Rodovia Americana-Paulínia

nome genérico dado a um conjunto de estradas vicinais que ligam as cidades brasileiras de Paulínia e Americana, no interior de São Paulo

Rodovia Americana-Paulínia é o nome genérico dado a um conjunto de estradas vicinais que ligam as cidades brasileiras de Paulínia e Americana, no interior de São Paulo.

Estrada Municipal Ivo Macris (em Americana)
Estrada Municipal Raphael Perissinoto (em Paulínia)
Nomes populares Estrada Americana-Paulínia
Estrada do Sobrado Velho[1]
Tipo Rodovia Municipal
Legislação Municipal
Extensão 14,47[2] km
Projetado: 14,47 km
Extremos
 • oeste:
 • leste:

Avenida Nicolau João Abdalla, Americana, SP
Rua Raphael Perissinoto, Paulínia, SP
Concessionária Prefeituras
Vista da Rodovia em Americana

Em Paulínia o trecho corresponde ao trecho da PLN-346 denominado Estrada Municipal Raphael Perissinoto. No município de Americana a rodovia corresponde ao trecho pavimentado da Estrada Municipal Ivo Macris (que liga o município diretamente a Paulínia, mas através de um trecho sem pavimentação) e a um trecho sem denominação oficial. A rodovia ainda passa pelo município de Cosmópolis, dando acesso a esse através de uma estrada rural.[3]

A Lei paulinense n° 2306, de 4 de novembro de 1999, oficializou a denominação Raphael Perissinoto para a via,[4] enquanto em Americana a denominação Ivo Macris foi atribuída através da Lei n° 4922, de 15 de dezembro de 2009.[5]

A Rodovia Americana-Paulínia possui 14,47 km de extensão, totalmente pavimentados e sinalizados. A pavimentação foi realizada pelo governo do estado de São Paulo,[2][3] através de convênios realizados entre o DER-SP e as prefeituras de Paulínia e Americana, que não acarretaram custos diretos às respectivas prefeituras.[6][7]

Problemas editar

 
Caminhão caído na cratera aberta após fortes chuvas

A rodovia é utilizada como rota de fuga por motoristas que querem evitar os pedágios instalados na Rodovia Anhanguera, em Nova Odessa e na Rodovia Professor Zeferino Vaz (antiga Gal. Milton Tavares de Sousa), em Paulínia. Em 2010 a AutoBan, concessionária responsável pela administração do sistema Anhanguera-Bandeirantes, contratou um serviço de consultoria para fazer um levantamento da quantidade e tipos de carros passavam pela rodovia. A empresa negou que o levantamento fosse pelo fato da via ser usada como rota de fuga, e sim um trabalho sobre as rodovias concessionadas. Mas apesar do governo do estado realizar obras na rodovia, ela não era administrada pela empresa, e sim pelos municípios.[8] Outra polêmica envolveu a Usina Ester, que fechou uma estrada que passava por suas terras e dava acesso a Cosmópolis a partir da rodovia Americana-Paulínia supostamente para evitar a rota de fuga, entretanto há outro acesso àquela cidade, através de outra estrada, em condições inferiores à estrada bloqueada. Foi sugerido por vereadores de Cosmópolis a desapropriação de parte das terras da Usina Ester, incluindo a ponte de alvenaria localizada sobre o Rio Jaguari, para permitir a construção de uma rota alternativa à SP-332.[9]

Um trecho em Americana cedeu devido às fortes chuvas que acometeram a região no início de 2011, e até 2013 nenhuma obra foi feita no local, com exceção de uma desvio improvisado para carros leves, mas utilizado também por veículos pesados. O governo estadual liberou 1,6 milhões de reais para a construção de uma ponte, mas a prefeitura de Americana alegava serem necessários 2 milhões para a obra. A cratera provocou dois acidentes, um envolvendo um caminhão e outro uma motocicleta, cujo piloto acabou morrendo.[10] Uma ponte no local só foi concluída e inaugurada em julho de 2014, após investimento de R$ 2,1 milhões. A inauguração foi realizada por Paulo Chocolate (PSC), presidente da Câmara de Americana que ocupava interinamente o cargo de prefeito, após a cassação do mandato de Diego De Nadai. A sinalização na via, entretanto, foi executada horas após a inauguração.[11]

