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Albertosaurus
Albertosaurus

Albertosaurus (sp., que significa "lagarto de Alberta" no Canadá), é um género de dinossauro carnívoro e bípede presente no fim do período Cretáceo. Media cerca de 8 a 9 metros de comprimento, 3 metros de altura e pesava menos de 2 toneladas. O Albertosaurus viveu na América do Norte e foi descoberto no ano de 1884 por Joseph Burr Tyrrell em Alberta, no Canadá, local ao qual deve seu nome.

Fazia parte da família Tyrannosauridae, e possuía as características principais do grupo: mandíbula provida de dezenas de dentes, cabeça grande e braços reduzidos, cada um terminando com dedos providos de garras. Embora fosse grande, era muito ágil e veloz, superando os 48 km/h. Existe certo desacordo na comunidade científica sobre o real número de espécies representadas no gênero Albertosaurus: alguns afirmam que era apenas uma (o A. sarcophagus), enquanto outros consideram que mais duas espécies poderiam ter existido.

Era um caçador de emboscada. Esperava que uma presa passasse, avaliava sua distância, e então lançava-se sobre ela com força impressionante. Atacava geralmente Hadrosauridae e Ceratopsidae. Graças a sua velocidade, podia perseguir suas presas por um bom percurso. Acredita-se que pode ter sido o maior predador da cadeia alimentar em seu ecossistema local. Ainda que fosse relativamente grande para um terópode, o Albertosaurus era muito menor que seu famoso parente, o tiranossauro, provavelmente pesando o mesmo que um rinoceronte moderno.




T. rex skull.
T. rex skull.

Tyrannosaurus é um gênero de dinossauros terópodes celurossauros que viveram durante o final do período cretáceo, há aproximadamente 66 milhões de anos, em toda a região que hoje é a América do Norte. O único representante do gênero é Tyrannosaurus rex, que ganhou o epíteto específico de rex, por ser o maior dinossauro carnívoro conhecido quando foi descoberto.

Assim como outros representantes da família Tyrannosauridae, o T. rex foi um carnívoro bípede com um crânio cilíndrico e uma grossa e musculosa cauda. Suas pernas eram longas e musculosas, mas seus braços eram extremamente curtos e finos, além desses animais também possuírem três dedos ao fim de cada perna e dois dedos nos braços. Na idade adulta um T. rex poderia atingir cerca de 4 metros de altura e 12 metros de comprimento. Seu crânio podia passar de 1,4 metro, e sua massa podia passar de 8 toneladas. As fêmeas eram maiores que os machos. Um recente estudo comprova que tinha a mordida mais poderosa dentre os dinossauros; sua mordida exercia uma pressão de 6 toneladas. Tinha 60 dentes irregulares, alguns com mais de 30 centímetros e outros bem menores que 20. Estima-se também que suas musculosas pernas permitiam que o animal atingisse uma velocidade superior a quarenta quilômetros por hora em um bote (todos os muscúlos do corpo do T.rex concentrados em 1 único objetivo, correr). Hoje, há mais de trinta esqueletos de tiranossauros totalmente remontados, e é exatamente essa abundância de material fóssil disponível que permitiu que esses animais fossem profundamente estudados para se descobrir os principais aspectos de sua biomecânica, apesar de que sua fisiologia e seus hábitos diários ainda são frutos de debate até hoje.




Triceratops at the Smithsonian.
Triceratops at the Smithsonian.

Tricerátops (nome científico: Triceratops spp.) ou tricerátopo foi um gênero de dinossauro ceratopsídeo, da subfamília Chasmosaurinae. Foi um herbívoro quadrúpede que viveu no fim do período Cretáceo, durante o Maastrichtiano, principalmente na região que é hoje a América do Norte. É um dos últimos gêneros conhecidos de dinossauros não-aviários, e extinguiu-se no evento de extinção do Cretáceo-Paleogeno há 66 milhões de anos atrás. O nome cientifico Triceratops, que significa literalmente "cabeça com três chifres", é derivado do grego τρί - (tri-), que significa "três", κέρας (Keras) que significa "chifre", e ὤψ (ops) que significa "cabeça".

Tinha um grande folho ósseo e três chifres em seu grande corpo de quatro patas, com distantes semelhanças com os atuais rinocerontes. A função do folho e dos três distintivos chifres faciais do tricerátops inspirou longo debate entre cientistas. Tradicionalmente, os três chifres foram vistos como armas de defesa contra predadores. Teorias mais recentes, observando a presença de vasos sanguíneos nos ossos do crânio dos ceratopsídeos, consideram que é mais provável que fossem utilizados principalmente para identificação, no acasalamento e para mostrar disposição de dominância, de forma muito semelhante com as galhadas e os chifres das renas, cabra-das-rochosas e besouros-rinocerontes atuais.

