O tumor de Merkel é um tipo de câncer de pele raro e agressivo que atinge na maior parte das vezes pessoas idosas e aquelas cujo sistema imunológico está enfraquecido pelo vírus HIV, ou ainda por tratamentos para evitar a rejeição de um transplante de órgão.O carcinoma de células de Merkel é menos comum do que a maioria dos outros tipos de câncer de pele, mas é um dos tipos mais agressivos. Esse tipo de câncer tem maior probabilidade de se disseminar para outras partes do corpo do que outros tipos de câncer de pele, e pode ser muito difícil de ser tratado se já está disseminado.

Esse tipo de câncer se inicia, com mais frequência, em partes do corpo expostas ao sol, como face (o local mais comum), pescoço e braços. Mas, pode começar em qualquer lugar no corpo. No carcinoma de células de Merkel, geralmente, aparecem nódulos ou edema firme, rosa, vermelho ou roxo na pele. Geralmente não são dolorosos, mas podem crescer rapidamente e às vezes formam úlceras ou feridas.

Embora quase todos os carcinomas de células de Merkel comecem na pele, uma pequena porcentagem se inicia em outras partes do corpo, como na parte interna do nariz ou do esôfago. Como o câncer de pele de células de Merkel é raro, ainda não existem estudos conclusivos sobre a melhor forma de tratar este tipo de câncer em ensaios clínicos. Por essa razão alguns médicos podem sugerir outros tipos de tratamento do que os listados aqui.

O tratamento do câncer de pele de células de Merkel depende se existe disseminação para outros órgãos. Dessa forma, é muito importante realizar exames corretos para determinar a extensão da doença, como, por exemplo, biópsia do linfonodo sentinela e exames de imagem.

Outros fatores, como a localização do tumor, idade e estado geral de saúde do paciente também podem influenciar as opções de tratamento.

Câncer de pele de células de Merkel sem disseminação

Estes tumores estão restritos à pele e são diagnosticados no momento do exame físico e com exames de imagem. Após o diagnóstico do câncer de pele de células de Merkel é realizada a biópsia do linfonodo sentinela para verificar se a doença atingiu os gânglios linfáticos.

Após a biópsia, o tumor principal na pele é tratado com excisão local ampla para retirar toda a doença. Se o tumor está localizado em local de difícil acesso é realizada uma cirurgia ampla ou de Mohs. A radioterapia pode ser outra opção em vez da cirurgia para alguns pacientes.

Se a biópsia do linfonodo sentinela não diagnosticou doença nos gânglios linfáticos, alguns médicos podem sugerir apenas o acompanhamento clínico sem qualquer tratamento adicional, principalmente se o tumor principal era pequeno. Mas, como o  câncer de pele de células de Merkel, muitas vezes, se dissemina para os gânglios linfáticos, a maioria dos médicos prescreve a radioterapia de linfonodos por segurança.

Câncer de pele de células de Merkel com disseminação para os linfonodos

Após a confirmação por biópsia, todo o tumor principal na pele é removido por excisão ampla. Se o tumor está localizado em local de difícil acesso é realizada uma cirurgia ampla ou de Mohs.

A radioterapia é frequentemente administrada no local onde o tumor foi removido, principalmente se o médico considerar que existe um risco recidiva.

Outras opções de tratamento podem incluir dissecção dos linfonodos e quimioterapia para tentar diminuir as chances de recidiva.

Câncer de pele de células de Merkel com disseminação para outros órgãos

Se o câncer de pele de células de Merkel se disseminou para outros órgãos, o tratamento muitas vezes pode controlar a doença e aliviar os sintomas, mas é muito difícil obter-se a cura neste estágio.

As opções de tratamento podem incluir cirurgia, radioterapia, quimioterapia, imunoterapia ou alguma combinação destes. Os benefícios de cada tratamento precisam ser ​​avaliados, bem como seus efeitos colaterais. Certifique-se de entender o objetivo de cada tratamento e suas possíveis desvantagens antes de iniciar o tratamento.

O tratamento com medicamentos imunoterápicos, como avelumab ou pembrolizumab pode ser outra opção. Estes tipos de medicamentos podem reduzir alguns tumores de câncer de pele de células de Merkel e tendem a ter menos efeitos colaterais do que a quimioterapia padrão, embora, muitas vezes, os efeitos colaterais possam ser mais severos.

Como esses tipos de câncer podem ser mais difíceis de serem tratados com as terapias atuais, os pacientes devem considerar a participação em um estudo clínico com novos medicamentos e combinações de diferentes tipos de tratamentos.

Recidiva do câncer de pele de células de Merkel

Se o câncer de pele de células de Merkel recidiva após o tratamento inicial, a terapêutica posterior dependerá do local da recidiva e dos tratamentos já realizados.

Se o tumor recidiva no local onde se iniciou, a cirurgia, com margens mais amplas, pode ser realizada para tentar removê-lo. Isto pode ser seguido por radioterapia, se não tiver sido administrada anteriormente. Se os linfonodos próximos não foram tratados, eles podem ser retirados e/ou tratados com radioterapia. Alguns médicos indicam quimioterapia, embora não esteja claro se isso pode ser útil.

Se o câncer recidiva nos gânglios linfáticos próximos, que ainda não foram tratados, eles podem ser retirados e/ou tratados com radioterapia. Alguns médicos podem indicar quimioterapia, embora, não esteja claro sua utilidade nesse momento.

Muitas vezes, tumores que recidivam para outros órgão são mais difíceis de serem tratados. A cirurgia e/ou radioterapia pode ser realizada, mas o objetivo é, geralmente, o alívio dos sintomas da doença. A quimioterapia, muitas vezes pode reduzir ou retardar o crescimento do tumor por um período de tempo e aliviar os sintomas. A quimioterapia também pode ter efeitos colaterais que precisam ser levados em consideração. O tratamento com medicamentos imunoterápicos, como avelumab ou pembrolizumab pode ser outra opção. Esses medicamentos mostraram ser úteis contra alguns cânceres de pele de células de Merkel avançados.

Os benefícios de cada tratamento devem ser avaliados ​​contra seus efeitos colaterais. Certifique-se de entender o objetivo de cada tratamento e suas possíveis desvantagens antes de iniciar o tratamento.

Como esses tipos de câncer podem ser mais difíceis de serem tratados, os pacientes devem considerar a participação em um estudo clínico com novos medicamentos e combinações de diferentes tipos de tratamentos.

Fonte: American Cancer Society (09/10/2018)

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