Os statare eram trabalhadores agrícolas, na Suécia dos séculos XVIII, XIX e XX, sujeitos a um regime com raízes na Idade Média, caraterizado por uma sujeição patriarcal ao patrão e uma remuneração em forma de "casa, alimentação e roupa", no latifúndio em que viviam e trabalhavam.[1][2]

Tinham um contrato anual, só podendo mudar de patrão no fim desse contrato. Em vez de receber um salário, eram remunerados através de habitação (em casas especiais), comida (como leite e cereais) e roupas.
Toda a família trabalhava nas atividades agrícolas, vivendo em condições de pobreza e dependência económica, com muito poucos direitos laborais face aos patrões.
O sistema foi abolido em 1945, como resultado da agitação e da opinião criada pelo escritor sueco Ivar Lo-Johansson (ele próprio de origem statare), e ainda de Moa Martinson e Jan Fridegård.[3][4][5][6]

Referências

  1. Miranda, Ulrika Junker; Anne Hallberg (2007). «Statare». Bonniers uppslagsbok (em sueco). Estocolmo: Albert Bonniers Förlag. p. 938. 1143 páginas. ISBN 91-0-011462-6 
  2. Tomas Blom. «Statarnas hårda liv» (em sueco). Populär historia, 2008. Consultado em 6 de junho de 2016 
  3. Magnusson, Thomas; et al. (2004). «Satatre». Vad varje svensk bör veta (em sueco). Estocolmo: Albert Bonniers Förlag e Publisher Produktion AB. p. 77. 654 páginas. ISBN 91-0-010680-1 
  4. Lars Olsson. «Statare» (em dinamarquês). Den Store Danske Encyklopædi – Grande Enciclopédia Dinamarquesa. Consultado em 1 de março de 2016 
  5. «Statare» (em norueguês). Store norske leksikon - Grande Enciclopédia Norueguesa. Consultado em 1 de março de 2016 
  6. «Ivar Lo-Johansson» (em sueco). Litteraturbanken. Consultado em 1 de março de 2016