Pôncio de Trípoli
Pôncio de Trípoli (em latim: Poncio; em francês: Pons; 1097 ou 1098 — 1137) sucedeu ao seu pai como conde de Trípoli de 1112 até sua morte. Filho de Bertrando de Toulouse com Helena da Borgonha.
Pôncio de Trípoli | |
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Morte | 25 de março de 1137 Terra Santa |
Progenitores | |
Cônjuge | Cecília de França |
Filho(a)(s) | Raimundo II de Trípoli |
Irmão(ã)(s) | Guy II of Ponthieu, John I, Count of Alençon |
Ocupação | aristocrata |
Título | count of Tripoli |
Causa da morte | morto em combate |
Ao morrer sem descendência em 1112, Tancredo da Galileia fez-lhe prometer que se casaria com a sua viúva, Cecília de França, filha de Filipe I de França com Bertranda de Monforte, oferecendo como dote as fortalezas de Arcicano e Rúgia. Em 1115 este casamento também ajudou a reconciliar os cruzados normandos e provençais que se haviam oposto em duas facções durante o cerco e tomada de Antioquia. Com Cecília, teve a seguinte descendência:
- Raimundo II de Trípoli (1116 — 1152)
- Filipe (1126 — 1142)
- Inês (m. antes de Março de 1183), casada com Reinaldo II, senhor de Marqab
Em 1118 Pôncio aliou-se ao recém-eleito Balduíno II de Jerusalém, e no ano seguinte ambos marcharam para norte em direcção ao Principado de Antioquia, para auxiliar Rogério de Salerno contra uma invasão muçulmana do emir de Mardin. Rogério decidiu não aguardar a achegada dos reforços e foi morto, juntamente com a maioria do seu exército, na batalha do Campo de Sangue.
Pôncio ajudou Balduíno II, o recém-resgatado do cativeiro, a tomar Tiro em 1124, uma das últimas cidades costeiras da região em mãos muçulmanas. No ano seguinte participou da vitória cruzada na batalha de Azaz, que ajudou a recuperar muita da influência que os cristãos tinham perdido desde o Campo de Sangue. Se Boemundo II de Antioquia e Joscelino I de Edessa não tivessem entrado em conflito um contra o outro depois desta batalha, talvez Balduíno tivesse conseguido atacar Alepo; mas pouco tempo depois esta cidade e Moçul uniram-se sob o comando do atabegue Zengui, em 1128.
Balduíno morreu em 1131, sendo sucedido pela sua filha Melisende e pelo seu esposo Fulque V de Anjou. Alice de Antioquia, a irmã de Melisende que fora exilada do seu principado pelo anterior rei de Jerusalém, voltou a tomar o controlo de Antioquia. Aliou-se a Pôncio e Joscelino II de Edessa para demover Fulque de marchar para norte em 1132; Fulque e Pôncio enfrentaram-se na breve batalha de Rugia, perdida por Trípoli, e quando acabaram por acordar uma paz, Alice foi mais uma vez exilada.
Em 1133 o conde de Trípoli foi cercado no seu castelo de Monferrando por Zengui, e Cecília de França apelou ao seu meio-irmão materno Fulque para o ajudar. O muçulmano abandonou este cerco mas, ao voltar em Março de 1137, aprisionou e executou Pôncio, que foi sucedido pelo seu filho Raimundo II.
Bibliografia e ligações externas editar
- A History of Deeds Done Beyond the Sea, Guilherme de Tiro, tradução para o inglês de E. A. Babcock and A. C. Krey, Columbia University Press, 1943
- A History of the Crusades, Vol. II: The Kingdom of Jerusalem, Steven Runciman, Cambridge University Press, 1952
- Les comtes de Toulouse, Jean-Luc Dejean, 1979, 1988 (ISBN 2-213-02188-0)
- «Genealogia dos condes de Trípoli». (em inglês)
Precedido por Bertrando |
Conde de Trípoli 1112 — 1137 |
Sucedido por Raimundo II |