A descoberta do primeiro crânio de Triceratops ocorreu em 1887 em Denver, no estado americano do Colorado. Em 1889, Othniel Charles Marsh fez a nomeação oficial da espécie. Numerosos fósseis foram recolhidos desde então, inclusive um esqueleto completo de um indivíduo. Os cientistas reconhecem atualmente duas espécies distintas do género: Tricetatops horridus e Triceratops prorsus. No passado, outras espécies foram nomeadas por diferentes cientistas, embora de forma inconclusiva. Uma pesquisa publicada em 2010 chegou a sugerir que o Triceratops e o Torosaurus poderiam ser o mesmo gênero e que Torosaurus latus fosse apenas a forma adulta de uma espécie já conhecida de Triceratops, mas em 2012, pesquisadores de Yale refutaram tal suposição, sustentando que os dois eram gêneros separados.

O Triceratops é um dos dinossauros mais facilmente reconhecíveis, e o mais conhecido ceratopsídeo. Sendo bastante conhecidos do público leigo, tendo sido contemporâneo do Tiranossauro. Sua notoriedade se deve a aparições em diversas mídias, em especial a franquia Jurassic Park de Steven Spielberg. Nos Estados Unidos, é um dos símbolos oficiais do estado do Wyoming.




Esqueleto restaurado em exposição no Japão.
Esqueleto restaurado em exposição no Japão.

Velociraptor (em português, Velociraptor ou Velocirraptor), é um gênero de dinossauros terópodes que viveram aproximadamente a 84 e 85 milhões de anos atrás, durante a última parte do período Cretáceo. Duas espécies são reconhecidas atualmente, embora outras tenham sido atribuídas no passado. A espécie-tipo é V. Mongoliensis; fósseis desta espécie foram descobertos na Mongólia. A segunda espécie, V. Osmolskae, foi nomeada em 2008 a partir do crânio encontrado na Mongólia Interior, China.

Menor do que outros dromaeossaurídeos como os Deinonychus e Achillobator, o Velociraptor, no entanto, compartilhou muitas das mesmas características anatômicas. Era um carnívoro bípede, emplumado com uma longa cauda e uma garra em forma de foice em cada pata traseira, que é pensado para ser usado para combater a presa. Velociraptor pode ser distinguido de outros dromaeossaurídeos por seu crânio longo e baixo, com um nariz voltado para cima.

Velociraptor (comumente abreviado para "raptor") é um dos gêneros de dinossauros mais conhecidos do público em geral, devido ao seu papel de destaque na série de filmes Jurassic Park. Nos filmes foi mostrado com irregularidades anatômicas, sendo muito maior do que era na realidade e sem penas. Algumas dessas imprecisões, junto com a maior cúpula da cabeça nos filmes pode sugerir que os dinossauros dos filmes foram realmente modelados sobre o Deinonychus. Velociraptor também é bem conhecido por paleontólogos, com mais de uma dúzia de esqueletos fósseis descritos, mais do que qualquer outro dromeossaurídeo. Há um espécime particularmente famoso preservado de um Velociraptor travando combate com um Protoceratops.




Acrocanthosaurus
Acrocanthosaurus

O Acrocantossauro (Acrocanthosaurus, nome que significa "lagarto de grande espinha") é um gênero de um dinossauro terópode que existiu onde hoje é a América do Norte durante os períodos Aptiano e Albiano do período Cretáceo Inferior, aproximadamente 125 a 100 milhões de anos atrás. Como a maioria dos gêneros de dinossauro, o Acrocanthosaurus possui apenas uma espécie, A. atokensis. Os restos de seus fósseis se encontram principalmente nos estados de Oklahoma, Texas e Wyoming (Estados Unidos), apesar de dentes atribuídos a ele terem sido encontrados a grande distância a leste, em Maryland.

Acrocanthosaurusfoi um predador bípede. Como o nome sugere, ele é bem conhecido pelas grandes espinhas em muitas de suas vértebras, que provavelmente apoiaram os músculos do animal ao longo do pescoço, costas e quadris. O Acrocanthosaurus foi um dos maiores terópodes, podendo chegar a 3,5 metros de altura, aproximando-se dos 11,5 metros de comprimento (38 pés) e pesando até cerca de 6,2 toneladas Grandes pegadas feitas por terópodes encontradas no Texas podem ser de Acrocanthosaurus, embora não tenha sido encontrada ligação direta com restos ósseos.

