Urticária crônica espontânea

A urticária crônica espontânea (UCE) é uma doença de pele crônica caracterizada por lesões avermelhadas que coçam intensamente e mudam de lugar pelo corpo, e podem ser associadas ou não a inchaços em diferentes partes do corpo (chamados angiodemas).[carece de fontes?]

Mulher com sintomas de UCE no rosto, incluindo angiodemas

Descrição editar

Essas lesões duram pelo menos seis semanas e não são causadas por fatores externos desencadeantes (os chamados gatilhos) que costumam causar outras doenças alérgicas de pele, como cosméticos, perfumes, alimentos, produtos de limpeza e medicamentos.[carece de fontes?]

Estima-se que a urticária crônica afeta de 0,5% a 5% da população mundial, e sua incidência tem sido estimada em 1,4% ao ano. Mais de 60% das pessoas com urticária crônica apresentam UCE.[1]

Pesquisas mostram que o desconhecimento sobre a UCE é tão grande que 67% dos pacientes desistiram de procurar ajuda médica e a maioria deles acredita que os médicos não podem mais ajudá-los.[2]

92% das pessoas com UCE conseguem viver sem nenhum sinal ou sintoma da doença quando recebem o tratamento adequado.[3]

Segundo estudos e pesquisas sobre os impactos da doença, foi analisado que a UCE tem um impacto extremamente negativo na qualidade de vida, sendo mais impactante que doenças como a hanseníase (lepra) e a psoríase.[4] As principais consequências sociais da UCE são:[5]

  • interferência no trabalho e nos estudos,
  • privação de sono,
  • isolamento social, e
  • prejuízo das relações conjugais e familiares.

A imprevisibilidade das crises de UCE com sintomas elevados leva o paciente a um estado mental sobrecarregado, o que faz com que ele tenha risco aumentado para transtornos de ansiedade e até mesmo depressão.[6]

Referências

  1. Solange Oliveira Rodrigues Valle, M. D.; Antônio Abílio Motta, M. D.; Claudia Soïdo Falcao do Amaral, M. D.; Luis Felipe Chiaverini Ensina, M. D.; Márcia Carvalho Mallozi, M. D.; Maria das Graças de Melo Teixeira Spengler, M. D.; Maria Fernanda Ferraro, M. D.; Mário Cezar Pires, M. D.; Maurício Martins, M. D. (janeiro de 0161). «O que há de novo na urticária crônica espontânea?». Arquivos de Asma, Alergia e Imunologia (1): 9–25. ISSN 2764-6335. doi:10.5935/2318-5015.20160002. Consultado em 5 de julho de 2023 
  2. Maurer, M.; Staubach, P.; Raap, U.; Richter-Huhn, G.; Baier-Ebert, M.; Chapman-Rothe, N. (4 de janeiro de 2016). «ATTENTUS, a German online survey of patients with chronic urticaria highlighting the burden of disease, unmet needs and real-life clinical practice». British Journal of Dermatology (4): 892–894. ISSN 0007-0963. doi:10.1111/bjd.14203. Consultado em 5 de julho de 2023 
  3. Kaplan, Allen P. (maio de 2014). «Therapy of chronic urticaria: a simple, modern approach». Annals of Allergy, Asthma & Immunology (5): 419–425. ISSN 1081-1206. doi:10.1016/j.anai.2014.02.014. Consultado em 5 de julho de 2023 
  4. Cavariani Silvares, Maria Regina; Parise Fortes, Maria Rita; Miot, Hélio Amante (setembro de 2011). «Quality of life in chronic urticaria: a survey at a public university outpatient clinic, Botucatu (Brazil)». Revista da Associação Médica Brasileira (5): 565–569. ISSN 0104-4230. doi:10.1016/s0104-4230(11)70114-2. Consultado em 5 de julho de 2023 
  5. Maurer, M.; Weller, K.; Bindslev-Jensen, C.; Giménez-Arnau, A.; Bousquet, P. J.; Bousquet, J.; Canonica, G. W.; Church, M. K.; Godse, K. V. (17 de novembro de 2010). «Unmet clinical needs in chronic spontaneous urticaria. A GA2LEN task force report1». Allergy (3): 317–330. ISSN 0105-4538. doi:10.1111/j.1398-9995.2010.02496.x. Consultado em 5 de julho de 2023 
  6. «Urticária crônica espontânea pode desencadear reações de ansiedade e tristeza». ASBAI. 29 de março de 2017. Consultado em 5 de julho de 2023 
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