Ricciotto Canudo

escritor francês

Ricciotto Canudo (Gioia del Colle (Itália), 1877Paris, 10 de novembro de 1923) foi um teórico e crítico de cinema[1] pertencente ao futurismo italiano. Estudou no "Istituto Tecnico Superiore de Bari", onde se licenciou em física e depois línguas orientais e estudos bíblicos na Universidade de Florença.

Ricciotto Canudo
Ricciotto Canudo
Nascimento 2 de janeiro de 1877
Gioia del Colle
Morte 10 de novembro de 1923 (46 anos)
Paris
Sepultamento Crematório-columbário de Père-Lachaise
Cidadania França
Ocupação poeta, crítico de cinema, escritor, musicólogo, crítico de arte, roteirista
Prêmios

Imerso nos ambientes de vanguarda, aos 24 anos se estabeleceu em Paris, onde trabalhou como correspondente do "Il Correr", em seguida começou a escrever nos periódicos parisienses. Imerso na vida cultural da cidade, criou a revista "Montjoie" em 1913 e estabeleceu amizade com Guillaume Apollinaire, com quem manteve uma ampla correspondência, Georges Braque, Pablo Picasso e Maurice Ravel, entre outros.

Destacou sua preocupação teórica sobre a realidade do cinema e suas possibilidades em um futuro de maior evolução técnica. Em 1911 publicou em Paris um artigo intitulado "La Naissance d'un sixième art. Essai sur le cinématographe", considerado como o primeiro texto no qual se define o cinema como uma arte, até então a sexta arte, na qual se resumem as demais artes.[2]

Em 1920 fundou o Clube "Amis du Septième Art" e, dois anos depois, "A Gazzette des sept arts", na qual em 1923 publicou o "Manifeste des Sept Arts", onde finalmente define o Cinema como a Sétima Arte, adicionando a Dança à lista[3]. Muitos de seus trabalhos foram publicados depois de sua morte no livro "L'usine aux images" publicado em 1927.[4]

Para Canudo, com o cinema nascia a "arte total", "a plástica em movimento", "a alma da modernidade", já que reunia e conciliava na sua linguagem e expressão a dimensão plástica da pintura, a arquitetura e a escultura e a dimensão rítmica da dança, a música e a poesia.

O manifesto de Canudo e suas iniciativas acerca do mundo intelectual de Paris serviu para ativar uma resposta de interesse experimental no mundo da pintura, a arquitetura e a literatura, que deu origem ao nascimento do movimento expressionista.[carece de fontes?]

Bibliografia editar

  • French Film Theory and Criticism: A History/Anthology, 1907–1939, Richard Abel (Editor), Princeton University Press, (1993) ISBN 0-691-00062-X (em inglês)
    • The Birth of the Sixth Art pp. 58–66
    • Reflections on the Seventh Art pp. 291–303
  • The Visual Turn, Angela Dalle Vacche (Editor), Rutgers University Press, (2002), ISBN 0-8135-3173-X (em inglês)

Referências

  1. Manifesto das Sete Artes, Université de Metz
  2. Aitken, Ian (2001). European film theory and cinema: a critical introduction. [S.l.]: Edinburgh University Press. p. 75. ISBN 0-7486-1168-1 (em inglês)
  3. «Reflections on the Seventh Art». Art and Popular Culture. 2 de janeiro de 2012. Consultado em 27 de abril de 2019  |nome1= sem |sobrenome1= em Authors list (ajuda)
  4. Bordwell, David (1997). On the History of Film Style. [S.l.]: Harvard University Press. p. 29. ISBN 0-674-63429-2 (em inglês)

Ver também editar

  Este artigo sobre uma pessoa é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.