Sacramentários eram os cristãos que, na época da Reforma Protestante, negavam não apenas a doutrina católica romana da transubstanciação como também a luterana da união sacramental.

Historicamente, o termo é geralmente utilizado para se referir aos protestantes calvinistas.

História editar

Os sacramentários estavam divididos em dois grupos:

  1. Os seguidores de Wolfgang Capito, Andreas Karlstadt e Martin Bucer que, na Dieta de Augsburgo, apresentaram a Confessio Tetrapolitana das cidades de Estrasburgo, Constança, Lindau e Memmingen.
  2. Os seguidores do reformador suíço Ulrico Zuínglio incluindo Johannes Oecolampadius. Zuínglio também apresentou sua confissão de fé na Dieta de Augsburgo.

O ponto de vista doutrinário era o mesmo nos dois casos: uma admissão da presença espiritual de Cristo que a alma devota pode receber e se alegrar, mas uma total rejeição de qualquer presença física ou corpórea.

Depois de defenderem seu ponto de vista por alguns anos, as quatro cidades aceitaram a Confissão de Augsburgo e se alinharam ao corpo doutrinário dos luteranos. A posição de Zuínglio, por outro lado, foi incorporada na Confissão Helvética. Atualmente uma curiosa inversão na terminologia fez com que o nome "sacramentário" fosse aplicado aos que se defendem uma visão extremada sobre a eficácia dos sacramentos.

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