Saboneteira (molusco)

espécie de molusco

A saboneteira[2] (nome científico: Anodontites trapesialis), também popularmente conhecida como marisco-de-água-doce[3] e prato,[4] é uma espécie de molusco bivalve (animais com uma concha carbonada formada por duas valvas) da família dos micetopodídeos (Mycetopodidae) e subfamília dos anodontitíneos (Anodontitinae). Foi descrita em 1819 por Jean-Baptiste de Lamarck.[1][5] É endêmica do sul do México, na América do Norte, da América Central, e se estende por boa parte da América do Sul até a Argentina.

Como ler uma infocaixa de taxonomiaSaboneteira


Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Mollusca
Classe: Bivalvia
Subclasse: Autobranchia
Infraclasse: Heteroconchia
Ordem: Unionida
Superfamília: Etherioidea
Família: Mycetopodidae
Subfamília: Anodontitinae
Género: Anodontites
Espécie: A. trapesialis
Nome binomial
Anodontites trapesialis
Lamarck, 1819
Sinónimos[1]
  • Anodon ciconia (A. Gould, 1851)
  • Anodon exoticus (G. B. Sowerby II, 1867)
  • Anodon moretonianus (G. B. Sowerby II, 1867)
  • Anodon rioplatensis (G. B. Sowerby II, 1870)
  • Anodon scriptus (G. B. Sowerby II, 1867)
  • Anodon subsinuatus (G. B. Sowerby II, 1867)
  • Anodonta angustata (Clessin, 1876)
  • Anodonta bahiensis (Clessin, 1873)
  • Anodonta bridgesii (I. Lea, 1868)
  • Anodonta exotica (Lamarck, 1819)
  • Anodonta forbesiana (I. Lea, 1860)
  • Anodonta glauca (Lamarck, 1819)
  • Anodonta glauca var. sinaloensis (Crosse & P. Fischer, 1883)
  • Anodonta jewettiana (I. Lea, 1868)
  • Anodonta jewettii ("I. Lea, 1868" )
  • Anodonta nicaraguae (R. A. Philippi, 1849)
  • Anodonta trapesialis (Lamarck, 1819)
  • Anodontites flucki (B. Walker, 1924)
  • Anodontites simpsonianus (Pilsbry, 1896)
  • Glabaris simpsonianus (Pilsbry, 1896)
  • Glabaris trapesialis (Lamarck, 1819)
  • Glabaris trapesialis cygneiformis (Pilsbry, 1896)
  • Iridina trapezialis (d'Orbigny, 1846)

Distribuição e habitat editar

A saboneteira estende-se nos países da América do Sul desde a bacia do rio da Prata, passando pela bacia Amazônica e as drenagens do norte, América Central chegando ao sul do México.[6] Na Argentina, foi encontrado nas províncias de Jujuy, Salta, Tucumã, Formosa, Chaco, Misiones, Corrientes, Entre Ríos, San Luis, Santiago del Estero, Córdova, Santa Fé, Buenos Aires e Catamarca.[7][8]

Esta espécie vive em correntes dinamicamente variáveis, mas geralmente calmas. Encontram-se quase inteiramente soterrados em fundo lodoso ou lodoso-arenoso, constituídos por grande quantidade de partículas muito finas (silto-argiloso) em regiões de pequenas corredeiras de rios ou em lagoas sujeitas a inundações periódicas durante a estação chuvosa. Espécimes menores vivem nas margens, com baixo nível de água acima do substrato onde estão enterrados.[4][9]

Descrição editar

A saboneteira apresenta concha grande, de forma fina e trapezoidal, com 14 centímetros de comprimento e 10 centímetros de altura. Há uma fenda intervalvar na borda ventral anterior. A superfície externa é lisa e brilhante e de coloração marrom. Os umbos são baixos e corroídos. A superfície interna é brilhante e não há seio palial. A articulação é edêntula. A concha se assemelha a da espécie Leila esula, mas os umbos mais baixos, de formato mais trapezoidal e sem seio palial.[10] A fertilização do óvulo ocorre dentro da cavidade do manto da fêmea; o macho libera o esperma diretamente na água. A larva se desenvolve nas brânquias da fêmea, quando seu desenvolvimento termina são liberadas até encontrar um hospedeiro onde completam seu desenvolvimento. Lasidium (ectoparasita temporário de peixes) na saboneteira parasita preferencialmente peixes pequenos, fixando-se em todo o corpo, principalmente nas nadadeiras. Em sua fase inicial de desenvolvimento não apresenta especificidade para o parasitismo. Se alimenta de material suspenso que inclui plâncton e detritos orgânicos finamente divididos.[11][12][13][14]

