Templo de Mente (em latim: Aedes Mentis) era um templo da Roma Antiga dedicado à deusa Mente, invocada em momentos de grande perigo para o estado[1], e que ficava no monte Capitolino, do lado do Templo da Vênus Ericina, do qual era separado por uma estreita passagem. Nada restou da estrutura.

Templo de Mente
Tipo Templo romano
Construção 215 a.C.
Promotor / construtor Tito Otacílio Crasso
Geografia
País Itália
Cidade Roma
Localização VIII Região - Fórum Romano
Coordenadas 41° 53' 29.6" N 12° 28' 56.5" E
Templo de Mente está localizado em: Roma
Templo de Mente
Templo de Mente

História editar

Segundo Lívio, em 217 a.C., depois da derrota na Batalha do Lago Trasimeno para as forças cartaginesas de Aníbal, o ditador Quinto Fábio Máximo Verrugoso, depois de consultar os Livros Sibilinos, jurou construir um templo dedicado à Vênus Ericina e o pretor Tito Otacílio Crasso jurou construir um outro, dedicado à deusa Mente[2]. Ambos foram inaugurados em 8 de junho de 215 a.C. pelos duúnviros encarregados: Fábio Máximo dedicou o templo de Vênus e Otacílio, o de Mente[3][4].

O templo de Mente provavelmente foi restaurado por Marco Emílio Escauro, cônsul em 115 a.C., naquele mesmo ano ou no ano seguinte à sua campanha de 107 a.C. contra os cimbros[4].

Em 193, o imperador Pertinax cunhou uma moeda com a efígie de Mente em pé com a coroa de Laetitia (Ceres) e o cetro de Juno, atributos da inteligência política e militar respectivamente, com o texto "Menti Laudandae[1].

Descrição editar

O Templo de Mente ficava no monte Capitolino, no ângulo sudeste, dominando a Rocha Tarpeia, em uma área densamente edificada com edifícios religiosos, bem ao lado do Templo da Vênus Ericina[4] e separado dele por um canal de escoamento de água[3][5].

Localização editar

Planimetria do Capitólio antigo

Referências

  1. a b Harold Mattingly, Edward A. Sydenham, The Roman Imperial Coinage, volume IV, parte I "Pertinax to Geta", Spink & son, Londra, 1936, p. 4.
  2. Lívio, Ab Urbe Condita XXII, 9.10, 10.10.
  3. a b Lívio, Ab Urbe Condita XXIII, 30.13, 31.9, 32.20.
  4. a b c Platner (1929)
  5. Varrão, ap. Philogyr. ad Georg. IV.265.

Bibliografia editar