Retrato de Santa Joana Princesa (Nuno Gonçalves)

pintura de Nuno Gonçalves

O Retrato de Santa Joana Princesa é uma pintura a óleo sobre madeira de castanho atribuida ao pintor português Nuno Gonçalves realizada em 1472-75 e que está em exposição no Museu de Aveiro em Aveiro.[1]

Retrato de Santa Joana Princesa
Retrato de Santa Joana Princesa (Nuno Gonçalves)
Autor Nuno Gonçalves
Data 1472-75
Técnica Pintura a óleo sobre madeira de castanho
Dimensões 60 cm × 40 cm 
Localização Museu de Aveiro, Aveiro, Portugal Portugal

Para o académico Pedro Dias, este Retrato da princesa Joana, filha do rei D. Afonso V, é o mais belo da pintura antiga portuguesa. Obra enternecedora, em que a infanta nos é apresentada jovem em traje de corte, saiu decerto das mãos de um pintor da corte e a lógica e o nível estético e técnico da obra, bem como o sentimento que revela, apenas permitem apontar para autoria de Nuno Gonçalves.[2]

Descrição editar

A obra apresenta o busto da Princesa Santa Joana, de frente, em traje de corte. O cabelo comprido de cor clara está cingido na cabeça por uma coifa em ouro, cravejada de pedras preciosas e pérolas. Usa vestido em bico com decote rendado tendo a mão direita sobre o colo parcialmente coberta por uma madeixa de cabelo com um anel no dedo indicador.[1]

Resumo da vida da Princesa editar

Após recusar várias propostas de casamento, Joana entrou no Convento de Jesus de Aveiro da ordem dominicana feminina em Aveiro, em 1475, onde viveu até à sua morte seguindo em tudo a regra de vida e estilo das monjas, mas não tendo chegado a professar votos de freira por ser princesa real e potencial herdeira do trono.

A princesa Joana foi beatificada em 1693 pelo Papa Inocêncio XII, tendo festa a 12 de Maio, e o Papa Paulo VI, a 5 de Janeiro de 1965, declarou-a especial protectora da cidade de Aveiro.

História editar

O retrato terá sido trazido por D. Filipa (filha do Infante D. Pedro, Duque de Coimbra) para o Convento de Jesus de Aveiro, local onde permanece. Quando da extinção das ordens religiosas e a nacionalização dos bens da Igreja a obra entrou no património do Estado.[1]

Referências editar

  1. a b c Nota sobre a obra na Matriznet [1]
  2. História da Arte em Portugal, Volume 4, Publicações Alfa, Lisboa, 1986, pags. 168, 177