Estado de conservação editar

Não há informações suficientes sobre seu estado de conservação, pois a União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN / IUCN) não possui informações atualizadas devido à falta de estudos. Existem propostas recentes tanto na Argentina quanto no Brasil para atualizá-lo.[8][15] Em 2007, a saboneteira foi classificada como vulnerável na Lista de espécies de flora e fauna ameaçadas de extinção do Estado do Pará;[16] em 2014, como em perigo no Livro Vermelho da Fauna Ameaçada de Extinção no Estado de São Paulo;[17] e em 2018, como pouco preocupante na Lista Vermelha do Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).[3][18] O estilete faz parte das espécies contempladas no Plano de Ação Nacional para a Conservação das espécies Endêmicas e Ameaçadas de Extinção da Fauna da Região do Baixo e Médio Xingu.[19][2]

Registro fóssil editar

A maioria dos bivalves fósseis sul-americanos pertence aos moluscos perlíferos, como os que correspondem à família dos micetopodídeos, com gêneros como Anodontites, entre outros. Segundo alguns autores, um fóssil de Anodontites é conhecido do Cretáceo Superior da Bahia (Brasil) e do Terciário Superior do Nordeste da Argentina.[20][21] Nos últimos anos, registros fósseis foram encontrados em outras regiões da Argentina, como os Vales Calchaquíes, no noroeste do país.[22]

Arqueomalacologia editar

Existem trabalhos que mostram o uso desses moluscos como elementos utilitários ou ornamentais, e até de tipo ritual, encontrados em sítios arqueológicos de diferentes regiões da Argentina, como os da Lagoa Mar Chiquita ou Mar de Ansenuza (província de Córdova), onde as conchas faziam parte dos bens funerários.[23][24] Em outro trabalho, é descrita a descoberta de vários materiais, incluindo Anodontites, em um sítio arqueológico na província de Chaco que seria um cemitério datado de ca. 1500.[25]

Usos editar

Além do uso ornamental e ritual que teve desde a antiguidade, seu uso como ferramenta está presente em alguns povos indígenas da Argentina, até os dias de hoje. As cascas, depois de extraídos e secos os órgãos internos, têm uso tradicional como colher e como alisador de peças de cerâmica, amplamente utilizadas em comunidades tobas como wichís.[26] Apesar de não existirem registos de épocas anteriores sobre a sua utilização alimentar, existem atualmente alguns estudos que analisam a utilidade das Anodontites na alimentação humana e animal, devido ao seu elevado teor proteico, tal como são utilizados os bivalves marinhos. Também é feita referência ao uso de conchas como fonte mineral. Existem vários trabalhos interessantes que analisam detalhadamente seu potencial no Peru,[27] Costa Rica[28] e Brasil.[29] Durante anos, os bivalves foram usados ​​como bioindicadores de diferentes graus de contaminação com diferentes substâncias ou devido a mudanças na situação ambiental do ambiente circundante.[30][31][32]