A via não possui acostamentos e em muitos trechos não há área disponível nas margens da rodovia, o que pode acarretar problemas em caso de acidentes.[3] Atualmente o asfalto encontra-se em uma situação precária, com trechos de faixas inteiros sem camada asfáltica. Na via é o proibido o tráfego de veículos pesados, entretanto o desrespeito é constante, principalmente por caminhões-tanque.[12][13] O prefeito de Americana, Omar Najar (PMDB), alegou em 2017 que seriam necessários R$ 15 milhões para a recuperação da estrada, e por não ter condições de fazer a manutenção, solicitou a estadualização da mesma para o DER-SP. Omar também solicitou informações ao DER sobre o contrato para pavimentação, realizada pelo órgão estadual em 2009, pois um levantamento técnico da prefeitura apontou que a qualidade do asfalto era muito baixa para o tráfego de veículos pesados.[14] Além da situação do asfalto, o mato alto é um problema em vários trechos da rodovia, chegando a invadir a pista e ocasionando problemas com a sinalização vertical, que fica oculta. A sinalização horizontal, em grande parte da via, já não existe mais.[15][16] Em 2017 moradores e usuários da rodovia fizeram um protesto por melhorias na pista e também em bairros localizados juntos à mesma, que não possuíam infraestrutura adequada, segundo os moradores. Um advogado foi preso na ocasião por supostamente incitar a manifestação.[17]

Referências

  1. «Pauta da 10ª Sessão Ordinária Quarto Ano Legislativo da 14ª Legislatura 27 de março de 2008 – 14 horas» (html). camaramericana.sp.gov.br. p. 9 de 10. Consultado em 30 de outubro de 2012 [ligação inativa]
  2. a b «Diário Oficial - Poder Legislativo de São Paulo» (pdf). 1. Departamento de Estradas de Rodagem – DER (Investimentos na Infra-estrutura física). jusbrasil.com.br. 31 de maio de 2011. p. 35. Consultado em 28 de outubro de 2012 
  3. a b c «Rodovia Americana-Paulínia» (html). paulinia.net. Consultado em 28 de outubro de 2012 
  4. «Lei Ordinária de Paulínia-SP, nº 2306 de 04/11/1999» (html). leismunicipais.com.br. Consultado em 28 de outubro de 2012 [ligação inativa]
  5. «Lei Ordinária de Americana-SP, nº 4922 de 15/12/2009» (html). leismunicipais.com.br. Consultado em 28 de outubro de 2012 [ligação inativa]
  6. «Lei Ordinária de Americana-SP, nº 4669 de 04/07/2008» (html). leismunicipais.com.br. Consultado em 28 de outubro de 2012 [ligação inativa]
  7. «Lei Ordinária de Paulínia-SP, nº 2995 de 11/05/2009» (html). leismunicipais.com.br. Consultado em 28 de outubro de 2012 [ligação inativa]
  8. «AutoBAn "ficha" carros em rota de fuga do pedágio.» (html). sindicamp.org.br. 22 de janeiro de 2012. Consultado em 28 de outubro de 2012 
  9. «Requerimento N.º 146/2010» (html). camaracosmopolis.sp.gov.br. 27 de maio de 2010. Consultado em 28 de outubro de 2012 
  10. «Cratera em rodovia de Americana completa 22 meses sem solução» (html). g1.com.br. 25 de outubro de 2012. Consultado em 28 de outubro de 2012 
  11. «Ponte é inaugurada em estrada cheia de buracos» (html). tododia.uol.com.br. 17 de julho de 2014. Consultado em 9 de julho de 2018. Cópia arquivada em 9 de julho de 2018 
  12. «Estrada está 'intransitável', diz engenheiro ambiental» (php). tododia.uol.com.br. 5 de janeiro de 2017. Consultado em 9 de julho de 2018. Cópia arquivada em 9 de julho de 2018 
  13. «Morador reclama das más condições de rodovia» (php). liberal.com.br. Consultado em 9 de julho de 2018. Cópia arquivada em 9 de julho de 2018 
  14. «Omar diz que não usará verba na Estrada Ivo Macris» (php). tododia.uol.com.br. 9 de março de 2017. Consultado em 9 de julho de 2018. Cópia arquivada em 9 de julho de 2018 
  15. «Estrada vicinal Ivo Macris acumula buracos e pontos que dificultam a circulação» (html). g1.globo.com. 9 de janeiro de 2017. Consultado em 9 de julho de 2018. Cópia arquivada em 9 de julho de 2018 
  16. «Mato alto invade a pista e cobre placas na Rodovia Ivo Macris, em Americana» (html). g1.globo.com. 21 de fevereiro de 2018. Consultado em 9 de julho de 2018. Cópia arquivada em 9 de julho de 2018 
  17. «Protesto por melhorias em rodovia tem feridos e confusão em Americana» (html). g1.globo.com. 13 de fevereiro de 2017. Consultado em 9 de julho de 2018. Cópia arquivada em 9 de julho de 2018 


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