Regimento de Infantaria N.º 19

O Regimento de Infantaria N.º 19 (RI19) OTE é um órgão da Componente Fixa do Sistema de Forças do Exército Português, aquartelado na cidade de Chaves, na dependência hierárquica da Brigada de Intervenção. Tem como encargo o ministrar Cursos de Formação Geral Comum de Praças do Exercito (CFGCPE), constituindo-se assim como um dos três Centros de Formação de que o Exército dispõe para esse efeito no Continente. A formação é ministrada no Batalhão de Formação, uma das subunidades do RI19.

Regimento de Infantaria N.º 19
País Portugal Portugal
Corporação Exército Português
Subordinação Brigada de Intervenção
Missão Defesa Nacional
Denominação Fronteiros de Chaves
Sigla RI19
Criação 1884
Aniversários 25 de Março de 1809 - Retoma de Chaves, aos franceses, pelo TGen Francisco da Silveira
Patrono Santo António e Nossa Senhora das Brotas
Lema Sempre Excelentes e Valorosos.
Grito de Guerra Fronteiros de Chaves!

Sempre Excelentes e Valorosos!

Comando
Comandante Cor Inf Nelson Couto Gomes
Sede
Guarnição Chaves - Alto Tâmega - Trás os Montes
Página oficial Portal do Exército Português

Historial

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O Regimento de Infantaria N.º 19 está aquartelado em Chaves desde 1884. O RI19 foi formado em Cascais em 1806. Desde que foi aquartelado em Chaves o RI19 mudou diversas vezes de designação:

  1. Batalhão de Caçadores N.º 3 (BC3), em 1926;
  2. Batalhão de Caçadores N.º 10 (BC10), em 1943;
  3. Destacamento de Chaves do Regimento de Infantaria de Vila Real, em 1975;
  4. Batalhão de Infantaria de Chaves (BIC), em 1977;
  5. Regimento de Infantaria de Chaves (RIC), em 1981;
  6. Regimento de Infantaria N.º 19 (RI19), novamente em 1993.

O atual RI19 integra as tradições militares do 6º Grupo de Metralhadoras criado em 1911 em Bragança e extinto em 1926. É herdeiro das tradições militares do antigo Regimento de Infantaria N.º 12 (RI12), aquartelado em Chaves, que combateu na Guerra Peninsular e foi extinto em 1834 e que tinha origem no antigo Terço de Chaves, criado em 1663.

O Regimento é fiel depositário das tradições militares das seguintes unidades:

  1. Regimento de Infantaria de Bragança (RI Bragança) com origem no Terço de Bragança – 1664 em Bragança, extinto em 1762.
  2. 1º Regimento de Infantaria de Bragança, criado em 1762 em Bragança e extinto em 1767.
  3. Regimento de Infantaria N.º 24 (RI24) com origem no 2.º Regimento de Infantaria de Bragança, extinto em 1834.

Das Unidades antecessoras com ligação a este Regimento, destacaram-se:

  1. Terço de Chaves, que participou na Guerra da Restauração (1640 – 1668), na defesa de Trás-os-Montes.
  2. 2º Regimento de Infantaria de Chaves, que participou na defesa de Trás-os-Montes durante a Guerra Fantástica (1762).
  3. Regimentos de Infantaria N.º 12 e N.º 24, que se distinguiram na Guerra Peninsular, sobretudo na sua fase final desde o cerco de Salamanca (1812) até à Batalha de Baiona (1814) já em pleno território francês.
  4. 6º Grupo de Metralhadoras, que tomou parte na defesa de Angola durante a Primeira Guerra Mundial mobilizando uma bataria de metralhadoras pesadas, destacou-se na defesa daquela ex-província ultramarina contra as forças da África Ocidental Alemã (atual Namíbia). Durante o mesmo conflito mundial, o 6º Grupo de Metralhadoras também mobilizou para França, o 1º Grupo de Metralhadoras Pesadas do Corpo Expedicionário Português que se destacou na defesa de Neuve Chapelle.
  5. Regimento de Infantaria N.º 19, que durante a Primeira Guerra Mundial, mobilizou para Angola um batalhão de infantaria.

A 17 de Maio de 1919, por se manter fel à República, durante o período restauracionista designado por "Monarquia do Norte" foi feito, tal como a então Vila e Chaves, Oficial da Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito.[1]

Em missão de soberania foram mobilizadas e aprontadas no RI19, para a Guerra do Ultramar (1961-1974), inúmeras unidades.

O RI 19 aprontou diversas Forças Nacionais Destacadas, tendo a última, sido a que decorre no quadro da missão de capacitação das forças de segurança do Iraque,que se desenrola no âmbito da Operação" Inherent Resolve", tendo o RI19 aprontado o 9º Contingente Nacional, que iniciou a sua missão em maio de 2019.

Heráldica

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Aprovado nos termos do art.º 34 da portaria n.º 24107, de 30 de junho de 1969 e publicado na OE n.º 11, 1º Série, página 651 de 20 de Novembro de 1969.

  • Escudo cosido de negro e azul em faixa brocante uma faixa ondada de prata. No campo negro, uma trompa de Caçadores, acompanhada à dextra de uma chave antiga com palhetão voltado para a sinistra, tudo de ouro. No campo azul, uma cabeça de águia com contornada de ouro.
  • Elmo militar, de prata, forrado de vermelho, a três quartos para a dextra.
  • Correia de vermelho, perfilada de ouro.
  • Paquife e virol de negro e prata.
  • Timbre: um castelo de ouro, aberto e iluminado de vermelho circundado o escudo a partir dos ângulos dextro e sinistro do chefe e colar de Oficial da Ordem da Torre e Espada, do Valor Lealdade e Mérito.
  • Divisa num listel de branco, ondulado, sotoposto ao escudo, em letras de estilo elzivir, maiúsculas de negro.
                                       Sempre Excelentes e Valorosos

Simbologia e Alusão das Peças

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O NEGRO e o OURO (por amarelo) aludem às cores, respectivamente, da gola e do canhão do uniforme do Batalhão de Caçadores N.º 10, quando da sua criação em 5 de Maio de 1811, e por ele usado na Guerra Peninsular.
A TROMPA de ouro simboliza a unidade, sua antecessora, de caçadores e as CHAVES de ouro aludem às do brasão de armas da cidade de Chaves.
O AZUL alude à cor do campo do brasão de armas do Iº Império Francês e a CABEÇA DE ÀGUIA contornada de ouro ao comportamento distinto do Batalhão de Caçadores N.º 10, durante as campanhas do século XIX.
A FAIXA ONDULADA de prata simboliza o rio Tâmega, que banha a cidade de Chaves.
O TIMBRE alude ao castelo da mesma cidade.

Esmaltes

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Os Esmaltes Significam:

  • O OURO significa nobreza.
  • A PRATA significa riqueza e eloquência.
  • O VERMELHO significa ardor bélico e força.
  • O AZUL significa zelo e lealdade.
  • O NEGRO significa apego à terra e firmeza.

Referências

  • Júlio Montalvão Machado, Crónica da Vila Velha de Chaves, 2006.

Ligações externas

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