Referências

  1. a b «Anodontites trapesialis (Lamarck, 1819)». Consultado em 28 de abril de 2023. Cópia arquivada em 17 de novembro de 2022 
  2. a b «Portaria ICMBio N.º 16, de 17 de fevereiro de 2012» (PDF). Brasília: Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Ministério do Meio Ambiente. 17 de fevereiro de 2012. Consultado em 28 de abril de 2023. Cópia arquivada (PDF) em 22 de outubro de 2020 
  3. a b «Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção» (PDF). Brasília: Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Ministério do Meio Ambiente. 2018. Consultado em 3 de maio de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 3 de maio de 2018 
  4. a b «Anodontites trapesialis». Museu Nacional do Rio de Janeiro. Consultado em 28 de abril de 2023. Cópia arquivada em 6 de junho de 2020 
  5. «Anodontites trapesialis» (em inglês). Global Biodiversity Information Facility (GBIF). Consultado em 28 de abril de 2023. Cópia arquivada em 28 de abril de 2023 
  6. «species Anodontites trapesialis (Lamarck, 1819): specimens». The MUSSEL Project. Consultado em 28 de abril de 2023. Cópia arquivada em 27 de novembro de 2022 
  7. Rumi, Alejandra; Gutiérrez Gregoric, Diego E.; Núñez, Verónica; Darrigran, Gustavo A. (março de 2008). «Malacología Latinoamericana: Moluscos de agua dulce de Argentina». Revista de Biología Tropical (em espanhol). 56 (1): 77–111. ISSN 0034-7744. Consultado em 28 de abril de 2023. Cópia arquivada em 23 de outubro de 2022 
  8. a b «Trazan los mapas de distribución de un importante grupo de moluscos» (em espanhol). Conselho Nacional de Investigações Científicas e Técnicas (Argentina). Consultado em 28 de abril de 2023. Cópia arquivada em 25 de outubro de 2022 
  9. Hebling, Nilton José (9 de dezembro de 1976). «The functional morphology of Anodontites trapezeus (Spix) and Anodontites trapesialis (Lamarck). (Bivalvia: Mycetopodidae. Boletim de Zoologia. 1 (1): 265–298. ISSN 2526-3358. doi:10.11606/issn.2526-3358.bolzoo.1976.121585. Consultado em 28 de abril de 2023. Cópia arquivada em 22 de outubro de 2022 
  10. Pimpão, Daniel Mansur; Mansur, Maria Cristina Dreher; Rocha, Marcelo Salles (junho de 2010). «Sistemática filogenética dos gêneros de Hyriinae (Bivalvia, Unionoida), Amazônia, América do Sul». In: Pimpão, Daniel Mansur. Morfologia comparada de moluscos bivalves da Amazônia direcionada à taxonomia e sistemática filogenética de Hyriidae (Mollusca, Bivalvia, Unionoida) (PDF). Manaus: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA). p. 174. Consultado em 28 de abril de 2023. Cópia arquivada (PDF) em 28 de abril de 2023 
  11. Simone, Luiz Ricardo Lopes de (setembro de 1994). «Anatomical characters and systematics of Anodontites trapesialis (Lamarck, 1819) from South America (Mollusca, Bivalvia, Unionoida, Muteloidea)». Studies on Neotropical Fauna and Environment (em inglês). 29 (3): 169–185. ISSN 0165-0521. doi:10.1080/01650529409360929. Consultado em 28 de abril de 2023 
  12. Cruz, Rafael A.; Courrau, José A. (1 de janeiro de 1986). «Condición y ciclo reproductivo de la almeja anodontites trapesialis glaucus (Bivalvia mycetodidae)». UNICIENCIA. 3 (1): 37-42. ISSN 2215-3470. Consultado em 28 de abril de 2023. Cópia arquivada em 22 de outubro de 2022 
  13. Villalobos Masís, Carlos E. (2005). Composición biométrica de Anodontites Trapesialis ( Bivalvia: Mycetopodidae) en Caño Negro, Costa Rica y algunos factores que intervienen para su cultivo. [S.l.: s.n.] Consultado em 28 de abril de 2023. Cópia arquivada em 22 de outubro de 2022 
  14. Silva-Souza, A. T.; Guardia-Felipi, P.; Arrebola, N. R. (fevereiro de 2011). «Embryonic development of Anodontites trapesialis (Lamarck, 1819) (Bivalvia: Mycetopodidae)». Brazilian Journal of Biology (em inglês). 71: 139–144. ISSN 1519-6984. doi:10.1590/S1519-69842011000100020. Consultado em 28 de abril de 2023. Cópia arquivada em 23 de outubro de 2023 
  15. «LIBRO DE RESÚMENES - XI CONGRESO LATINOAMERICANO DE MALACOLOGÍA 2020» (PDF). Associação Argentina de Malacologia. Consultado em 28 de abril de 2023. Cópia arquivada (PDF) em 22 de outubro de 2022 
  16. Extinção Zero. Está é a nossa meta (PDF). Belém: Conservação Internacional - Brasil; Museu Paraense Emílio Goeldi; Secretaria do Estado de Meio Ambiente, Governo do Estado do Pará. 2007. Consultado em 2 de maio de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 2 de maio de 2022 
  17. Bressan, Paulo Magalhães; Kierulff, Maria Cecília Martins; Sugleda, Angélica Midori (2009). Fauna Ameaçada de Extinção no Estado de São Paulo - Vertebrados (PDF). São Paulo: Governo do Estado de São Paulo, Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente do Estado de São Paulo (SIMA - SP), Fundação Parque Zoológico de São Paulo. Consultado em 2 de maio de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 25 de janeiro de 2022 
