Sericicultura, ou sericultura, stricto sensu, é a parte da Zootecnia que trata do estudo e da criação do lepidóptero Bombyx mori L., o bicho-da-seda. Na fase intermediária do seu ciclo vital, (crisálida), o bicho-da-seda produz um envoltório filamentoso (casulo), de cuja extração e processamento deriva a seda. É atribuído aos chineses a paternidade - há mais de 4 milênios - no desenvolvimento destas técnicas; a confecção de tecidos e diversas outras utilidades com as fibras que produz, inclusive, na expressão artística.[1]

História e lendas editar

Conta-se que na China, a Imperatriz Xi Ling-Shi (mandarin : 嫘祖, pinyin : Léi Zǔ) estava passeando quando avistou um pequena lagarta. Curiosa, tocou-a. E, de repente, percebeu que um finíssimo fio se destacara do animal e, alongando-se (delicada, mas resistentemente) manteve-se preso ao seu dedo. Docemente, a Imperatriz enrolou o fio e quando mais enrolava mais este se alongava. Notou, também, que produzia uma sensação morna muito agradável. Quando já havia se formado um significante novelo avistou um pequeno casulo e, logo, concluiu era ali que se produzira o fio. Feliz com a descoberta divulgou-a entusiasticamente.

Em Portugal editar

As principais zonas sericícolas de Portugal foram os Trás-os-Montes e a Beira Alta, que beneficiaram do isolamento geográfico. No século XIX eram percorridas por comerciantes estrangeiros para adquirir grandes quantidades de casulos.[2]
No Centro Ciência Viva de Bragança está presente uma exposição interativa acerca do ciclo do bicho-da-seda.

Ver também editar

Referências

  1. Condessa, Lucimara Canalli (1995). Sericicultura. Curitiba: Editora UFPR. ISBN 858513299X 
  2. Azevedo, J Mascarenhas, M. A. D. Mascarenhas, A. (2015). História da sericicultura em Portugal. Desde o início do século XIX até ao início do século XXI. UTAD.

Ligações externas editar

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