Recentes descobertas anunciaram muitos detalhes de sua anatomia, permitindo estudos focalizados em sua estrutura cerebral e nas funções de seus membros anteriores. Acrocanthosaurus foi o maior terópode de seu ecossistema e provavelmente um superpredador, que provavelmente caçava grandes saurópodes, ornitópodes e anquilossauros.




Esqueleto holotipo no Museu Canadense de Natureza
Esqueleto holotipo no Museu Canadense de Natureza

Styracosaurus (em português Estiracossauro, que significa "lagarto espinhoso" do grego styrax/στύραξ, que significa "espinho na ponta de uma haste de lança" e sauros/σαῦρος, que quer dizer lagarto) foi um gênero de dinossauro herbívoro e quadrúpede que viveu durante o período Cretáceo, no andar Campaniano entre 75,5 e 75 milhões de anos atrás. Media em torno de 6 metros de comprimento e pesava cerca de 4 toneladas. Ele tinha de quatro a seis pontas parietais longas que se estendiam do folho do pescoço, um chifre jugal menor em cada uma das bochechas e um único chifre projetando-se do nariz, que pode ter até 60 centímetros de comprimento e 15 centímetros de largura. A função ou funções dos chifres e babados têm sido debatidas há muitos anos.

Styracosaurus era um dinossauro relativamente grande, atingindo comprimentos de 5 a 5,5 metros e pesando cerca de 1,8 a 2,7 toneladas. Tinha cerca de 1,8 metros de altura. Possuía quatro pernas curtas e um corpo volumoso. Sua cauda era bastante curta. O crânio tinha bico e dentes cortantes dispostos em baterias dentárias contínuas, sugerindo que o animal cortava plantas. Tal como outros ceratopsianos, este dinossauro pode ter sido um animal de rebanho, viajando em grandes grupos, como sugerido pelas camadas ósseas.

Pertencendo à subfamília Centrosaurinae, sua espécie-tipo é o Styracosaurus albertensis, nomeado em 1913 por Lawrence Lambe. Outra espécie, S. ovatus, foi nomeada em 1930 por Charles Gilmore, chegando a ser reclassificada como parte de um novo gênero, Rubeosaurus por Andrew McDonald e Jack Horner em 2010, mas recentemente foi considerada uma espécie de Styracosaurus (ou mesmo um espécime de S. albertensis).




Compsognathus
Compsognathus

Compsognathus longipes (aportuguesado como: compsognato) é a única espécie conhecida do gênero extinto Compsognathus de dinossauros terópodes compsognatídeos, que viveram no fim do período Jurássico há aproximadamente 150 milhões de anos, na idade do Tithoniano, onde hoje é a Europa.

Paleontólogos encontraram dois fósseis bem preservados, um primeiro na Alemanha em 1850 e o segundo na França quase um século depois. Muitas representações populares ainda descrevem o compsognato como um dinossauro do tamanho de um galo, devido à pequenez do espécime alemão, que agora se acredita ser uma forma juvenil, enquanto o espécime francês, maior, seria uma espécie adulta. Compsognathus é um dos poucos dinossauros cuja dieta se sabe com certeza: os restos de pequenos lagartos foram preservados na barriga de ambos os espécimes. Acredita-se que fósseis de dentes descobertos em Portugal possam pertencer a integrantes do gênero.

Embora não tenha sido reconhecido como tal na época de sua descoberta, o Compsognathus é o primeiro dinossauro conhecido com um esqueleto bastante completo. Hoje Compsognathus longipes é a única espécie reconhecida, embora se acreditasse que o espécime maior descoberto na França na década de 1970 poderia representar uma nova espécie separada, C. corallestris. Até a década de 1990, o Compsognathus era considerado o menor dinossauro e o parente mais próximo da primitiva ave Archaeopteryx. Assim, é um dos poucos gêneros de dinossauros bem conhecidos fora do âmbito paleontológico.




Cryolophosaurus
Cryolophosaurus

Cryolophosaurus (do latim "lagarto de crista congelada") foi um gênero de dinossauro carnívoro e bípede que viveu durante a primeira metade do período Jurássico. A sua espécie-tipo é denominada Cryolophosaurus ellioti. Media em torno de 6 metros de comprimento e pesava cerca de 525 quilogramas.

