Simbácio de Astianena

Simbácio de Astianena foi um nobre armênio do final do século VI e começo do VII, senhor de Astianena.

Simbácio de Astianena
Nacionalidade
Império Sassânida
Ocupação General
Religião Cristianismo

Vida editar

 
Soldo de Focas (r. 602–610)

Sua existência é atestada apenas na História de Taraunitis de João Mamicônio, obra considerada não fiável, e autores como Christian Settipani põe dúvida a sua existência.[1] Na obra é descrito como príncipe de Astianena. Aparece no começo do reinado do imperador Focas (r. 602–610), quando ajuda na luta contra invasão de Raanes e seus 6 000 homens. Participou na ação conjunta liderada por Baanes II e comandou 3 600 homens. Causou grande massacre lá e se apressou em decapitar Raanes e colocar as tropas em fuga. Assediou-os até que pediram que parasse e prometeram pagar-lhes impostos. Após mais algumas discussões, disse: "Ou nos dê a cabeça de Raanes ou nos dê 30 000 daecans". Pagaram 30 000 daecans e quando preparavam-se para fugir foram massacrados.[2]

Durante a invasão de Surena, Simbácio e Baanes III chegaram com 6 000 homens ao auxílio de Simbácio I (pai do último) e Varazes de Palúnia quando combatiam os persas próximo do Mosteiro do Glaco. Ao saber que seu pai estava bem, Baanes ataca, abrindo caminho e avançando. Abre uma das alas enquanto Simbácio limpou a outra, e assumindo a conduta da guerra, começaram a matar os líderes do exército persa. Movendo, Baanes cercou a outra ala, e tendo prendido as tropas iranianas no meio, eles as destruíram até a noite.[2] Depois, quando Tigranes invadiu, Simbácio I confiou a ala esquerda de seu exército a Simbácio.[3]

Simbácio também participou na luta contra as tropas invasoras de Varduri enviadas 18 anos depois. Num dos confrontos, uma brigada de fugitivos persas foi para junto dos clérigos que acompanhavam o exército armênio e imploraram por suas vidas. Quando a brigada de Simbácio chegou, perguntaram: "Onde estão os persas que vieram atrás dos fugitivos?" Mas os clérigos não os entregaram e então Simbácio perguntou: "O que aconteceu com os iranianos?" Os clérigos responderam: "Eis que estão com seus pais". Então a batalha cessou. Voltaram os fugitivos a Megueti, encontrando 480 deles. Lhes deram tesouros e cavalos e os liberavam para ir aos persas como porta-vozes para relatar as maravilhas que haviam encontrado dos clérigos dos armênios.[4]

Referências

  1. Settipani 2006, p. 147.
  2. a b Bedrosian 1985, Capítulo III.
  3. Bedrosian 1985, Capítulo IV.
  4. Bedrosian 1985, Capítulo V.

Bibliografia editar

  • Settipani, Christian (2006). Continuidade das elites em Bizâncio durante a idade das trevas. Os príncipes caucasianos do império dos séculos VI ao IX. Paris: de Boccard. ISBN 978-2-7018-0226-8