Rugelach (em iídiche: רוגעלך e em hebraico: רוגלך) é um pão judaico de origem asquenazita. É muito popular em Israel, e entre judeus europeus e americanos, geralmente encontrado em cafés e padarias.

Rugelach

Rugelach de chocolate.
Nome(s)
alternativo(s)
Rugelakh, rugulach, rugalach, ruggalach, rogelach (plural)
rugalah, rugulah, rugala e roogala (singular)
Região Israel, Europa central
Ingrediente(s)
principal(is)
Massa: creme azedo ou queijo cremoso
Recheio: passas, canela, chocolate, marzipã, geleias, noze
Receitas: Rugelach   Multimédia: Rugelach

Tradicionalmente feitos na forma de um crescente, enrola-se um triângulo de massa ao redor de um recheio, que pode ser passas, canela, chocolate, marzipã, geleias, nozes, entre outros.[1][2] Recentemente, versões salgadas também foram criadas, recheados com frango e schmaltz ou salmão e queijo boursin.[3] Algumas fontes dizem que o rugelach e o croissant francês possuem a mesma origem comum no Kipferl, bolinhos vienenses feitos para comemorar o levantamento de um certo turco, uma possível referência a Batalha de Viena de 1683.[4]

Etimologia editar

O nome é em em iídiche, uma língua judia da Europa central. O sufixo ach (ך) indica o plural, enquanto el (ל) pode ser um diminutivo, assim como, por exemplo, shtetlekh (שטעטלעך, vilas) é o plural de shtetl (שטעטל, vila), o diminutivo de shtot (שטאָט, cidade). Nesse caso, a raiz tem o significado aproximado de "torcer", de modo que uma tradução possível seria "pequenas torções, torcidinhas" em referência ao formato do bolinho.[4]

Alternativamente, alguns afirmam que que a raiz seria rugel, que significa real, numa possível referência ao seu gosto.[5] Essa explicação contradiz com o uso iídiche, no qual a palavra keniglich (קעניגליךּ) é a palavra dominante para "real".[6]

Por fim, em hebraico moderno, os rugelach são conhecidos como roglìt (רוֹגְלִית), palavra pós-bíblica que signfica "vinhas", apesar do termo rugelach (רוגלך) também ser utilizado comumente por falantes hebraicos.[7]

Ingredientes editar

Rugelach podem ser feitos com massas de creme azedo ou queijo cremoso, mas existem também variantes Parve sem ingredientes lácteos,[8] de modo que possam ser comidos antes ou após as refeições e ainda serem kosher. As massas de queijo cremoso são inovações recentes, possivelmente americanas, enquanto as massas de fermento levedado,[8][9] e de creme azedo são muito mais antigas.[10][11]

Referências

  1. Nathan, Joan (2011). Joan Nathan's Jewish Holiday Cookbook (em inglês). Nova Iorque: Knopf Doubleday Publishing Group. p. 284. ISBN 9780307777850 
  2. Fertig, Judith M. (2003). All-American Desserts. 400 Star-Spangled, Razzle-Dazzle Recipes for America's Best Loved Desserts (em inglês). Boston: Harvard Common Press. p. 135. ISBN 9781558321915 
  3. Eisenberg, Joyce; Scolnic, Ellen (2016). Ilustrado por Terry Laban, ed. The Whole Spiel. Funny Essays about Digital Nudniks, Seder Selfies and Chicken Soup Memories (em inglês). Filadélfia: Incompra Press. p. 126. ISBN 978-0-69272625-9 
  4. a b Marks, Gil (1999). The: World of Jewish Cooking. Over 613 Traditional Recipes from Alsace to Yemen. Nova Iorque: Simon and Schuster. p. 326. ISBN 9780684835594 
  5. Young-Tulin, Lois (2000). «Chapter 5: Mandelbrot, Rugelach and a Family Quilt». Jewish Mothers Tell their Stories. Acts of Love and Courage. Nova Iorque: Hayworth Press. p. 45. ISBN 9780789010995 
  6. Harkavy, Alexander (2015) [1898, edição escaneada pela Universidade Harvard]. ידיש-ענגלישעס ווערטערבוך [A Dictionary of the Yiddish Language]. With a Treatise on Yiddish Reading, Orthography and Dialectical Variations. Cambridge: BiblioLife. ISBN 9781297628139 
  7. Klein, Ernest (1987). A Comprehensive Etymological Dictionary of the Hebrew Language. Nova Iorque: McMillan. p. 609. ISBN 9780029174319 
  8. a b Aish HaTorah (1987). The Taste of Shabbos. The Complete Sabbath Cookbook (em inglês). Jerusalém, Nova Iorque: Feldheim Publishers. p. 118. ISBN 9780873064262 
  9. Kancigor, Judy Bart (2007). Cooking Jewish (em inglês). Nova Iorque: Workman. p. 474. ISBN 9780761135814 
  10. Barbara, Grunes (2006). «Best-Ever Rugelach». The Best Bake Sale Ever Cookbook (em inglês). Vancouver: Raincoast Books. p. 68. ISBN 9780811850759 
  11. Siegel, Helene; Gillingham, Karen (1995). «Ida's Rugelach». Totally Cookies Cookbook. Col: The Totally Cookbooks Series (em inglês). Berkeley: Celestial Arts Publishing. p. 74. ISBN 9780890877579 

Ligações externas editar