Reynaldo Jardim

jornalista brasileiro

Reynaldo Jardim (São Paulo, 13 de dezembro de 1926Brasília, 1º de fevereiro de 2011)[1] foi um jornalista e poeta brasileiro.

Reynaldo Jardim
Reynaldo Jardim em casa
Nome completo Reynaldo Jardim da Silveira
Nascimento 13 de dezembro de 1926
São Paulo
Morte 2 de fevereiro de 2011 (84 anos)
Brasília
Nacionalidade brasileiro
Ocupação Poeta e jornalista
Prêmios Prémio Jabuti (2010)
Magnum opus Sangradas Escrituras

Biografia editar

Filho de um militar negro, Joaquim da Silva Silveira, e de uma descendente de argentinos, Edina Jardim Silveira, Reynaldo nasceu em uma família humilde de quatro filhos na cidade de São Paulo.

Seus pais se esforçaram muito para fazer os filhos estudarem no Liceu, escola tradicional, e só pôde estudar jornalismo porque conseguiu uma bolsa na primeira turma de jornalismo da PUC de São Paulo.

Ao se formar, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde se casou com Edelweiss, com quem teve dois filhos: Joaquim Jardim e Teresa Jardim. Foi redator das revistas O Cruzeiro e Manchete. No Rio, exerceu cargos de chefia na Rádio Clube do Brasil, na Rádio Mauá, na Rádio Globo e na Rádio Nacional; em São Paulo, na Rádio Excelsior.

Participou, nos anos 50, da reforma do Jornal do Brasil[carece de fontes?], criando o Caderno de Domingo, o Caderno B e o Suplemento Dominical — por onde passariam Oliveira Bastos e Mário Faustino.

Em 1962 assumiu a Diretoria da revista Senhor,[2] sucedendo a Odylo Costa Filho.[3]

Em 1964, obrigado a deixar o Jornal do Brasil, devido ao Golpe Militar, Reynaldo Jardim assumiu a diretoria do telejornalismo da recém-inaugurada TV Globo[4]. Em 1967, criou o jornal-escola O Sol. Em 1968, manteve um quadro diário no Jornal de Vanguarda, exibido pela TV Rio, no qual comentava em versos, ao vivo, um acontecimento do dia.

Realizou reformas gráfico-editoriais em jornais como A Crítica (Manaus), O Liberal (Belém), Gazeta do Povo (Curitiba), Jornal de Brasília e Diário da Manhã (Goiânia).

Viúvo do primeiro casamento, casou-se com a jornalista Elaina Maria Daher, com quem teve três filhos (Rafael, Gabriel e Micael) e se mudou para Brasília em 1988. Lá, ocupou importantes cargos como de Editor do Caderno Aparte, do Correio Braziliense, Diretor da Fundação Cultural de Brasília, Assessor do Ministério da Justiça, Assessor Cultural do Governo do Distrito Federal.

Reynaldo Jardim manteve coluna diária de poesia de 2004 a 2006 no Caderno B do Jornal do Brasil.

Morreu aos 84 anos, de complicações causadas por aneurisma na artéria aorta abdominal. Estava internado no Hospital do Coração de Brasília.[1] Deixando uma esposa, quatro filhos, 10 netos e um bisneto .

Bibliografia editar

Poesia
  • Paixão segundo Barrabás,
  • Maria Bethânia Guerreira Guerrilha,
  • Joana em flor,
  • Viva o Dia,
  • Cantares Prazeres,
  • Lagartixa escorregante na parede de domingo,
  • Sangradas Escrituras,
Filmes
  • O Sol, caminhando contra o Vento, de Tetê Moraes e Marta Alencar [5]
  • Profana Via Sacra, de Alisson Sbrana [6]
Áudio
  • Golfinho/gaivota, de Lourdes Ábido
  • Reynaldo Jardim, coleção Palavra de Poeta[7]


Letra de Música

  • Novo Hino Nacional, com música de Jorge Antunes
                     -

Prêmios e Homenagens editar

Foi homenageado Cidadão honorário de Brasília no Teatro Nacional. Na véspera do seu aniversário de 80 anos de idade.

Ganhou um prêmio Jabuti na categoria poesia em 2010, graças ao livro Sangradas Escrituras. A obra, de 1.200 páginas, resume 64 anos de carreira.[1]

Em 2011, Foi relançado o seu livro Maria Bethânia Guerreira Guerrilha. Ocasião na qual houve homenagem e declamação de poemas do artista pela cantora.

Em 13 de dezembro de 2011, data de seu nascimento, houve homenagem ao poeta na Biblioteca Demonstrativa de Brasília, órgão do qual foi diretor.

Referências

  1. a b c Ana Rita Gondim e Fernanda Lobo (2 de fevereiro de 2011). «Morre o jornalista Reynaldo Jardim». Correio Braziliense. Consultado em 6 de agosto de 2011 
  2. «Expediente». Senhor. 4 (3). 5 páginas. Março de 1962 
  3. «Expediente». Senhor. 4 (2). 5 páginas. Fevereiro de 1962 
  4. G1, Do; Brasília, em (2 de fevereiro de 2011). «Aos 84 anos, morre em Brasília jornalista e poeta Reynaldo Jardim». Pop & Arte. Consultado em 2 de março de 2023 
  5. Tetê Moraes, Marta Alencar (2011). «O Sol, caminhando contra o Vento, filme». O SOL. Consultado em 11 de dezembro de 2011. Arquivado do original em 15 de dezembro de 2011 
  6. Alisson Sbrana (2011). «Profana Via Sacra, filme». Profana Via Sacra. Consultado em 11 de dezembro de 2011 
  7. Antônio Miranda (2011). «Portal Antônio Miranda, filme». Vida de Reynaldo Jardim. Consultado em 11 de dezembro de 2011 [ligação inativa]

Ligações externas editar