Poema-piada, ou poesia-piada, é a designação de um tipo de poesia curta e cômica surgida a partir do modernismo. No Brasil, autores como Oswald de Andrade, Carlos Drummond de Andrade, Manuel Bandeira,[1] Murilo Mendes[2] e Paulo Leminski[3] foram notáveis expoentes deste gênero, ainda que a poesia de cada um apresente características marcadamente diferentes entre si.[2]

O "poema-piada", termo que, ao que consta teria sido cunhado por Sérgio Milliet,[2] irrompe a partir da contestação do parnasianismo no século XX, no contexto do modernismo. O poema-piada apresenta-se como uma provocação às formas tradicionais de se fazer poesia, em geral vistas como excessivamente rígidas.[1]

Cota Zero, exemplo de poema-piada por Carlos Drummond de Andrade:[2]

Stop.
A vida parou.
Ou foi o automóvel?

Tipicamente, o poema-piada drummondiano contém uma carga de anti-lirismo e ironia e aborda temas como o amor e o desencontro, de maneira humorosa.[4]

Ver também editar

Referências editar

  1. a b «Poema-piada (parte 1/2)». UOL. 28 de setembro de 2011. Consultado em 13 de outubro de 2013 
  2. a b c d Davi Arrigucci Jr. (11 de agosto de 2007). «Para Drummond, reflexão é condição para chegar à poesia». O Estado de S. Paulo. Consultado em 13 de outubro de 2013 
  3. Amanda Bassuela. «As muitas vidas de Paulo Leminski». Revista Cult. Consultado em 13 de outubro de 2013. Arquivado do original em 3 de outubro de 2013 
  4. «Antologia Poética». Algo Sobre. Consultado em 13 de outubro de 2013