Strängnäs ( pronúncia) ou Estregnésia[1][a] (em latim: Strengines, Stregnesia ou Strengnesia) é uma cidade sueca da região de Svealand, província da Södermanland, condado da Södermanland e comuna de Strängnäs, onde é sede. Está situada numa pequena península às margens do lago Mälaren, entre as cidades de Eskilstuna (30 quilômetros a leste) e de Södertälje (40 quilômetros a sudeste). Possui 7,19 quilômetros quadrados. De acordo com o censo de 2018, havia 14 265 habitantes. Seu centro é dominado por sua catedral.[2][3][4]

Suécia Strängnäs 
  Cidade  
A cidade à volta da Catedral de Strängnäs
A cidade à volta da Catedral de Strängnäs
A cidade à volta da Catedral de Strängnäs
Localização
Strängnäs está localizado em: Suécia
Strängnäs
Localização de Strängnäs
Coordenadas 59° 22' N 17° 02' E
Região Svealand
Província Södermanland
Condado Södermanland
Comuna Strängnäs
Características geográficas
Área total 7,19 km²
População total (2018) 14 265 hab.
Densidade 1 984 hab./km²
Sítio www.strangnas.se

Etimologia editar

O topônimo Strängnäs significa armadilhas no istmo. A ocorrência mais antiga de que há memória é Strigines, datada de 1120, na qual é apontada como sede de diocese. Num documento em latim de 1275, é citada como Strengines.[3][5][6] Outras grafias latinas são Stregnesia[7] e Strengnesia.[8][9]

Em textos em português costuma ser usada a forma original Strängnäs.[10]

História editar

 
Gravura de Strängnäs na Suecia antiqua et hodierna.


A origem e a história de Strängnäs está relacionada com a sua posição geográfica entre o lago Mälaren e a província histórica da Södermanland. Na Idade Média a estrada entre as províncias da Östergötland e da Uppland passava igualmente na proximidade da cidade. No século XII, Strängnäs ascendeu a sede de arcebispado, e no século XII foi aí fundado um convento dominicano. A catedral de Strängnäs começou a ser erigida no século XIII. A Lei da Södermanland refere em 1327 o mercado de Strängnäs. Em 1523, Gustavo Vasa foi eleito rei da Suécia em Strängnäs. A Reforma protestante no século XVI impôs um longo período de decadência à cidade. Em 1626, recebeu uma das primeiras escolas secundárias do país. No século XIX, a cidade voltou a crescer em importância, ganhando um certo carácter industrial, e sobretudo afirmando-se como centro regional e sede de uma guarnição militar.[11][12][13]

Comunicações editar

A cidade de Strängnäs é atravessada pela estrada europeia E20, com ligação a Estocolmo e Gotemburgo e pela estrada nacional 55, com ligação a Uppsala e Norrköping. A linha férrea da Svealand conecta Strängnäs com Eskilstuna e Södertälje-Estocolmo. O canal de Södertälje dá acesso ao Mar Báltico.[14]

Economia editar

 
Fábrica da Åkers Sweden.

A economia de Strängnäs está caracterizada pela existência de algumas indústrias de média dimensão, lado a lado com empresas de menor dimensão. Pode ser destacada a produção de aço, medicamentos, instrumentos e equipamento eletrónico. Entre as maiores empresas estão a Åkers Sweden (laminadores de aço) e a Pfizer Health (medicamentos).[15][16]

Património editar

Entre as atrações turísticas de Strängnäs, podem ser destacadas:[17]

Nota editar

[a] ^ Surgida a partir de Stregnesia, com o acréscimo da vogal suporte ê tal como Esparta (em latim: Sparta) e Escânia (em latim: Scania).

Referências

  1. GEPB 1981, p. 868.
  2. City Population.
  3. a b Enciclopédia Nacional Sueca.
  4. Enciclopédia Norstedts 2008, p. 1242-1243.
  5. Wahlberg 2003, p. 310.
  6. Hellquist 1922.
  7. Korpiola 2009, p. 9.
  8. Vilborg 2009, p. 486.
  9. Georgii 1768, p. 22.
  10. José Luís Amorim Silva. «Madeiras usadas em escultura policromada : revisão da metodologia e das técnicas histológicas necessárias à sua identificação». Universidade Católica Portuguesa. Consultado em 15 de setembro de 2019. o retábulo da Paixão, executado em Bruxelas e exportado para a catedral de Strängnäs na Suécia 
  11. «Kvarteret Bodarne» (PDF) (em sueco). Sörmland museum. Consultado em 14 de abril de 2020 
  12. Svensson, Lars (2001). «Strängnäs». Värt att se i Sverige [Para ver na Suécia]. En reseguide (em sueco). Estocolmo: Bonnier. p. 258. 383 páginas. ISBN 9100571903 
  13. «Strängnäs» (em sueco). Nationalencyklopedin (Enciclopédia Nacional Sueca). Consultado em 14 de abril de 2020 
  14. Lidman Production AB (texto) e Matton (fotografia) (2011). «Södermanland». Libers stora junioratlas (em sueco). Estocolmo: Liber. p. 23. 144 páginas. ISBN 9789147809028 
  15. «Näringslivet i Strängnäs kommun» (em sueco). Comuna de Strängnäs. Consultado em 14 de abril de 2020 
  16. «Strängnäs» (em sueco). Nationalencyklopedin (Enciclopédia Nacional Sueca). Consultado em 14 de abril de 2020 
  17. Ottosson, Mats; Åsa Ottosson (2008). «Strängnäs». Upplev Sverige (Conheça a Suécia). En guide till upplevelser i hela landet (em sueco). Estocolmo: Wahlström Widstrand. p. 351. 527 páginas. ISBN 9789146215998 

Bibliografia editar

  • «Strängnäs». Enciclopédia Nacional Sueca (em sueco). Gotemburgo: Universidade de Gotemburgo 
  • Georgii, Carl Fredrik (1768). Specimen historicum de Strengnesia urbe Sudermaniæ, cujus partem I:mam ... præside mag. Carol. Fred. Georgii ... Æquo bonorum examini submittit ... Jahannes Graffman Sudermannus in audit. Carolin. maj. die [] Decembris anni MDCCLXVIII. H.A.M.S. (em latim). Upsália: Litt. Joh. Edman. 54 páginas 
  • Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira Vol. 2 Atualização. Lisboa e Rio de Janeiro: Editorial Enciclopédia. 1981 
  • Hellquist, Elof (1922). «Strängnäs» (em sueco). Projekt Runeberg - Svensk etymologisk ordbok (Projeto Runeberg - Dicionário etimológico sueco - Arquivo Nacional da Suécia) 
  • Korpiola, Mia (2009). Between Betrothal and Bedding: Marriage Formation in Sweden 1200-1600. Leida e Nova Iorque: BRILL 
  • Vilborg, Ebbe (2009). «Strängnäs». Norstedts svensk-latinska ordbok (Dicionário Norstedts de Sueco-Latim). 28.000 ord och fraser (28 000 palavras e frases) (em sueco). Estocolmo: Academia Norstedts akademiska. 660 páginas. ISBN 9789172275720 
  • Wahlberg, Mats (2003). «Strängnäs». Svenskt ortnamnslexikon (Dicionário das localidades suecas) (em sueco). Upsália: Språk- och folkminnesinstitutet e Institutionen för nordiska språk vid Uppsala universitet. ISBN 91-7229-020-X 
 
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