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Abdul Rahman (nascido em 1965) é um cidadão afegão que foi preso em fevereiro de 2006 acusado de apostasia em seu país. Sua conversão do islão para o cristianismo era passível de pena de morte segundo a maioria das interpretações da charia, a lei islâmica. Sua prisão e julgamento chamaram a atenção de diversos países para uma contradição que parece haver na Constituição do Afeganistão, que reconhece tanto a liberdade de religião e a escola hanafita da charia. O processo de Abdul Rahman foi condenado internacionalmente, em particular pelos Estados Unidos, que comandaram a operação para derrubar o regime Talibã em 2001 e são o principal aliado e patrocinador do Afeganistão.

Rahman foi libertado a 27 de março de 2006 por ordem do governo afegão. A Itália e a Alemanha propuseram-se recebê-lo, tendo finalmente sido Roma o seu destino escolhido. Até à sua saída do país em direcção a Roma a 29 de março de 2006, Abdul foi protegido pela ONU e mantido em local secreto.