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Teto de Altamira (reprodução)

Altamira é o nome de uma caverna na qual se conserva um dos conjuntos pictóricos mais importantes da Pré-história. Fica no município espanhol de Santillana del Mar, Cantábria, num prado do qual tomou o nome. Por volta de 11 000 a.C., a queda de uma rocha bloqueou a entrada da caverna, impedindo a continuidade da ocupação humana e assim preservando o seu interior.

As pinturas e gravuras da caverna pertencem ao Paleolítico Superior, principalmente aos períodos Magdaleniano (entre 14 500 e 12 000 a.C.) e Solutreano (16 500 a.C.), embora testes usando séries de urânio avaliem a data para cerca de 32 000 a.C., no começo do Aurignaciano. O estilo de grande parte das suas obras enquadra-se na denominada "escola franco-cantábrica", caracterizada pelo realismo das figuras representadas. Contém pinturas policromáticas, gravuras, pinturas pretas, vermelhas e ocres que representam animais, figuras antropomorfas, desenhos abstratos e não figurativos.

Qualificativos como: "Capela Sistina" da arte rupestre; "...a manifestação mais extraordinária desta arte paleolítica...", "... a primeira caverna decorada que se descobriu e que contínua sendo a mais esplêndida"; e "...se a pintura rupestre [paleolítica] é o exemplo de uma grande capacidade artística, a caverna de Altamira representa a sua obra mais sobresselente", indicam a qualidade e a beleza do trabalho do homem magdaleniano neste recinto.

Foi declarada Património da Humanidade em 1985. Em 2008, a nomeação foi estendida para outras 17 cavernas do País Basco, das Astúrias e da própria Cantábria, chamando o conjunto "Caverna de Altamira e arte rupestre paleolítica do norte da Espanha".


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