O Cryolophosaurus viveu na Antártida e foi descoberto recentemente se comparado aos demais dinossauros, seus fósseis foram encontrados em 1991 em um local a 640 quilômetros do Pólo Sul. Foi escavado pela primeira vez em camadas datando do Jurássico Inferior na Formação Hanson, datada dos estágios Sinemuriano e Pliensbachiano, anteriormente a Formação Falla superior, pelo paleontólogo Dr. William Hammer em 1991. Foi o primeiro dinossauro carnívoro a ser descoberto na Antártida e o primeiro dinossauro não-aviano do continente a ser oficialmente nomeado. Os sedimentos nos quais seus fósseis foram encontrados foram datados entre 194 à 188 milhões de anos atrás. Segundo os cientistas deve haver uma grande quantidade de fósseis de animais ainda não identificadas enterrados na Antártida, mas o clima extremamente frio que assola esse continente torna as escavações paleontológicas algo economicamente inviável.

Desde sua descrição original, o consenso é que o Cryolophosaurus é um membro primitivo do clado Tetanurae ou um parente próximo desse grupo; mais recentemente, considerou-se que seria um neoterópode derivado, próximo a Averostra.




Esqueleto de Sinoceratops em Zhucheng
Esqueleto de Sinoceratops em Zhucheng

Sinoceratops é um gênero extinto de dinossauro ceratopsídeo que viveu há aproximadamente 73 milhões de anos durante a última parte do período Cretáceo, onde hoje é a província de Shandong na China. Foi nomeado em 2010 por Xu Xing et al. com base em três crânios encontrado em Zhucheng, China. O nome de sua espécie-tipo, Sinoceratops zhuchengensis significa "rosto chifrudo chinês de Zhucheng", devido ao local de sua descoberta.

O Sinoceratops era um herbívoro quadrúpede de tamanho médio, de construção mediana, que vivia em terra. Podia crescer até um comprimento estimado de 6 metros, altura de 2 metros e pesar até 2 toneladas. Foi o primeiro dinossauro ceratopsídeo descoberto na China e o único ceratopsídeo conhecido na Ásia. Todos os outros centrossauros e todos os chasmossauros são conhecidos a partir de fósseis descobertos na América do Norte, exceto possivelmente o Turanoceratops. O Sinoceratops também é significativo porque é um dos maiores centrossauros conhecidos e é muito maior do que qualquer outro membro basal conhecido deste grupo.

Sinoceratops foi descoberto na Formação Xingezhuang, datada do final do período Cretáceo. Viveu ao lado de leptoceratopsídeos, saurolofos e tiranossauros. A criatura mais comum na formação foi o Shantungosaurus, ao qual a maior parte do material fóssil foi atribuída. Os animais que viviam ao lado de Sinoceratops e Shantungosaurus eram Zhuchengceratops, Zhuchengtitan e Zhuchengtyrannus.




Representação artística do Cristatusaurus
Representação artística do Cristatusaurus

Cristatusaurus é um gênero de dinossauro terópode que viveu durante o período Cretáceo Inferior no que hoje é o Níger, há 112 milhões de anos. Era um membro do clado Baryonychinae, parte dos Spinosauridae, um grupo de grandes carnívoros bípedes com membros anteriores bem construídos e crânios alongados semelhantes a crocodilos. A espécie-tipo Cristatusaurus lapparenti foi nomeada em 1998 pelos cientistas Philippe Taquet e Dale Russell, com base nos ossos da mandíbula e algumas vértebras. Dois fósseis de garras também foram posteriormente atribuídos ao Cristatusaurus. O nome genérico do animal, que significa "réptil com crista", faz alusão a uma crista sagital em cima do focinho; enquanto o nome específico é em homenagem ao paleontólogo francês Albert-Félix de Lapparent. Cristatusaurus é conhecido da Formação Elrhaz, datada dos estágios Albiano e Aptiano, onde teria coexistido com dinossauros saurópodes e iguanodontes, outros terópodes e vários crocodilomorfos.

