Tronador

vulcão extinto na fronteira Argentina-Chile

Tronador é um vulcão extinto da Cordilheira dos Andes, na fronteira entre Chile e Argentina. Está inserido no Parque Nacional Nahuel Huapi, no lado argentino; e no Parque Nacional Vicente Pérez Rosales, no lado chileno.[1][2]

Tronador
Tronador
Tronador ao fundo e lago Mascardi à frente.
Tronador está localizado em: Argentina
Tronador
Localização do Tronador entre Chile e Argentina
Coordenadas 41° 9' 39" S 71° 53' 15" O
Altitude 3,491 m
Tipo Estratovulcão
País  Argentina
 Chile
Localidades Rio Negro (Argentina)
Região dos Lagos (Chile)
Cordilheira Andes
Primeira ascensão 29 de janeiro de 1934 por Hermann Claussen

História editar

Sua origem se deu no período do Pleistoceno. É estimado que os primeiros fluxos de lava se deram há 1.300.000 anos; e o último registro de atividade ocorreu há 350.000 anos.[3][4]

Na obra "História da Companhia de Jesus no Chile", escrita pelo jesuíta Miguel de Olivares entre 1736 e 1738, foi mencionado o monte Tronador (trovão), nome dado pelos nativos da região devido ao som que é produzido quando os seracs se desprendem dos glaciares.[2][4]

Os primeiros estudos geológicos ocorreram em 1909, por Steffen, que publicou seus estudos em literaturas científicas. E o primeiro mapa geográfico da região foi feito por Ljungner, em 1931.[4]

No dia 29 de janeiro de 1934, depois de 18 horas de subida, Hermann Claussen foi a primeira pessoa a alcançar o cume principal internacional do Tronador. E, em 28 de fevereiro de 1938, foi inaugurado pelo Clube Andino Bariloche, o primeiro refúgio na montanha, a 2.270 metros de altitude, mas por um erro de calculo, foi construído em solo chileno.[2][4]

Características editar

É um estratovulcão, formado pelas sucessivas sobreposições de material vulcânico ao longo de milhares de anos. É composto de basalto e andresito, também pode ser encontrado depósitos de lahars e de fluxos piroclásticos. Seu formato é cônico íngreme, e possui uma camada espessa de calota de gelo permanente.[1][3][4]

O pico principal internacional, também conhecido como Pico Anon, alcança 3.491 metros de altura; o pico mais alto do lado argentino alcança 3.230 metros; e do lado chileno alcança 3.320 metros.[2]

Abriga glaciares, e possui atividade geotérmica que forma fontes termais e fumarolas em seu entorno.[1]

Glaciares editar

Esses glaciares são alimentados pela calota de gelo permanente que se encontra no topo do Tronador. Ao longo do quaternário, aumentaram e diminuíram de tamanho, devido as variações climáticas que ocorreram neste período. A partir do século XX, os glaciares vem sofrido recuo acentuado.[4][5]

Glaciares no lado argentino:

Glaciares no lado chileno:

Refúgios editar

Refúgios no lado argentino:

  • Otto Meiling.[2]
  • Agostino Rocca.[2]

Refúgios no lado chileno:

  • Manuel Ojeda Cancino.[2]

Ver também editar

Referências

  1. a b c «Cerro Tronador (Argentina, Chile) |». Latin America and Caribbean Geographic (LAC Geo). 10 de fevereiro de 2023. Consultado em 10 de fevereiro de 2024 
  2. a b c d e f g h i j k l m n Martins, Alex Guilherme. «Ficha del Cerro Tronador, provincia de Río Negro, Argentina». Revista Cultura de Montaña. Consultado em 10 de fevereiro de 2024 
  3. a b «Cerro Tronador, entre el fuego y el hielo». Revista N&T (em espanhol). 21 de outubro de 2014. Consultado em 10 de fevereiro de 2024 
  4. a b c d e f Rivas, Sonia; Villarosa, Gustavo; Outes, Valeria; Masiokas, Mariano; Villalba, Ricardo. (2008). Sitios de Interés Geológico de la República Argentina. CSIGA (Ed.) Instituto de Geología y Recursos Minerales. Servicio Geológico Minero Argentino, Anales 46, II, 461 págs.
  5. Marzal, Daniel (10 de abril de 2021). «Desde 2000 hasta hoy el Tronador perdió un 20% de sus glaciares». Diario Río Negro | Periodismo en la Patagonia (em espanhol). Consultado em 10 de fevereiro de 2024 

Ligações externas editar

 
O Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre Tronador