Primeira Guerra dos Barões

A Primeira Guerra dos Barões (1215 - 1217) foi uma guerra civil no Reino da Inglaterra na qual um grupo de grandes proprietários de terras rebeldes (comumente chamados de barões) liderados por Robert Fitzwalter travaram uma guerra contra o Rei João da Inglaterra. O conflito resultou das desastrosas guerras do rei João contra o rei Filipe II da França, que levaram ao colapso do Império Angevino, e da subsequente recusa de João em aceitar e cumprir a "Carta Magna", que ele selou em 15 de junho de 1215.

Primeira Guerra dos Barões
Data 1215 - 1217
Local Inglaterra
Casus belli Revolta dos barões ingleses
Desfecho Invasão francesa repelida.
Eventual retorno para o status quo, com alguma concessões monárquicas
Mudanças territoriais Status quo ante bellum
Beligerantes
Tropas Pró-Plantagenetas Barões rebeldes, apoiados por:
Reino da França
Reino da Escócia.
Comandantes
Humberto de Burgo Roberto Fitzwalter
Príncipe Luís

Os barões rebeldes, diante de um rei intransigente, se voltaram para o filho do rei Filipe, o príncipe Luís, que, em 1216, partiu para a Inglaterra com um exército, apesar da desaprovação de seu pai, bem como do papa, que posteriormente o excomungou. Luis capturou Winchester e logo controlou mais da metade do reino inglês.[1] Ele foi proclamado "Rei da Inglaterra" em Londres pelos barões, embora nunca tenha sido coroado.[2][3]

As ambições de Luís de governar a Inglaterra enfrentaram um grande revés em outubro de 1216, quando a morte do rei João fez com que os barões rebeldes o abandonassem em favor do filho de João, Henrique III da Inglaterra, de nove anos, e a guerra se arrastou. O exército de Luís foi finalmente derrotado na Batalha de Lincoln em 20 de maio de 1217. E, depois que uma frota montada por sua esposa, Branca de Castela, tentando trazer-lhe reforços franceses foi derrotada na costa de Sandwich em 24 de agosto de 1217, ele foi forçado a fazer a paz em termos ingleses. Ele assinou o Tratado de Lambethe rendeu os poucos castelos restantes que mantinha. O efeito do tratado foi que o príncipe Luís concordou que nunca tinha sido o rei legítimo da Inglaterra. Isso formalizou o fim da guerra civil e a saída dos franceses da Inglaterra.[4][2][3]

Referências

  1. Alan Harding (1993), England in the Thirteenth Century (Cambridge: Cambridge University Press), p. 10
  2. a b Danziger, Danny; Gillingham, John (2004). 1215: The Year of Magna Carta. [S.l.]: Hodder Paperbacks. ISBN 978-0340824757 
  3. a b Turner, Ralph (2009). King John: England's Evil King?. Stroud, UK: History Press. ISBN 978-0-7524-4850-3 
  4. Arlidge, Anthony; Judge, Igor (2014). Magna Carta Uncovered. [S.l.]: Bloomsbury Publishing. ISBN 9781782255918  p. 19