Ele media cerca de 10 metros de comprimento e pesava entre 0,9 à 3,6 toneladas. Originalmente proposto para ser uma espécie indeterminada de Baryonyx, a identidade do Cristatusaurus tem sido objeto de debate, em parte devido à natureza fragmentária de seus fósseis. Alguns argumentam que é provavelmente o mesmo dinossauro que Suchomimus, que também foi encontrado no Níger, nas mesmas camadas de sedimentos. Nesse caso, o gênero Cristatusaurus teria prioridade, já que foi nomeado dois meses antes. Outros concluíram, no entanto, que o Cristatusaurus é um nomen dubium, considerando-o indistinguível de Suchomimus e Baryonyx. Algumas distinções entre os fósseis de Cristatusaurus e Suchomimus foram apontadas, mas é incerto se essas diferenças separam os dois gêneros ou se são devidas à ontogenia (mudanças em um organismo durante o crescimento). Um estudo recente diferenciou Cristatusaurus de Suchomimus e o classificou como um gênero válido de espinossaurídeos, colocando o terópode, porém, fora de Baryonychidae.




Representação artística de Oxalaia
Representação artística de Oxalaia

Oxalaia é um gênero de dinossauros terópodes espinossaurídeos que viveram onde é hoje a Região Nordeste do Brasil durante o andar Cenomaniano do período Cretáceo Superior, entre 100,5 e 93,9 milhões de anos atrás. Seus únicos fósseis conhecidos foram encontrados em 1999 na Ilha do Cajual, nas rochas da Formação Alcântara, conhecida por sua abundância de espécimes fósseis fragmentados e isolados. Os restos de Oxalaia foram descritos em 2011 pelo paleontólogo brasileiro Alexander Kellner e colegas, que atribuíram os achados a um novo gênero contendo apenas uma espécie, Oxalaia quilombensis. O nome genérico refere-se à divindade africana Oxalá; já o descritor específico, aos assentamentos quilombolas brasileiros. Oxalaia quilombensis é a oitava espécie de terópode encontrada no Brasil e o maior dinossauro carnívoro ali descoberto. Está intimamente relacionado com o gênero africano Spinosaurus e/ou pode ser um sinônimo júnior desse táxon.

Embora Oxalaia seja conhecido apenas a partir de dois ossos cranianos parciais, Kellner e seus colegas descobriram que seus dentes e crânio tinham algumas características distintas não vistas em outros espinossaurídeos ou terópodes, incluindo dois dentes de substituição em suas cavidades e um palato secundário. O habitat de Oxalaia era tropical, densamente arborizado e rodeado por uma paisagem árida. Este ambiente tinha uma grande variedade de formas de vida também presentes no Cretáceo do norte da África, devido à conexão da América do Sul e da África como partes do supercontinente Gonduana. Como um espinossaurídeo, os traços do crânio e da dentição de Oxalaia indicam um estilo de vida parcialmente piscívoro semelhante ao dos crocodilianos modernos. Evidências fósseis sugerem que os espinossaurídeos também predavam outros animais, como pequenos dinossauros e pterossauros.




Esqueleto restaurado em exposição no Centro de Ciências de Iowa
Esqueleto restaurado em exposição no Centro de Ciências de Iowa

Lythronax ("Rei do sangue", a partir de palavras gregas lythron significa "sangue" e anax que significa "rei") é um gênero extinto de dinossauro terópode da família dos tiranossauros que viveu há cerca de 80,6-79.9 milhões de anos atrás no que hoje é o sul do estado de Utah, nos Estados Unidos. O único espécime conhecido foi descoberto na Formação Wahweap do Monumento Nacional Grand Staircase-Escalante em 2009, e consiste em um crânio e esqueleto parcial. Em 2013, tornou-se a base deste novo gênero e sua espécie-tipo foi intitulada Lythronax argestes; com o nome específico argestes se originando do nome do poeta grego Homero para o "vento do sudoeste", em referência à proveniência geográfica do espécime na América do Norte.

As estimativas de tamanho para Lythronax variaram entre 5 e 8 m de comprimento e entre 0,5 e 2,5 t de peso. Era um tiranossaurídeo de constituição robusta e, como outros membros deste grupo de dinossauros, teria patas dianteiras pequenas com dois dedos, patas traseiras longas e fortes e um crânio muito robusto. A parte traseira do crânio de Lythronax parece ter sido muito larga, com órbitas oculares voltadas para a frente em um grau semelhante ao visto no Tyrannosaurus. Lythronax tinha 11 cavidades dentárias no osso maxilar da parte superior; a maioria dos tiranossaurídeos tinham mais. Os dentes da frente eram os maiores, sendo o mais longo com quase 13 cm de comprimento. Outros detalhes do crânio e do esqueleto que distinguiam o Lythronax de outros tiranossaurídeos incluíam a margem externa em forma de S da maxila e um processo do astrágalo do tornozelo, uma projeção que se expandia ainda mais para cima em comparação com seus parentes.

