Serviço de proteção ao crédito

 Nota: Não confundir com Serviço Central de Proteção ao Crédito.

O serviço de proteção ao crédito (SPC), ou bureau de crédito, é um serviço de informações de crédito, que utiliza informações de adimplência e inadimplência de pessoas físicas ou jurídicas para fins de decisão sobre crédito.

No Brasil editar

No Brasil, o serviço de proteção ao crédito é prestado por bureaux de crédito públicos (como o Banco Central) ou privados (empresas privadas que atuam nesse setor).

História editar

No ano de 1955, o fundador das "Casas Minerva Roupas Ltda." solicitou à Associação Comercial de São Paulo (ACSP) que esta se responsabilizasse pela centralização dos dados do comércio. Em 14 de julho, deste mesmo ano a ACSP, em acordo com os lojistas criou o primeiro serviço de proteção ao crédito.[1][2]

Historicamente, no Brasil a concessão de crédito é baseada exclusivamente nos registros de inadimplência, utilizado para checar o histórico de mau pagamento de consumidores ou empresas.

Aprovado em junho de 2011, o cadastro positivo entra em vigor e passa a utilizar dados que informam a pontualidade do consumidor e empresas no pagamento de suas contas em dia.[3]

Como é feito o cadastro na lista de negativação editar

As empresas podem entrar com o pedido de negativação 1 dia após o não pagamento de uma fatura ou boleto. Porém, a maioria das empresas trabalha com um prazo que varia entre 15 e 90 dias para fazer a solicitação.

Após o pedido, as empresas de proteção ao crédito precisam entrar em contato com a pessoa potencial negativada, e ela tem 10 dias para regularizar a situação. Caso não haja nenhuma mudança, o CPF do inadimplente entra como registro negativado.

Como retirar o nome da lista de inadimplente editar

Ao tomar ciência de que seu nome consta na lista de inadimplentes de órgãos de proteção ao crédito; o primeiro passo é identificar qual o tipo de pendência que esta registrado.

  • No caso de empresas de varejo, utilities, bancos e financeiras, deve-se entrar em contato com o credor para negociar a dívida. Caso seja feito um acordo para pagamento da dívida, a empresa que solicitou a inclusão do débito junto aos órgãos de proteção ao crédito, deverá solicitar a exclusão da informação de débito.
  • No caso de cheques devolvidos (a partir da segunda devolução é anotado no Cadastro de Emitentes de Cheques sem Fundos (CCF) do Banco Central do Brasil), deve-se recuperar o cheque junto ao fornecedor. Com o cheque em mãos, deve-se apresentar o cheque a comprovação da quitação na agência bancária vinculada ao cheque, e solicitar a exclusão do cadastro do CCF.
  • No caso de títulos de protesto originados de nota promissória, duplicata, letra de câmbio ou cheque sem fundo, deve-se procurar o cartório no qual foi lavrado o débito. Deve-se solicitar uma certidão a fim de obter informações de identificação (nome, telefone e endereço) da pessoa que protestou. Então, entre em contato e quite o débito. Resgate o título (documento que gerou o protesto) e, também deve ser solicitada uma carta de anuencia ou recibo de pagamento. Apresente esses documentos no cartório onde o título foi apresentado para que a baixa seja efetuada.[4]

Principais Serviços de Proteção ao Crédito do Brasil: Serasa, SPC Brasil e SCPC Boa Vista editar

Apesar da existência de vários serviços de proteção ao crédito no mercado, o mercado brasileiro apresenta três grandes Birôs de Crédito: Serasa, SPC Brasil, e SCPC Boa Vista.

O Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC) é um serviço prestado pela Boa Vista Serviços,[5] que tem como finalidade fornecer informações gerais de crédito[6].

Por sua vez, o SPC Brasil concentra, principalmente, os dados do comércio[7], ou seja, de lojistas, e atua em parceria com as CDLs, com as associações comerciais locais, e com o cadastro da nacional da RENIC.

Por fim, o Serasa, atualmente chamado de Serasa Experian, reúne principalmente informações acerca de dívidas com instituições financeiras e bancárias.

Referências

  1. «A história da revolução do crédito no Brasil». Consultado em 11 de maio de 2011 
  2. SCALVI, Fernanda Crisitina (2006). Uma história de crédito. 50 anos do SCPC. São Paulo: Associação Comercial de São Paulo. 96 páginas 
  3. «Cadastro Positivo e os Pequenos Negócios». Consultado em 3 de maio de 2011. Arquivado do original em 22 de março de 2011 
  4. «Nome Negativado». Consultado em 12 de maio de 2011 
  5. «Boa Vista Serviços assume o SCPC». Consultado em 7 de abril de 2011 
  6. «Boa Vista Serviços vai competir com a Serasa em informações de crédito». Consultado em 7 de abril de 2011 
  7. «Guia Definitivo do Negativado - Cidadela Empréstimos». 22 de fevereiro de 2024. Consultado em 22 de fevereiro de 2024 

Ligações externas editar

Ver também editar