  18. «Anodontites elongatus (Swainson, 1823)». Sistema de Informação sobre a Biodiversidade Brasileira (SiBBr). Consultado em 28 de abril de 2023. Cópia arquivada em 28 de abril de 2023 
  19. Sumário Executivo do Plano de Ação Nacional para a Conservação das espécies Endêmicas e Ameaçadas de Extinção da Fauna da Região do Baixo e Médio Xingu (PDF). Brasília: Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Ministério do Meio Ambiente (MMA). Consultado em 27 de abril de 2023. Cópia arquivada (PDF) em 27 de abril de 2023 
  20. Camacho, H. H.; Longobucco, Mónica I. (2008). Los invertebrados fósiles 1.ª ed. Buenos Aires: Fundação de História Natural Félix de Azara; Museu Argentino de Ciências Naturais "Bernardino Rivadavia". ISBN 978-987-22121-7-9. OCLC 758129101. Consultado em 28 de abril de 2023 
  21. «Anodontites trapesialis». Fossil Works. Consultado em 28 de abril de 2023. Cópia arquivada em 19 de outubro de 2022 
  22. Morton, Lourdes Susana; Herbst, Rafael (31 de dezembro de 2012). «Etherioidea y Ampullarioidea (Mollusca) en la Formación San José (Mioceno Medio), valle de Santa María, provincia de Salta, Argentina». Gaea - Journal of Geoscience. 8 (2): 82–92. doi:10.4013/gaea.2012.82.05. Consultado em 28 de abril de 2023. Cópia arquivada em 25 de outubro de 2022 
  23. Fabra, Mariana; Gordillo, Sandra; Piovano, Eduardo L. (2012). «Arqueomalacología en las costas de Ansenuza: análisis de una almeja nacarífera (Anodontites trapesialis) hallada en contexto funerario del sitio El Diquecito (Laguna Mar Chiquita, Córdoba)». Arqueología (em espanhol). 18: 257–266. ISSN 1853-8126. doi:10.34096/arqueologia.t18.n0.1817. Consultado em 28 de abril de 2023. Cópia arquivada em 28 de janeiro de 2023 
  24. Gordillo, Sandra (2021). «Registros arqueomalacológicos en el centro de Argentina: el uso de Megalobulimus y otros moluscos en cuentas y adornos personales». Intersecciones en Antropología (em espanhol). 22 (1): 83–95. Consultado em 28 de abril de 2023. Cópia arquivada em 23 de outubro de 2022 
  25. Lamenza, Guillermo N.; Calandra, Horacio A.; Salceda, Susana A. (31 de julho de 2019). «Arqueología de los ríos Pilcomayo, Bermejo y Paraguay». Revista del Museo de La Plata (em espanhol). 4 (2): 481–510. ISSN 2545-6377. doi:10.24215/25456377e086. Consultado em 28 de abril de 2023. Cópia arquivada em 25 de outubro de 2022 
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  27. Saavedra, Fernando Ruiz (2000). «Enlatado de almejas de agua dulce (Anodontites trapesialis), ahumadas y conservadas en aceite vegetal». Universidade Nacional de São Martim (Peru). Cópia arquivada em 3 de dezembro de 2022 
  28. Masís, Carlos Villalobos (2005). «Composición Biométrica de Anodontites Trapesialis (BIVALVIA: Mycetopodidae) en Caño Negro, Costa Rica y algunos factores que intervienen para su cultivo» (PDF). Universidada da Costa Rica, Faculdade de Ciências, Escola de Biologia. Cópia arquivada (PDF) em 24 de outubro de 2022 
  29. Silva, Douglas dos Santos; Gonçalves, Bruno Bastos; Freitas, Paulo Vitor Divino Xavier de; Silva Nevo, Carlos de Melo e (julho de 2021). «Bromatological study of the freshwater bivalve Anodontites trapesialis (Lamarck, 1819) (Unionida, Mycetopodidae)». Latin american journal of aquatic research. 49 (3): 465–475. ISSN 0718-560X. doi:10.3856/vol49-issue3-fulltext-2659. Consultado em 28 de abril de 2023. Cópia arquivada em 25 de outubro de 2022 
  30. Jacomini, Analu Egydio; Avelar, Wagner Eustáquio Paiva; Martinêz, Alexandre Souto; Bonato, Pierina Sueli (outubro de 2006). «Bioaccumulation of Atrazine in Freshwater Bivalves Anodontites trapesialis (Lamarck, 1819) and Corbicula fluminea (Müller, 1774)». Archives of Environmental Contamination and Toxicology (em inglês). 51 (3): 387–391. ISSN 0090-4341. doi:10.1007/s00244-005-0238-x. Consultado em 28 de abril de 2023 
  31. Paschoal, Lucas R. P.; Andrade, Douglas P.; Pimpão, Daniel M.; Torres, Santiago; Darrigran, Gustavo (2020). «Massive mortality of the giant freshwater mussel Anodontites trapesialis (Lamarck, 1819) (Bivalvia: Mycetopodidae) during a severe drought in a Neotropical reservoir». Anais da Academia Brasileira de Ciências. 92 (suppl 2): e20180811. ISSN 1678-2690. doi:10.1590/0001-3765202020180811. Consultado em 28 de abril de 2023. Cópia arquivada em 15 de dezembro de 2022 
  32. Oliveira, Luciana Fernandes de; Cabral, Millena Terezinha; Risso, Wagner Ezequiel; Martinez, Claudia Bueno dos Reis (outubro de 2018). «Single and combined effects of Zn, Mn and Fe on the Neotropical freshwater bivalve Anodontites trapesialis: Bioaccumulation and biochemical biomarkers». Ecotoxicology and Environmental Safety (em inglês). 161: 735–745. doi:10.1016/j.ecoenv.2018.06.029. Consultado em 28 de abril de 2023. Cópia arquivada em 24 de outubro de 2022