Pauline Viardot-García

Pauline Viardot-García (18 de julho de 1821 - 18 de maio de 1910) foi uma mezzo-soprano e compositora franco-espanhola, irmã 13 anos mais jovem da lendária mezzo Maria Malibran, a "Feiticeira das Nações".

Pauline Viardot-García
Pauline Viardot-García
Полина Виардо
Nascimento Michelle Ferdinande Pauline García
18 de julho de 1821
Paris
Morte 18 de maio de 1910 (88 anos)
7.º arrondissement de Paris
Residência Moscovo
Sepultamento Cemitério de Montmartre
Cidadania França
Progenitores
  • Manuel García
  • Joaquina Briones
Cônjuge Louis Viardot
Filho(a)(s) Paul Viardot, Louise Héritte-Viardot
Irmão(ã)(s) Manuel García, Maria Malibran
Ocupação compositora, cantora, cantora de ópera, professor de canto, pianista
Instrumento piano, voz

Início da vida musical editar

Michelle Pauline Ferdinande García nasceu em Paris. Seus padrinhos foram Ferdinando Paer (1771-1839) compositor italiano, e a princesa Pauline Galitsin, que lhe ofereceu o seu nome do meio[1]. O seu nome aparece em várias formas, simplesmente "Pauline Viardot", que aparece mais comumente em associação com o seu nome de solteira García[2]. Este nome, por vezes, precede Viardot e às vezes se lhe segue. Ela alcançou a fama inicial como "Pauline García". Após o seu casamento, ela se refere a si mesma simplesmente como "a sra. Viardot"[3].

Pauline começou a ter aulas de piano com seu pai, o tenor espanhol Manuel del Pópulo Vicente García, e criou muitas composições. Ela debutou ainda muito jovem - dezesseis anos de idade - na ópera Otello, de Rossini. Sua técnica de canto era assombrosa e surpreendente, de uma bela dramaticidade. Nesta ópera, ela interpretou o papel de Desdêmona. Na verdade, sua primeira aparição ao público foi em um concerto de piano. Tal fato de ter que substituir sua irmã a deixou muito desgostosa, já que preferia tocar piano e viajar ao lado da irmã do que cantar.

Ela queria tornar-se pianista profissional. Tinha feito aulas de piano com o jovem Franz Liszt[4][5] e contraponto e harmonia com Anton Reicha, o professor de Liszt e Hector Berlioz, e amigo de Ludwig van Beethoven. Foi com grande pesar que ela abandonou sua forte vocação para o piano, o que fez só porque não se atreveu a desobedecer a vontade de sua mãe[5]. Ela, no entanto, manteve-se pianista excepcional durante toda a vida, e muitas vezes tocando em dueto com seu amigo Frédéric Chopin. Após a morte de Malibran, em 1836, aos 28 anos, Pauline tornou-se cantora profissional, com um alcance vocal de C2 a F5. No entanto, sua estréia como músico profissional foi como pianista, acompanhando seu cunhado, o violinista Charles de Bériot[3][4][5].

Referências

  1. Eric Blom ed., Grove's Dictionary of Music and Musicians, 5th edition, 1954
  2. Grove's Dictionary, 5th edition (1954), in a footnote to their article on her father, says: The correct Spanish spelling of the name is García, but the family dropped the accent at some time, probably when its members began to become known abroad.
  3. a b Pauline Viardot-Garcia (1821-1910)
  4. a b «Musical criticism.com». Consultado em 7 de julho de 2010. Arquivado do original em 29 de abril de 2009 
  5. a b c «The Music Salon of Pauline Viardot, Rachel M. Harris» (PDF). Consultado em 7 de julho de 2010. Arquivado do original (PDF) em 7 de março de 2007 
  • April FitzLyon, The Price of Genius (1964), a biography of García-Viardot
  • Barbara Kendall-Davies, The Life and Work of Pauline Viardot-Garcia[1]
  • Michael Steen, Enchantress of Nations

Ligações externas editar

 
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