O holótipo foi encontrado na Formação Wahweap, datada do estágio Campaniano do Cretáceo Superior. Lythronax é, portanto, o membro mais antigo conhecido da família Tyrannosauridae, e acredita-se que tenha sido mais basal que o Tyrannosaurus. Devido à sua idade, Lythronax é importante para a compreensão das origens evolutivas dos tiranossaurídeos, incluindo o desenvolvimento de suas especializações anatômicas. Os olhos voltados para a frente de Lythronax lhe deram percepção de profundidade, o que pode ter sido útil durante caçadas, sendo ao perseguir suas presas ou por meio de emboscadas.




Reconstituição artística com base nos táxons Dilong e Gualong e na montagem do esqueleto
Reconstituição artística com base nos táxons Dilong e Gualong e na montagem do esqueleto

Santanaraptor é um gênero de dinossauro terópode do clado Tyrannosauroidea encontrado no Brasil e datado do Cretáceo Inferior, estágio Albiano, com aproximadamente 112 milhões de anos. A espécie-tipo é denominada Santanaraptor placidus. É conhecido por um único espécime parcial com tecido mineralizado, que foi escavado em 1991 na Formação Romualdo do Grupo Santana no estado do Ceará, nordeste do Brasil. Foi formalmente descrito, em 1999, pelo paleontólogo brasileiro Alexander Kellner.

Santanaraptor foi um dinossauro carnívoro cuja descoberta com tecidos moles foi considerada uma das mais importantes da paleontologia brasileira. A sua classificação tem sido debatida, após sua colocação dentro da superfamília Tyrannosauroidea em 2004 por Thomas Holtz, visto que este gênero seria o único tiranossauróide do principal antigo continente do hemisfério sul, Gondwana, ampliando a distribuição paleogeográfica dos tiranossauros. Análises filogenéticas recentes, no entanto, abrem a possibilidade do Santanaraptor se tratar de um celurossauro basal ou ainda um noassaurídeo.

Este dinossauro viveu no Nordeste do Brasil durante o andar Albiano do Cretáceo Inferior, onde compartilhou seu ambiente com terópodes como o espinossaurídeo Irritator,o compsignatídeo Mirischia e o celurossauro Aratasaurus, além de diversos pterossauros. Os fósseis da formação também indicam uma abundante fauna marinha com peixes, moluscos e outros invertebrados marinhos. A ausência de fósseis de dinossauros herbívoros pode indicar que o Santanaraptor, como outros terópodes da Formação Romualdo, poderia se alimentar de carcaças de pterossauros ou praticar piscívoria, compartilhando o mesmo nicho ecológico.




Reconstituição de um Giganotossauro
Reconstituição de um Giganotossauro

O Giganotossauro (Giganotosaurus do grego "lagarto gigante do sul") foi um gênero de dinossauros terópodes que viveu na Argentina durante o período Cretáceo, no estágio Cenomaniano, há aproximadamente 99,6 a 97 milhões de anos, mais especificamente na Formação Candeleros na Patagônia. Seus primeiros fosseis foram encontrados em 1993 no mesmo local, e foi descrito em 1995 como Giganotosaurus carolinii em homenagem ao seu descobridor, Rubén D. Carolini.

O Giganotosaurus foi um dos maiores carnívoros terrestres conhecidos, mas o tamanho exato tem sido difícil de determinar devido à incompletude dos restos encontrados até agora. As estimativas para o espécime mais completo variam de um comprimento de 12 a 13 metros, um crânio de 1,53 a 1,80 m de comprimento e um peso de 4,2 a 13.8 toneladas (t). O osso dentário que pertencia a um indivíduo supostamente maior foi usado para extrapolar um comprimento de 13,2 m. Alguns pesquisadores consideraram que o animal é maior que o Tiranossauro, que historicamente tem sido considerado o maior terópode, enquanto outros consideram que eles são aproximadamente iguais em tamanho e as maiores estimativas de tamanho para o Giganotosaurus são exageradas. O crânio era baixo, com ossos nasais rugosos (ásperos e enrugados) e uma crista em forma de crista no osso lacrimal na frente do olho. A frente do maxilar inferior era achatada e tinha um processo de projeção para baixo (ou "queixo") na ponta. Os dentes estavam comprimidos lateralmente e tinham serrilhas. O pescoço era forte e a cintura peitoral proporcionalmente pequena.




