flanco de Cristo, e todas as vezes em que Amfortas olha em direção ao Graal sente a ferida arder. Tal redenção só poderia ser realizada por um "inocente casto" (significado da palavra "Parsifal"). Este, em sua primeira aparição na ópera, surge ferindo um dos cisnes que purificavam a água do banho de Amfortas, e a todas as perguntas que os cavaleiros lhe fazem responde dizendo que não sabe de nada, nem ao menos seu nome.

Parsifal atravessa o jardim mágico de Klingsor e é seduzido pela amazona Kundry, que ora é uma fiel serva do Graal, ora é escrava de Klingsor. Ao beijá-la, sente os estigmas das feridas que afligiam Amfortas e, quando Klingsor atira a lança contra ele, a lança dá a volta em seu corpo, e todo o castelo mágico é destruído. Tempos depois, tendo os cavaleiros se convencido de que ele é o "inocente casto" que faria a salvação, Parsifal cura as feridas de Amfortas e o destrona, assumindo a nova condição de rei do Graal.

Ligações externas editar

Referências

  1. a b «1882: Estreia de "Parsifal", última ópera de Wagner». Terra 
  2. «Parsifal United States Premiere: December 24, 1903». archives.metoperafamily.org. Consultado em 16 de julho de 2018 
  3. «WebCite query result». www.webcitation.org (em inglês). Consultado em 16 de julho de 2018 
  4. De acordo com Johann Joseph von Görres (1813). Veja Richard Wagner, Das braune Buch. Tagebuchaufzeichnungen 1865 bis 1882 ed. Joachim Bergfeld, Zürich, Freiburg i.Br. 1975, p. 52; Danielle Buschinger, Renate Ullrich, Das Mittelalter Richard Wagners, Königshausen & Neumann, 2007, ISBN 978-3-8260-3078-9, p. 140.