Rui Soares Costa
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Biografia
Nascimento
Cidadania
Portuguesa
Atividade
Artista plástico

Rui Soares Costa (Portugal, 1981) é um artista plástico português que iniciou a carreira em 2013 e começou a participar de exposições de arte em 2016, principalmente em países como Espanha e Portugal.

Biografia editar

Nascimento e início da carreira editar

Nascido em em 1981[1], frequentou aulas de pintura no Ar.Co - Centro de Arte & Comunicação Visual, ao mesmo tempo que estudou na área de piscologia social, tanto em Portugal como nos Estados Unidos da América.[2]

Iniciou a sua carreira apenas como artista visual em 2013, e começou a expôr em 2016.[2] As suas pesquisas incidem principalmente sobre a forma como se entende o tempo, através de fenómenos como a sua suspensão, distensão e compressão.[2] Também manifestou interesse pela música contemporânea, tendo colaborado com o músico André Gonçalves, além de apresentar sempre uma banda sonora inédita durante as suas exposições.[2]

Em 2016 iniciou um programa de residências artísticas no seu atelier,[2] no Complexo industrial do Olho de Boi, em Cacilhas, num edifício da antiga Sociedade Portuguesa de Pescas.[3] Este programa reuniu mais de trinta artistas de todo o mundo,[2] como o músico dinamarquês Casper Clausen, que foi um dos fundadores das bandas Liima e Efterklang.[3][4]

Trabalho, exposições e ativismo editar

A obra de Rui Soares Costa foi incluída em várias colecções de arte, tanto em Portugal como na Alemanha, Índia, Países Baixos, Espanha e Suíça.[2] Entre estas destacam-se as José Berardo e de José Costa Rodrigues, e em Espanha, a Art fairs.[2] É representado pela Galeria das Salgadeiras.[5] tendo também estado ligado à Galeria Sala 117, no Porto.[2] No catálogo da 30.ª Feira Internacional de Arte Contemporânea de Santander, em Espanha, para a qual Rui Soares Costa contribuiu com a obra De profundis, valsa lenta, o artista foi descrito como tendo «explorado múltiplos suportes e ferramentas durante a sua prática artística, que foi fortemente influenciada pelo desenho, não apenas como disciplina, em primeiro lugar, e principalmente pelo pensamento e reflexão que daí resultam. De um ponto de vista mais formal, a sua investigação assume-se como uma ampliação do território em que se insere o desenho, que ao mesmo tempo questiona as categorizações mais convencionais deste tipo de arte».[nota 1][6] Sobre os seus temas, no catálogo refere-se que os principais são «o tempo como sujeito e matéria».[nota 2] Assim, a obra apresentada por Rui Soares Costa naquele evento podia ser considerada como «uma concentração destes dois eixos formais e programáticos, com sucessivas camadas de materiais, fogo, papel e resinas».[nota 3][6]

Entre os certames em que participou, encontra-se a exposição de desenho e escultura Quando o Tacto Se Faz Contacto, em conjunto com Fernando Daza, Francisco Venâncio, Inês Teles e Luísa Abreu.[7] Também expôs de forma individual, tendo por exemplo organizado em 2017 a exposição Lifeline Series, onde apresentou vários desenhos sobre os próprios ciclos biorítmicos do seu corpo,[8] tendo feito «o exercício usando as mãos para marcar as variantes biorrítmicas do seu corpo e desenha linhas que nunca se tocam, em folhas de grandes dimensões».[9]

Entre Novembro de 2016 e Janeiro de 2017, foi um dos artistas convidados para a exposição Utopia, Hoje, organizada no Museu Abílio de Mattos e Silva em parceria com a Casa Fernando Pessoa, a Fundação José Saramago e a Galeria das Salgadeiras.[10][11]

Em 2019 apresentou a exposição de desenho Estes Pés só Pisam Vento na Galeria das Salgadeiras, que foi descrita pela especialista Joana Valsassina: «Rui Soares Costa regista o tempo em desenho, sendo o tempo, como diz, “a única coisa que não poderemos adicionar à existência.” Estes pés só pisam vento regista a leveza do seu rasto invisível e a temporalidade reconstrutiva da sua memória».[12]

