Paulo Paim

político brasileiro

Paulo Renato Paim (Caxias do Sul, 15 de março de 1950) é um sindicalista e político brasileiro, filiado ao Partido dos Trabalhadores (PT). Atualmente, exerce o cargo de Senador da República pelo Rio Grande do Sul.

Paulo Paim

foto oficial de senador em fevereiro de 2019
Senador pelo Rio Grande do Sul
Período 1º de fevereiro de 2003
até a atualidade
Deputado Federal pelo Rio Grande do Sul
Período 1º de fevereiro de 1987
até 31 de janeiro de 2003
Dados pessoais
Nascimento 15 de março de 1950 (74 anos)
Caxias do Sul, Rio Grande do Sul
Partido PT (1985-presente)
Profissão Metalúrgico
Assinatura Assinatura de Paulo Paim
Website www.senadorpaim.com.br

Biografia editar

Paulo Paim nasceu na cidade de Caxias do Sul, RS, um dos dez filhos do casal Ignácio Alves Paim e Itália Ventura da Silva Paim.

De família sem recursos, começou a trabalhar com 8 anos de idade. Aos 12 anos conquistou uma vaga no Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), onde fazia o curso técnico durante o dia, ao mesmo tempo em que fazia o ginásio no Ginásio Alberto Pasqualini, onde foi presidente do grêmio estudantil.[1][2]

Carreira política editar

Sindicalista editar

Após formar-se metalúrgico pelo Senai trabalhou na Metalúrgica Abramo Eberle e Forjasul. Em 1981 tornou-se presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Canoas. Entre 1983 a 1986 galgou os cargos de secretário-geral e vice-presidente nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT).

Deputado Federal editar

Em 1985 filiou-se ao PT e no ano seguinte foi eleito deputado federal pelo Rio Grande do Sul, sendo deputado constituinte. Foi vice-líder do partido entre 1989 e 1991. Neste período, precisamente, em 1989, foi à África do Sul, em nome da Constituinte, pedir a libertação do líder negro Nelson Mandela, numa comissão formada pela Deputada Benedita da Silva, pelos deputados Domingos Leonelli, João Herrmann Neto e Carlos Alberto Caó de Oliveira. Foi reeleito deputado sucessivamente em 1990, 1994 e 1998. Entre 1993 e 1994 presidiu a Comissão de Trabalho, Administração Serviço Público da Câmara dos Deputados. Também provocou polêmica em 2001 quando, ao protestar contra projeto que alterava a CLT, rasgou um exemplar da Constituição Federal, e posteriormente o documento que pedia a cassação de seu mandato por este ato.[3]

Senador editar

 
Paulo Paim e a presidente Dilma Rousseff em 2011.

Nas eleições de 2002 disputou o cargo de senador, sendo eleito após uma disputa bastante acirrada pela segunda vaga contra a colega de chapa Emília Fernandes.[4] Participou na mesa diretora do Senado como primeiro vice-presidente no biênio 2003/2005 e entre 2007/2009 foi presidente da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa.

Nas eleições no Rio Grande do Sul em 2010 disputou a reeleição ao Senado, sendo o mais votado com 33,83% dos votos válidos.[5]

Foi o autor do projeto de lei, apresentado em 1997, quando ainda era deputado federal, que criou o Estatuto do Idoso, e também do projeto de lei que renomeou a lei, em 2022, para Estatuto da Pessoa Idosa.[6] Também de sua autoria mas ainda em discussão no Congresso Nacional, são os projetos de lei que institui o Estatuto da Igualdade Racial e o fim do fator previdenciário.[7]

Em 2012, Paim ganhou a categoria Defesa do Consumidor do prêmio Congresso em Foco.[8]

É o coautor do projeto original da lei brasileira de inclusão de 2015, que criou o Estatuto da Pessoa com Deficiência, que entrou em vigência em março de 2016.[9]

Em outubro de 2017 votou a contra a manutenção do mandato do senador Aécio Neves, mostrando-se favorável à decisão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal no processo em que ele era acusado de corrupção e obstrução da justiça por solicitar dois milhões de reais ao empresário Joesley Batista.[10][11]

Em 2018, foi reeleito ao cargo com 1.875.245 votos.[12] Com isso, Paim foi o único senador das regiões Centro-Oeste, Sul e Sudeste a ser reeleito.[13]

Salário mínimo editar

Notabilizou-se nacionalmente pela defesa da adoção de salário mínimo de cem dólares quando era deputado.[14] Em 2011, o governo federal estava disposto a aumentar o salário mínimo para 545,00 reais, enquanto o senador Paim defendia 560,00 reais.[15]

Referências

  1. «História e Vida Pública». Paim Senador. Consultado em 25 de julho de 2016 
  2. «Político desde a adolescência, Paulo Paim celebra a liberdade». Senado Federal - Jornal do Senado. Consultado em 25 de julho de 2016. Arquivado do original em 13 de agosto de 2016 
  3. «Folha Online - Brasil - Deputado petista rasga documento que pedia sua cassação - 30/11/2001». www1.folha.uol.com.br 
  4. «TRE-RS». Consultado em 31 de março de 2010. Arquivado do original em 3 de março de 2016 
  5. «Band» 
  6. «Estatuto do Idoso completa três anos». 27 de setembro de 2006 
  7. Agência Senado, 3/2/2010
  8. «ANFFA Sindical, 08/11/2012». Consultado em 30 de setembro de 2016. Arquivado do original em 2 de outubro de 2016 
  9. «Paulo Paim comemora vigência do Estatuto da Pessoa com Deficiência». Senado Federal. 9 de março de 2017. Consultado em 12 de março de 2017 
  10. «Veja como votou cada senador na sessão que derrubou afastamento de Aécio». Consultado em 17 de Outubro de 2017 
  11. «Janot denuncia Aécio Neves ao STF por corrupção e obstrução da Justiça». Consultado em 17 de Outubro de 2017 
  12. «Luis Carlos Heinze (PP) e Paulo Paim (PT) são eleitos senadores pelo Rio Grande do Sul» 
  13. Ana Carolina Moreno (8 de outubro de 2018). «3 em cada 4 senadores que tentaram novo mandato perderam a eleição em 2018». G1. Consultado em 17 de março de 2019 
  14. Câmara dos Deputados
  15. «Paim volta a defender mínimo de R$ 360 e fim do fator previdenciário». 18 de fevereiro de 2011 

Ligações externas editar

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