Richard Huelsenbeck

Richard Huelsenbeck (Frankenau, Alemanha, 23 de abril de 1892 - Minusio, Suíça, 30 de abril de 1974) foi um poeta, escritor de relatos de viagens, baterista, médico e psicanalista alemão, participante do grupo fundador do Dadaísmo que atuou no Cabaret Voltaire de Zurique,[1] onde praticou a poesia simultaneísta.

Richard Huelsenbeck
Richard Huelsenbeck
Nascimento 23 de abril de 1892
Frankenau
Morte 30 de abril de 1974 (82 anos)
Minusio
Cidadania Alemanha
Ocupação poeta, psiquiatra, médico escritor, escritor
Movimento estético dadaísmo

Biografia editar

Quando, a partir de 1917 o grupo dadaísta da Suíça começa a se dispersar, Huelsenbeck estabelece o Movimento Dadaísta com George Grosz e Raoul Hausmann em Berlim, onde fundará o "Clube Dada", trazendo à Alemanha uma forma de Dadaísmo que adquire um caráter mais marcadamente político, aproximado do radicalismo espartaquista.[2] Em 1918 Huelsenbeck faz o primeiro discurso Dadá na Alemanha e, pouco depois, elaborando o primeiro manifesto dadaísta daquele país, passa a promover com o poeta Raoul Hausmann declarações contundentes e novos manifestos, bem como conferências itinerantes pela Alemanha. O radicalismo do Dadaísmo alemão de Huelsenbeck se volta contra a República de Weimar[3] e também, contra os movimentos de vanguarda que o precederam (Cubismo, Expressionismo e Futurismo).

Como outros dadaístas, sua arte foi declarada bolchevista e o poeta teve que exilar-se da Alemanha, posteriormente, quando o Nazismo ascendeu ao poder.

Trabalhos editar

 
Capa para En avant Dada. A História do Dadaísmo (1920)
  • Schalaben schalabai schalamezomai. Zürich: Collection Dada, 1916.
  • Phantastische Gebete. Zürich: Collection Dada, 1916.
  • Azteken oder die Knallbude. Eine militärische Novelle. Berlim: Reuß und Pollak, 1918.
  • Verwandlungen. Munique: Roland, 1918.
  • Dada Almanach. Berlim: Reiss, 1920 (Herausgeber).
  • En avant Dada. Die Geschichte des Dadaismus. Paul Steegemann, Hannover e Leipzig 1920.
  • Dada siegt! Eine Bilanz des Dadaismus. Berlim: Malik, 1920.
  • Deutschland muß untergehen! Erinnerungen eines alten dadaistischen Revolutionärs. Berlim: Malik, 1920.
  • Doctor Billig am Ende. München: Wolff, 1921.
  • Afrika in Sicht. Ein Reisebericht über fremde Länder und abenteuerliche Menschen. Dresden: Jess, 1928.
  • Der Sprung nach Osten. Bericht einer Frachtdampferfahrt nach Japan, China und Indien. Dresden: Jess, 1928.
  • China frißt Menschen. Zürich/Leipzig: Orell Füssli, 1930.
  • com Günter Weisenborn: Warum lacht Frau Balsam?. Berlim: S. Fischer, 1932.
  • Der Traum vom großen Glück. Berlin: S. Fischer, 1933.
  • Die Newyorker Kantaten. Cantates New-Yorkaises. Paris/Nova York: Berggruen, 1952.
  • Die Antwort der Tiefe. Wiesbaden: Limes, 1954.
  • Mit Witz, Licht und Grütze. Auf den Spuren des Dadaismus. Wiesbaden: Limes, 1957.
  • com Hans Arp e Tristan Tzara: Dada. Die Geburt des Dada. Dichtung und Chronik der Gründer. Zürich: Arche, 1957.
  • Sexualität und Persönlichkeit. Entwicklung und Bedeutung mentaler Heilmethoden. Frankfurt am Main: Ullstein, 1959.
  • Dada. Eine literarische Dokumentation. Reinbek bei Hamburg: Rowohlt, 1964 (Herausgeber).
  • Memoirs of a Dada Drummer. Edited by Hans J. Kleinschmidt. New York: The Viking Press, 1974
  • Reise bis ans Ende der Freiheit. Autobiographische Fragmente. Aus dem Nachlass hrsg. von Ulrich Karthaus und Horst Krüger. Heidelberg: Lambert Schneider, 1984. ISBN 3-7953-0228-5
  • Die Sonne von Black-Point. Ein Liebesroman aus den Tropen. Hrsg. von Herbert Kapfer und Lisbeth Exner. München: Belleville, 1996. ISBN 3-923646-45-3
  • Karl Riha (Hrsg.) Richard-Huelsenbeck-Lesebuch, Aisthesis Bielefeld, 2008 ISBN 978-3-89528-673-5
  • Dada-Logik 1913-1972. Hrsg. von Herbert Kapfer. München: Belleville, 2012. ISBN 978-3-943157-05-5

Referências