Plano Bakker-Schut

O plano Bakker-Schut foi um plano de anexação de territórios da Alemanha esboçado pelos Países Baixos após a Segunda Guerra Mundial.

A oeste os Países Baixos, a leste as zonas alemãs da Baixa Saxónia e Vestfália do Norte. As zonas coloridas correspondem aos territórios reclamados pelos Países Baixos no plano Bakker-Schut.

Descrição editar

O nome do plano provinha do nome dos membros da comissão neerlandesa encarregada de redigir este projeto. Consistia numa série de reparações económicas mas também incluía a anexação de alguns territórios alemães. Na sua forma mais ambiciosa incluía cidades como Colónia, Aachen, Münster ou Osnabrück. A ser realizado, o plano daria aos Países Baixos um aumento de mais de 30% do seu território.

Muitos alemães que viviam nos Países Baixos foram considerados "sujeitos inimigos" e internados em campos de concentração na chamada operação Black Tulip. Destes, 4 000 foram deportados dos Países Baixos. Como resposta a esta operação, o Alto Comissariado Aliado expulsou milhares de cidadãos neerlandeses residentes na Alemanha. O plano Bakker-Schut previa também a expulsão de toda a população local à exceção dos alemães que falavam o dialeto baixo alemão, língua semelhante à língua neerlandesa.

Rejeição do Plano editar

Em 1947, o Alto Comissariado Aliado de Alemanha rejeitou o projeto neerlandês. Os aliados estavam incomodados pela chegada de refugiados alemães à Alemanha (entre 12 e 14 milhões[1]) e não estavam dispostos a que houvesse mais deslocações populacionais.

A conferência de Londres de 23 de abril de 1949 permitiu não obstante realizar pequenos ajustes fronteiriços a favor dos Países Baixos. Nesse mesmo dia, tropas neerlandesas ocuparam zonas correspondentes a uma versão reduzida do plano C do Plano Bakker-Schut. A maioria dos territórios ocupados foram-lhe devolvidos logo a Alemanha em 1 de agosto de 1963, exceto uma pequena colina no pequeno povoado de Wyler.

Referências

  1. «Exhibición en Berlín reabre feridas». BBC 13 de agosto de 2006 (em espanhol). Consultado em 14 de janeiro de 2010 

Ver também editar