Túpac Katari

líder de uma rebelião do povo aimará contra as autoridades coloniais espanholas em Alto Peru, na Bolívia, no início da década de 1780
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Túpac Katari, nascido Julián Apasa Nina (Ayo Ayo, município de Sica Sica, província de Aroma, 1750La Paz, 15 de novembro de 1781), foi um líder de uma rebelião do povo aimará contra as autoridades coloniais espanholas em Alto Peru, na Bolívia, no início da década de 1780.

Túpac Katari
Túpac Katari
Nascimento 1750
Ayo Ayo
Morte 15 de novembro de 1781
La Paz
Cidadania Vice-Reino do Peru
Cônjuge Bartolina Sisa
Irmão(ã)(s) Gregoria Apaza
Ocupação líder ameríndio
Causa da morte desmembramento

É um personagem cercado de mistério. Os documentos oficiais não fazem nenhuma menção a ele até à sua espetacular aparição como comandante do cerco a La Paz. No entanto, a tradição oral, aceita pelos historiadores aimarás, apresenta uma biografia razoavelmente detalhada dele. Segundo esses relatos, Julián Apaza adotou o pseudônimo de Túpac Katari após a morte do líder indígena Tomás Katari.

Na juventude, Julián havia sido submetido ao regime de trabalho forçado, a mita, e conheceu na prática a realidade da superexploração nas minas do Altiplano andino. Nesse período, já pregava a seus companheiros a necessidade de um levante, embora nada soubesse ainda sobre Túpac Amaru nem sobre Tomás Katari.

Ao sair das minas, dedicou-se ao comércio itinerante da folha de coca. Em suas viagens, levava a mensagem da necessidade de uma insurreição. Aos poucos, se tornou conhecido e ganhou adeptos que faziam circular as notícias sobre a realidade que os cercava.

Nesse período Julián conheceu a história do levante de Túpac Amaru, em Cuzco, e da luta de Tomás Katari. Relacionando-se com articuladores de ambos, recebeu a incumbência de levar, de forma sigilosa, uma correspondência de Túpac Amaru a Tomás Katari, na qual o primeiro dava importantes instruções para organizar o levante nas regiões de Potosí e Oruro.

No entanto, Tomás Katari morreu antes da chegada do mensageiro, e Julián Apaza ficou com a carta e os documentos, sem ter a quem entregá-los. Diante do impasse, uma assembleia comunitária se reuniu e tomou uma decisão unânime: com a força de Túpac, Julián Apaza daria continuidade à luta de Tomás Katari. Assim nasceu Túpac Katari.

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