Anquilossauro
Anquilossauro

O Anquilossauro (Ankylosaurus do grego "lagarto fundido") é um gênero de dinossauro encouraçado herbívoro que viveu durante o final do período Cretáceo, no território que corresponde hoje à América do Norte. Trata-se de um gênero monotípico descoberto em 1908 por Barnum Brown, cuja única espécie e tipo, é denominada Ankylosaurus magniventris. O nome do gênero vem do grego significa "lagarto fundido" ou "lagarto curvo", e o nome específico significa "grande barriga". Um punhado de espécimes foi escavado até agora, mas um esqueleto completo não foi descoberto. Embora outros membros do clado Ankylosauria sejam representados por um material fóssil mais extenso, o Ankylosaurus é frequentemente considerado o membro arquetípico de seu grupo, apesar de ter algumas características incomuns. Estes animais pesavam entre 7 a 9 toneladas e media cerca de 9 metros de comprimento e 2 metros de altura.

Possivelmente o maior anquilossaurídeo conhecido, estima-se que o Anquilossauro tenha entre 6 e 8 metros de comprimento e tenha pesado entre 4,8 e 8 toneladas. Era quadrúpede, com um corpo largo e robusto. Tinha um crânio largo e baixo, com dois chifres apontando para trás na parte de trás da cabeça, e dois chifres abaixo destes que apontavam para trás e para baixo. Ao contrário de outros anquilossauros, suas narinas estavam voltadas para os lados e não para a frente. A parte da frente das mandíbulas estava coberta por um bico, com fileiras de pequenos dentes em forma de folha mais atrás. Ele estava coberto de placas de armadura, ou osteodermas, com meio-anéis ósseos cobrindo o pescoço, e tinha um grande porrete na ponta de sua cauda. Ossos do crânio e outras partes do corpo foram fundidos, aumentando sua força, e essa característica é a fonte do nome do gênero. (leia mais...)




Reconstituição de Stegoceras
Reconstituição de Stegoceras

Stegoceras é um gênero de dinossauro paquicefalossaurídeo (com cabeça de cúpula) que viveu no que hoje é a América do Norte durante o período Cretáceo Superior, há cerca de 77,5 a 74 milhões de anos. Os primeiros espécimes, de Alberta, Canadá, foram descritos em 1902, e a espécie-tipo Stegoceras validum foi baseada nestes restos. O nome genérico significa "telhado de chifre" e o nome específico significa "forte". Várias outras espécies foram inseridas no gênero ao longo dos anos, mas foram movidas posteriormente para outros gêneros ou consideradas sinônimos juniores. Atualmente apenas o S. validum e S. novomexicanum, nomeados em 2011 a partir de fósseis encontrados no Novo México, permanecem. A validade desse último táxon também foi debatida.

Stegoceras era um pequeno dinossauro bípede com cerca de 2 a 2,5 metros de comprimento e pesava cerca de 10 a 49 kg. O crânio era aproximadamente triangular com focinho curto e tinha uma cúpula espessa, larga e relativamente lisa no topo. A parte posterior do crânio tinha uma "prateleira" espessa sobre o occipital e uma crista espessa sobre os olhos. Grande parte do crânio era ornamentada por tubérculos (ou "protuberâncias" redondas) e nós (ou "protuberâncias"), muitos em fileiras, e os maiores formavam pequenos chifres na prateleira. Os dentes eram pequenos e serrilhados. Acredita-se que o crânio tenha sido achatado em animais jovens e tenha crescido em formato de cúpula com a idade. Tinha uma coluna vertebral rígida e uma cauda enrijecida. A região pélvica era larga, talvez devido ao intestino estendido.

Originalmente conhecido apenas pelas cúpulas do crânio, o Stegoceras foi um dos primeiros paquicefalossauros conhecidos, e a incompletude desses restos iniciais levou a muitas teorias sobre as afinidades desse grupo. Um crânio completo de Stegoceras, com partes associadas, do esqueleto foi descrito em 1924, o que lançou mais luz sobre esses animais. Os paquicefalossauros estão hoje agrupados com os ceratopsianos com chifres no grupo Marginocephalia. O próprio Stegoceras foi considerado basal (ou "primitivo") em comparação com outros paquicefalossauros. Stegoceras provavelmente era herbívoro e teria um bom olfato. A função da cúpula tem sido debatida e teorias concorrentes incluem o uso em combate intra-específico (cabeçadas nos flancos ou no crânio), exibição sexual ou reconhecimento de espécies. S. validum é conhecido da Formação Dinosaur Park e da Formação Oldman, enquanto S. novomexicanum é da Formação Fruitland e Kirtland.




