Rofecoxib

composto químico
Rofecoxib
Alerta sobre risco à saúde
Nome IUPAC 4-(4-metilsulfonilfenil)-3-fenil-5H-furan-2-ona
Identificadores
Número CAS 162011-90-7
PubChem 5090
DrugBank DB00533
ChemSpider 4911
Código ATC M01AH02
SMILES
InChI
1/C17H14O4S/c1-22(19,20)14-9-7-12(8-10-14)15-11-21-17(18)16(15)13-5-3-2-4-6-13/h2-10H,11H2,1H3
Propriedades
Fórmula química C17H14O4S
Massa molar 314.33 g mol-1
Farmacologia
Biodisponibilidade 93%
Via(s) de administração Oral
Metabolismo Hepático
Meia-vida biológica 17h
Ligação plasmática 87%
Excreção biliar/renal
Classificação legal



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Riscos na gravidez
e lactação
C(AU)
Página de dados suplementares
Estrutura e propriedades n, εr, etc.
Dados termodinâmicos Phase behaviour
Solid, liquid, gas
Dados espectrais UV, IV, RMN, EM
Exceto onde denotado, os dados referem-se a
materiais sob condições normais de temperatura e pressão

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Alerta sobre risco à saúde.

Rofecoxib é um medicamento anti-inflamatório não-esteróide retirado de circulação em 2004 após comprovada associação com problemas de saúde.

Aprovado nos Estados Unidos pela FDA em maio de 1999,[1][2] o medicamento foi lançado no mesmo ano sob a denominação comercial Vioxx, chegou a ser considerado um dos remédios mais eficazes contra a artrite e pretendia combater a dor sem os efeitos colaterais conhecidos, entre eles as úlceras e os sangramentos gastrointestinais. Em pouco tempo, passou a ser receitado para vários tipos de dor, e entre 1999 e 2004, alcançou 84 milhões de usuários. Em alguns países, inclusive no Brasil, o Vioxx liderou a lista dos anti-inflamatórios mais vendidos. Somente no ano de 2003, as vendas do medicamento somaram o equivalente a 2,5 bilhões de dólares em todo o mundo.[3]

Porém, em 2004, um estudo da fabricante apontou que o consumo diário de 25 miligramas do remédio por dezoito meses consecutivos dobraria os riscos de infartos e derrames[3] e em setembro daquele ano o medicamento foi retirado de mercado.[2] Em 2006, um estudo encomendado pelo órgão de saúde dos Estados Unidos indicou que o medicamento pode ter causado até 140 mil ocorrências de doenças coronárias naquele país desde 1999.[4]

Consequências editar

No dia em que a Merck determinou a retirada de seu medicamento do mercado, as ações do laboratório caíram 27%.[3] Somente em 2007, a Merck pagou 4,85 bilhões de dólares em indenizações relacionadas a 50 mil processos judiciais.[2] Em 2010, foi cobrada em mais 950 milhões de dólares pelas investigações do governo norte-americano.[5]

Referências

  1. France Presse (7 de outubro de 2004). «Concorrentes do Vioxx também trazem riscos, alertam estudos». Ciência. Folha de S.Paulo. Consultado em 24 de abril de 2012 
  2. a b c Associated Press. «Merck pagará US$ 950 milhões por comercialização de Vioxx». Folha de S.Paulo. Consultado em 24 de abril de 2012 
  3. a b c Buchalla, Anna Paula (6 de outubro de 2004). «Faz mal ao coração» 1874 ed. Revista Veja. Consultado em 24 de abril de 2012 
  4. BBC Brasil (2 de junho de 2006). «Analgésico 'aumenta risco de ataque do coração'». Folha de S.Paulo. Consultado em 25 de abril de 2012 
  5. Reuters (29 de outubro de 2010). «Lucro da Merck cai 89% no 3º tri por encargos e menores vendas». Nova Iorque. Consultado em 24 de abril de 2012 

Ligações externas editar