Tito Flávio Postúmio Ticiano

político

Tito Flávio Postúmio Ticiano (em latim: Titus Flavius Postumius Titianus) foi um oficial romano do século III, ativo no reinado dos imperadores Diocleciano (r. 284–305), Maximiano, Galério (r. 293–311) e Constâncio Cloro (r. 293–305) e Constantino (r. 306–337).

Tito Flávio Postúmio Ticiano
Nacionalidade
Império Romano
Ocupação Oficial

Vida editar

 
Áureo de Diocleciano (r. 284–305)
 
Soldo de Constantino (r. 306–337)

Ele era bisneto de Marco Postúmio Festo, neto de Tito Flávio Ticiano e Postúmia Festa e irmão ou primo de Tito Flávio Postúmio Varo. Pode ter sido filho de Postúmio Ânio Ticiano e talvez era descendente ou parente de Flávio Ticiano, curador de Clúsio, Flávio Ticiano, procurador da Gália Lugdunense e Aquitânia e Flávio Ticiano de Cirta. É incerto se esse Ticiano ou um parente homônimo é a pessoa citado numa inscrição de Hipepa, na Lídia.[1] Ticiano foi descrito como orador. Sua carreira foi preservada em algumas inscrições. No início de sua carreira, foi um candidato imperial para os ofícios de questor e pretor e antes de 291, foi cônsul sufecto ou adlecto entre consulados.[2]

Cerca de 291/292, foi nomeado corretor da Transpadana em vez de sua santidade (corrector Transpadanae cognoscens vice sacra) e electus ad iudicandas sacras appellationes, ou seja, o corretor da Gália Cisalpina e o oficial responsável por realizar deveres judiciais do imperador e executar seu desejo). Durante esse tempo ele construiu e dedicou um templo para Sol Invicto em Como. Em 292/293, foi corretor da Campânia, o primeiro que serviu nessa capacidade. Em 293/294 ou 294/295, torna-se consular de aquedutos e minícias (importação de cereais para Roma).[3]

De julho de 295 a julho de 296, foi procônsul da África, substituindo Dião Cássio. Então em 301, foi nomeado cônsul anterior com Vírio Nepociano; foi o último a estilizar-se em inscrição Cos. II por alcançar o consular ordinário com base num consulado sufecto anterior.[4] Finalmente, foi nomeado prefeito urbano de Roma, posição que reteve de 12 de fevereiro de 305 a 19 de março de 306.[5] Antes de 295, foi nomeado para duas posições sacerdotais, as de áugure e pontífice de Sol Invicto.[3] Depois, recebeu outra função religiosa, a de duodecênviro de Roma (um colégio criado em conexão com o Templo de Vênus e Roma dedicado por Adriano em 135), e continuou a servir suas funções sacerdotais no reinado de Constantino.[6] Em algum ponto incerto, foi também curador de Lugduno, Cales e outra cidade inespecífica.[1]

Ver também editar

Cônsul do Império Romano
 
Precedido por:
Constâncio Cloro III

com Galério III

Tito Flávio Postúmio Ticiano II
301

com Vírio Nepociano

Sucedido por:
Constâncio Cloro IV

com Galério IV


Referências

  1. a b Martindale 1971, p. 920.
  2. Mennen 2011, p. 123.
  3. a b Martindale 1971, p. 919.
  4. Bagnall 1987, p. 137.
  5. Martindale 1971, p. 919-920.
  6. Cameron 2010, p. 130-131.

Bibliografia editar

  • Bagnall, Roger S. (1987). Consuls of the Later Roman Empire. Oxford: Oxford University Press 
  • Cameron, Alan (2010). The Last Pagans of Rome. Oxônia: Oxford University Press. ISBN 019974727X 
  • Martindale, J. R.; A. H. M. Jones (1971). «T. Flavius Postumius Titianus 9». The Prosopography of the Later Roman Empire, Vol. I AD 260-395. Cambridge e Nova Iorque: Cambridge University Press 
  • Mennen, Inge (2011). Power and Status in the Roman Empire, AD 193-284. Leida: Brill. ISBN 9789004203594