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A Diocese de Miranda (em latim: Diœcesis Mirandensis) é uma extinta circunscrição eclesiástica da Igreja Católica em Portugal. Foi criada a 23 de março de 1545, seguindo-se à elevação da vila de Miranda do Douro a cidade por D. João III. A diocese foi ereta com os territórios mais orientais da arquidiocese de Braga, abrangendo a maior parte da comarca de Trás-os-Montes.
A escolha da sede não foi pacífica, já que Miranda era uma povoação situada na fronteira, relativamente pobre de bens e de pessoas; no século XVIII, a sede diocesana estava em acentuado declínio, em face de Bragança, que se havia convertido no principal polo da região trasmontana.
Assim, a 5 de março de 1770, a pedido de D. José I, foi criada a nova diocese de Bragança, compreendendo uma fatia significativa dos territórios adstritos à diocese mirandense.
Ante a impossibilidade de se manter as duas dioceses, com evidente prejuízo para a mirandense, e não obstante os protestos da população, a diocese de Miranda foi unida à diocese de Bragança, sob o nome de diocese de Bragança e Miranda (ou seja, na teoria mantinham-se como que as duas dioceses separadas, mas unidas sob o báculo do mesmo bispo), a 27 de setembro de 1780, datando a atual designação de Diocese de Bragança-Miranda apenas a 27 de maio de 1996.
Ao contrário de outras dioceses históricas portuguesas, e em face do que já foi dito, não há atualmente bispos titulares de Miranda, uma vez que a diocese se encontra agora unida à de Bragança no bispado de Bragança-Miranda.