Streptococcus agalactiae

Streptococcus agalactiae são estreptococos do grupo B e como características morfológicas apresentam as mesmas comuns ao gênero Streptococcus. É um cocos Gram-positivo, anaeróbio facultativo. Podem colonizar o trato genital feminino e são a principal fonte de infecção neonatal durante a gravidez e pós-parto, associada a taxas de mortalidade críticas em partos prematuros.[1]

Como ler uma infocaixa de taxonomiaStreptococcus agalactiae

Classificação científica
Reino: Bacteria
Filo: Firmicutes
Classe: Bacilli
Ordem: Lactobacillales
Família: Streptococcaceae
Género: Streptococcus
Espécie: S. agalactiae
Nome binomial
Streptococcus agalactiae
( Lehmann & Neumann 1896)

Fatores de virulência editar

  • Polissacarídeo capsular
  • Ácido lipoteicóico
  • Proteínas de superfície
  • Hemolisina
  • Enzimas
  • Proteases, nucleases e hialuronidases
  • Fator CAMP
  • Nucleotideos

Fator CAMP editar

O Fator CAMP é considerado como fator de virulência devido a sua capacidade de se ligar a imunoglobulinas G e M, via fração Fc.Por outro lado, a detecção da produção do fator CAMP é de auxílio significativo na identificação de S. agalactiae.

Deve-se analisar em cultura realizada concomitante ao Staphylococcus aureus (de forma perpendicular) a formação de uma "seta" ou área de maior intensidade da Beta hemólise no local de interseção das amostras.

Doenças editar

  • Endometrite
  • Choque séptico
  • Febre Puerperal
  • Infecções no recém nascido, adquirida no útero / septicemia e meningite.
  • Infecções tardias depois que o recém-nascido sai do hospital.

Diagnóstico Laboratorial editar

Gram Positivo disposto em pares e/ou cadeias; Catalase negativa Oxidase Negativa Presença de Beta Hemólise Ação do Fator CAMP e Antibiograma com identificação de resistência a Bacitracina.

Tratamento editar

  • Penicilina (dose 12x maior que para S. pyogenes); penicilina + gentamicina ou outro aminoglicosídeo.

Prevenção editar

Obstetras tem usado administração parenteral de ampicilina intra-partum para prevenção quando suspeita-se da possibilidade de infecção. Estudos sobre vacinas em andamento.

Fasceíte necrotizante (raro) editar

Apesar de ser uma bactéria pouco virulenta normalmente, existem alguns casos (raros) de fasceíte necrosante de tecidos moles onde o Streptococcus agalactiae é isolado, quase sempre em pacientes imunocomprometidos (geralmente por diabetes mellitus 2). Inicialmente confunde-se os sinais como uma celulite, mas deve-se ter em atenção que a fasceíte necrotizante progride rapidamente, podendo levar a amputações, choque séptico ou mesmo morte.

Recomenda-se antibioterapia e debridamento o mais precocemente possível, tendo em atenção à área afectada, fazendo frequentemente a sua limpeza e drenagem, podendo mesmo ser necessário colocar enxertos no local do debridamento. [2][3][4][5]

Referências