Os Três Paxás, também conhecido como o "triunvirato ditatorial" do Império Otomano incluía o ministro do interior otomano, Mehmed Talat (1874-1921), o ministro da guerra, İsmail Enver, (1881-1922) e o ministro da marinha, Ahmed Djemal, (1872-1922). Como os organizadores dos Jovens Turcos, foram as figuras políticas dominantes no império durante a Primeira Guerra Mundial.

İsmail Enver
Mehmet Talat
Ahmed Djemal

Legado editar

Estudiosos ocidentais afirmam que, depois do Golpe de 1913, esses três homens se tornaram os governantes de facto do Império Otomano até sua sua dissolução após a Primeira Guerra Mundial. Eles eram membros do Comitê de União e Progresso, um partido com metas de criação de um estado "pan-turco" o que significava, nas palavras de Enver Paşa o "deslocamento dos dhimmi" da população não-muçulmana da Turquia otomana. Isto resultou no Genocídio Armênio, matando 1,5 milhões de cidadãos otomano-armênios e no Genocídio Assírio.

O Três Paxás foram os principais protagonistas da Aliança germano-otomana e da entrada do Império Otomano na Primeira Guerra Mundial ao lado das Potências Centrais. Um dos três, Ahmed Djemal, se opôs a uma aliança com a Alemanha, e a diplomacia francesa e russa tentaram manter o Império Otomano fora da guerra, mas a Alemanha estava movendo-se para um compromisso. Finalmente, em 29 de outubro, um ponto de não retorno foi alcançado quando o almirante Wilhelm Souchon assumiu o comando dos cruzadores Yavuz Sultan Selim e Midilli, junto com uma esquadra de navios de guerra turcos no mar Negro, e invadiu os portos russos de Odessa, Sebastopol e Teodosia. Alegou-se que Ahmed Djemal concordou no início de outubro de 1914 a autorizar o almirante Souchon para lançar um ataque preventivo.

Ismail Enver só teve apenas uma vez que tomou o controle de qualquer atividade militar (Batalha de Sarikamis), e deixou o Terceiro Exército em ruínas. A Primeira Ofensiva de Suez e a Revolta Árabe são falhas mais significativas de Ahmed Djemal.

Destino do triunvirato editar

Em 2 de novembro, após o Armistício de Mudros, Enver, Talat e Djemal, fugiram de Istambul. Todos os três foram, posteriormente, julgados in absentia na Corte Marcial da Turquia de 1919-1920 e foram sentenciados à morte. Talat e Djemal foram assassinados pela Operação Nêmesis e Enver foi morto por um soldado do Exército Vermelho na Ásia Central durante a Guerra Civil Russa, que também foi reivindicado pela Operação Nêmesis.

Bibliografia editar

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