Remidiação é uma teoria proposta por Jay David Bolter e Richard Grusin no ano de 1999, cujo foco é direcionado às relações de diálogo, transformação e coexistência especificamente das mídias. [1]

Com o estabelecimento do sistema de mídias[2], o funcionamento de uma mídia isolada da outra torna-se impossível. As novas mídias possuem suas formas para reformular as antigas, enquanto as antigas se reformulam para responder às novas[3], sempre em uma tentativa de oferecer uma experiência real e autêntica a seus consumidores. Para tal, as mídias criam uma relação paradoxal, polarizada pelos conceitos de hipermidiação e imidiação.[1]

Exemplos editar

Um bom exemplo de remidiação é o caso do álbum do cantor Supla, O Charada Brasileiro que ao não encontrar apoio de gravadoras para distribuição, modificou o formato unindo uma pequena revista contendo o CD no mesmo pacote, mudando o consumo de música por facilitar o acesso, numa época onde ainda não se tinha um amplo compartilhamento via internet.[4] O novo formato se esgotou em poucos dias, criando uma remidiação.[4]

Um outro exemplo é o uso de QrCode para mudar o consumo de mídia.[5] Neste caso, não um impacto social direto, mas a longo prazo QrCode, começam a modificar os ambientes e mídias físicas.

Referências editar

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  1. a b «Remidiação e multimodalidade: o caso do livro digital "Our Choice" : Elis Nazar Nunes SIQUEIRA : Free Download, Borrow, and Streaming». Internet Archive (em inglês). Consultado em 18 de agosto de 2020 
  2. BRIGGS, A.; BURKE, P. (2004) uma história social da mídia: De Gutenberg à Internet. Editora Jorge Zahar, RJ
  3. BOLTER, J. D.; GRUSIN, R. (2000) Remediation: Undestanding new media. MIT Press, USA
  4. a b «Novo CD de Supla se esgota nas bancas - Diário do Grande ABC - Notícias e informações do Grande ABC: cultura & lazer». web.archive.org. 18 de agosto de 2020. Consultado em 18 de agosto de 2020 
  5. Bolter, J. David, 1951-. Remediation : understanding new media. Cambridge, Massachusetts: [s.n.] OCLC 42856059