Um USB dead drop é um pen drive instalado num espaço público. Por exemplo, um pen drive USB pode ser montado num muro de tijolos preso ao lugar com concreto de secagem rápida.[1] O nome vem do método do método ''dead drop'' de comunicação da espionagem. Os aparelhos podem ser considerados como uma rede P2P anônima e offline.

Um dos USB dead drops de Aram Bartholl instalado em Brooklyn, NY

Uma rede de dispositivos de USB dead drop foi iniciada em 2010 em Nova Iorque pelo artista baseado em Berlim Aram Bartholl,[2][3] membro do coletivo nova-iorquino de arte e tecnologia Fat lab  Um sistema similar, o 'deadSwap'', operava na Alemanha desde 2009.[4]

Membros do público são convidados a deixarem ou encontrarem arquivos num dead drop diretamente, conectando seus laptops no pen drive colocado na parede para compartilharem arquivos e dados. É possível usar smartphones e tables usando adaptador USB on the go. 

Cada dead drop é vazio exceto por dois arquivos:[5] deaddrops-manifesto.txt,[6] e um arquivo readme.txt  explicando o projeto.[7]

Prós e contras editar

Prós editar

  • Oportunidade de praticar ''Datalove'' (palavra inventada pela Telecomix)
  • Compartilhar arquivos secretamente com outra pessoa
  • Compartilhamento P2P sem qualquer conexão wi-fi.
  • Se conecta a uma rede offline sem qualquer conexão a internet ou endereço IP.
  • Promove uma rede de mensagens e transferência de arquivos off the grid. 

Contras editar

Pontos publicamente e privadamente disponíveis dão a qualquer um a capacidade de salvar e transferir dados anonimamente e sem custos. Tais redes offlines são vulneráveis aos seguintes tipos de ameaças:

  • Um dead drop falso pode ser adaptado para danificar eletricamente qualquer equipamento ligado a ele, e ou constituir um risco de saúde e segurança para potenciais usuários. Por exemplo, pode conter um dispositivo "USB Killer", proposto por um hacker conhecido como Dark Purple, que eleva a tensão de alimentação, de 5V para 100V, e reinjeta nas linhas de dados, destruindo o chip de interface USB do equipamento conectado. Este risco pode ser diminuído utilizando-se um adaptador de isolação galvânica, que permite a troca de dados enquanto separa fisicamente os dois circuitos. No entanto, dispositivos de isolação para USB são pouco comuns.
  • Destruição de dados: qualquer um pode apagar todos os dados por deleção ou formatação, ou encriptando todos os dados e escondendo a chave (ransomware).
  • Malware: qualquer um pode intencionalmente ou sem intenção guardar malwares que podem infectar outros usuários com cavalos de tróia, keyloggers ou firmwares proprietários.
  • Vandalismo por destruição física: qualquer um pode atentar contra a instalação utilizando ferramentas mecânicas ou força bruta. O próprio dead drop pode ser considerado vandalismo em relação a construção, e ser retirado por causa disto.
  • Espalhamento indesejável: qualquer um pode revelar a localização do dead drop publicando coordenadas e indicando quem são os usuários.
  • Demolição: o próprio local do dead drop pode estar sujeito a demolição pelos proprietários e/ou poder público.

Estes contras, especialmente o primeiro item, criam um grave risco de uso para o dead drop USB, tanto maior em locais mais susceptíveis a vandalismo. Uma forma de atenuar o problema é instalá-lo num local semipúblico, onde não esteja sujeito a destruição física, nem à substituição do dispositivo dead drop legítimo por algum outro dispositivo destinado a causar danos. Mas mesmo instalado num local semipúblico, os riscos de software (segundo e terceiro item) ou de ameaça à informação (penúltimo item) continuam a existir.

Em torno do USB dead drop editar

Em 2013, o website instructables publicou um texto e vídeo sobre como fazer um USB dead drop na natureza.[5]

Compartilhamento sem fio editar

Seguindo este conceito, dead drops wi-fi estão sendo criadas.[8][9][10] A PirateBox, desenvolvida em 2011, é a mais conhecida.

Ver também editar

  • Compartilhamento de arquivos
  • Sneakernet
  • Utopismo tecnológico
  • Geocache

Referências