Representação artística do G. notabilis
Representação artística do G. notabilis

Gryposaurus (que significa "lagarto de nariz adunco (do grego grypos)";) era um gênero de dinossauro bico de pato que viveu há cerca de 80 a 75 milhões de anos, no final do Cretáceo (final do estágio Santoniano ao final do Campaniano) da América do Norte. As espécies nomeadas de Gryposaurus são conhecidas da Formação Dinosaur Park em Alberta, Canadá, e duas formações nos Estados Unidos: a parte inferior da Formação Two Medicine em Montana e a Formação Kaiparowits de Utah. Uma possível espécie adicional da Formação Javelina no Texas pode estender o alcance temporal do gênero até há 66 milhões de anos.

Gryposaurus é semelhante ao Kritosaurus, e por muitos anos os dois foram considerados sinônimos. É conhecido por numerosos crânios, alguns esqueletos e até algumas impressões de pele que mostram que ele tinha escamas piramidais que se projetavam ao longo da linha média das costas. É mais facilmente distinguido de outros bicos de pato por sua corcova nasal estreita e arqueada, às vezes descrita como semelhante a um "nariz romano" e que pode ter sido usada para identificação de espécies ou sexo e/ou combate com indivíduos da mesma espécie. Um grande herbívoro bípede / quadrúpede com cerca de 9 metros de comprimento, pode ter sido um animal que vivia em ribeiras.




Representação artística de um Stegosaurus
Representação artística de um Stegosaurus

Stegosaurusaportuguesado como estegossauro ou estegossáurio; é um gênero de dinossauros herbívoros tireóforos. Os fósseis deste gênero datam do período Jurássico Superior, do período Kimmeridgiano aos primeiros estratos envelhecidos do Tithoniano, entre 155 e 148 milhões de anos atrás, no oeste dos Estados Unidos e em Portugal. Das espécies que foram classificadas da parte superior da Formação Morrison no oeste dos Estados Unidos, apenas três são universalmente reconhecidas; S. stenops, S. ungulatus e S. sulcatus. Foram encontrados os restos mortais de mais de 80 animais desse gênero. Stegosaurus teria vivido ao lado de dinossauros como Apatosaurus, Diplodocus, Brachiosaurus, Allosaurus e Ceratosaurus; os dois últimos podem ter sido predadores do gênero.

Eles eram grandes herbívoros quadrúpedes com costas arredondadas, fortemente equipados, tinham membros anteriores curtos, membros posteriores longos e tinham caudas erguidas no ar. Devido à sua combinação distinta de placas largas e verticais e cauda pontiaguda com pontas, o Stegosaurus é um dos mais facilmente reconhecíveis dinossauros. A função desse conjunto de placas e pontas tem sido objeto de muita especulação entre os cientistas. Hoje, é geralmente aceito que suas caudas pontiagudas tenham sido mais provavelmente usadas para defesa contra predadores, enquanto que suas placas poderiam ter sido usadas principalmente para exibição, e secundariamente para funções termorreguladoras. Stegosaurus tinha uma proporção cérebro-massa corporal relativamente baixa. Tinha um pescoço curto e uma cabeça pequena, o que significa que ele provavelmente comia arbustos e moitas. Uma espécie, Stegosaurus ungulatus, é a maior entre todos os estegossauros conhecidos (maior até do que outros dinossauros relacionados como Kentrosaurus e Huayangosaurus).

Os restos de Stegosaurus foram identificados pela primeira vez durante a "guerra dos ossos", pelo paleontólogo norte-americano Othniel Charles Marsh. Os primeiros esqueletos descobertos eram fragmentados e os ossos estavam espalhados, e demoraria muitos anos para que a verdadeira aparência desses animais, incluindo sua postura e arranjo de placas, se tornasse bem compreendida. O nome Stegosaurus vem do grego, στέγος-σαῦρος (stegos-sauros), e significa "lagarto telhado", em referência às suas placas ósseas. Apesar de sua popularidade em livros e filmes, os esqueletos montados de Stegosaurus não eram os principais nos museus de história natural até meados do século XX, e muitos museus tiveram que montar exposições compostas com fósseis de várias espécies diferentes devido à falta de esqueletos completos. Stegosaurus é um dos dinossauros mais conhecidos e já apareceu em filmes, selos postais e em muitos outros tipos de mídia.