Em Outubro de 2020, foi um dos artistas convidados para a terceira edição do programa Drawing Room, organizado em Lisboa pela Sociedade Nacional de Belas Artes.[1] Em 2021, foi um dos responsáveis pela exposição Casa de Água, na galeria Antecâmara, em Lisboa, em conjunto com Pedro Campos Costa e João Galante, durante a qual foi mostrada uma estrutura em forma de casa, cujas peças estiveram anteriormente submersas no Rio Tejo.[13] A exposição teve como finalidade alertar para a subida do nível das águas do oceano.[13]

Essa não foi única iniciativa a que esteve ligado sobre o tema das alterações climáticas, já que em Novembro de 2022 foi um dos artistas que assinaram a Declaração de apoio aos jovens activistas climáticos.[14] Também em 2021, foi o autor de um conjunto de cartazes comemorativos da criação do Ministério da Ciência e da Tecnologia, em 1995, para o Pavilhão do Conhecimento no Centro de Ciência Viva de Lisboa,[2] e em Julho desse ano contribuiu com a exposição Rising como parte das comemorações do décimo oitavo aniversário da Galeria Salgadeiras[5][15]

Referências

  1. a b «3.ª edição da Drawing Room Lisboa apresenta 55 artistas e 20 galerias» (PDF). Drawing Room. Sociedade Nacional de Belas Artes. Agosto de 2020. Consultado em 3 de Maio de 2023 
  2. a b c d e f g h i j «Rui Soares Costa». Pavilhão do Conhecimento (em inglês). Centro de Ciência Viva de Lisboa. Consultado em 3 de Maio de 2023 
  3. a b LOPES, Mário (2 de Janeiro de 2018). «De residência em residência, os Liima chegaram a 1982». Público. Consultado em 3 de Maio de 2023 
  4. JUDAS, Miguel (12 de Fevereiro de 2021). «Casper Clausen, um disco ao ritmo do Tejo». Diário de Notícias. Consultado em 3 de Maio de 2023 
  5. a b NOGUEIRA, Patrícia (18 de Julho de 2021). «Ana Matos: "A arte é um bem público"». Gerador. Consultado em 3 de Maio de 2023 
  6. a b «Rui Soares Costa: De profundis, valsa lenta» (PDF). Artesantander: 30 Feria Internacional de Arte Contemporáneo. 2022. p. 104. Consultado em 3 de Maio de 2023 
  7. «Quando o Tacto Se Faz Contacto». Público. Consultado em 3 de Maio de 2023 
  8. «Lifeline Series». Público. Consultado em 3 de Maio de 2023 
  9. XAVIER, Ágata (11 de Outubro de 2017). «Rui Soares da Costa nas Salgadeiras». Sábado. Consultado em 3 de Maio de 2023 
  10. «Foi você que pediu uma visita guiada para as exposições de Óbidos?» (PDF). Câmara Municipal de Óbidos. 8 de Novembro de 2016. Consultado em 3 de Maio de 2023 
  11. «Exposições Folio» (PDF). Programa Folio. Câmara Municipal de Óbidos. 2016. p. 8. Consultado em 3 de Maio de 2023 
  12. «Rui Soares Costa: Estes Pés só Pisam Vento». Agenda Cultural de Lisboa. Câmara Municipal de Lisboa. 2019. Consultado em 4 de Maio de 2023 
  13. a b AMADO, Carolina (2 de Junho de 2021). «Nesta casa, o Tejo é o artista, e pinta a subida do nível das águas». Público. Consultado em 3 de Maio de 2023 
  14. «Declaração de apoio aos jovens activistas climáticos». Público. 13 de Novembro de 2022. Consultado em 3 de Maio de 2023 
  15. CARBONE, Carla (22 de Setembro de 2021). «Galeria das Salgadeiras: 18 anos». Umbigo Magazine. Consultado em 3 de Maio de 2023 

Notas

  1. Explorando múltiples soportes y herramientas en su práctica artística, fuertemente influido por el Dibujo no solo como disciplina, en primer lugar, y sobre todo, por el pensamiento y la reflexión que de él resultan. Desde un punto de vista formal, esta investigación se asume como una ampliación del territorio donde se inserta el Dibujo, interrogándose sobre las categorizaciones más convencionales de esta expresión artística.
  2. El Tiempo como sujeto y materia ha sido uno de los temas que más ha desarrollado Rui Soares Costa en su trayectoria artística.
  3. De profundis, vals lento», estos dos ejes formales y programáticos se concentran con sus sucesivas capas de materia, fuego, papel y resinas


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