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Povos indígenas do Mato Grosso editar

Os povos indígenas do estado brasileiro do Mato Grosso encontram-se, atualmente, em um crescimento populacional, depois da redução demográfica da década de 1970. Das 817 mil pessoas no Brasil que se autodeclararam indígenas, 42 538 pessoas são de Mato Grosso, de acordo com o censo da IBGE realizado no ano de 2010. Em números absolutos, o estado do Amazonas é o que apresenta a maior população indígena declarada, com 168 680 mil habitantes. Mato Grosso aparece na lista com a sexta maior população, ficando atrás de Roraima (49 637), Pernambuco (53 284), Bahia (56 381), Mato Grosso do Sul (73 295) e Amazonas (já mencionado anteriormente). Dos 141 municípios do estado, 55 contam com terras indígenas, segundo a FUNAI.[1]

O estado de Mato Grosso, entre outras terras indígenas, abriga o Parque Indígena do Xingu; ela se caracteriza-se pelo fato de ser a primeira terra indígena a ser homologada pelo governo federal, pela sua extensão territorial, que conta com mais de 27 000 quilômetros quadrados (aproximadamente 2 800 000 hectares, área quase igual ao tamanho do estado de Alagoas) se incluir as terras indígenas Batovi e Wawi, e também por conta da diversidade de povos indígenas na qual vivem no parque. Atualmente vivem, no total, aproximadamente, 5 500 índios de dezesseis povos diferentes em seu território.[2] Contanto, muitos indígenas habitam em áreas urbanas também.[3]

Os povos indígenas mato-grossenses se caracterizam por baixa densidade demográfica. Em compensação, no entanto, há muitos povos, como os xavantes, bororos e cuicuros, por exemplo.[4]

Desde o século IX, já tinham, na região do alto rio Xingu, grandes aldeias indígenas em formato circular na qual abrigavam, cada uma, até 2 000 indivíduos. Essas aldeias, em questão, eram cercadas por fossos e paliçadas e, também, eram interligadas entre si por estradas de até quarenta metros de largura, dando forma a uma rede de aldeias que veio a abrigar, em totalidade, até 50 000 pessoas. Essa rede de aldeias chegou ao seu auge no século XIII, chegando a desaparecer antes mesmo da chegada dos primeiros europeus à região. A maior dessas aldeias recebeu o nome de Kuhikugu.[5]

No século XVI, na época em que os europeus começaram a chegar à região do atual estado de Mato Grosso, ela era povoada por uma abundante variedade de povos indígenas que, de maneira principal, eram de quatro grupos linguísticos: tupi, macro-jê, aruaque e caribe.[4]

A partir da década de 1980, o cultivo da soja introduzido por migrantes da Região Sul do Brasil com apoio do governo federal cresceu em enorme escala em Mato Grosso, levando este, na década seguinte, a atingir o primeiro lugar na produção dessa leguminosa no país.[6] Essa expansão agrícola, incluindo a expansão da criação de gado bovino, vem gerando, no entanto, preocupações relativas ao desmatamento[7] e aos conflitos entre posseiros e indígenas pela posse da terra.[8]

A cultura mato-grossense sofre forte influência dos indígenas, através de seus costumes e tradições. A presença do artesanato é significativo e expressivo, representando o modo de vida de cada tribo. Preservam a arte de confeccionar cocar, colares, brincos e pulseiras, usando-se das matérias-primas vindas da natureza, como sementes, penas e pigmentos.[9]

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Referências editar

  1. «12% do território de MT têm reserva indígena; população chega a 42 mil | RDNEWS - Portal de notícias de MT». 12% do território de MT têm reserva indígena; população chega a 42 mil | RDNEWS - Portal de notícias de MT. Consultado em 27 de junho de 2019 
  2. «Parque Indígena Xingu | Terras Indígenas no Brasil». terrasindigenas.org.br. Consultado em 27 de junho de 2019 
  3. «TERRITÓRIOS E IDENTIDADES: mapeamento dos grupos sociais do ESTADO DE MATO GROSSO – BRASIL» (PDF). Consultado em 27 de junho de 2019  line feed character character in |titulo= at position 27 (ajuda)
  4. a b «Organização Tribal | Portal Mato Grosso». Organização Tribal | Portal Mato Grosso. Consultado em 27 de junho de 2019 
  5. Civilizações perdidas: o lado oculto da história.-São Paulo: novembro, 2013. p.48,49.
  6. «O Xingu na mira da soja :: Instituto Socioambiental :: ISA». site-antigo.socioambiental.org. Consultado em 28 de junho de 2019 
  7. «Produção de soja no Mato Grosso aumenta enquanto desmatamento diminui na segunda metade da década de 2000 - IPAM». web.archive.org. 18 de junho de 2013. Consultado em 28 de junho de 2019 
  8. «Justiça culpa Incra por impulsionar conflito em terra indígena em MT -». web.archive.org. 16 de janeiro de 2014. Consultado em 28 de junho de 2019 
  9. «Danças, artes, comidas e costumes dão identidade a Mato Grosso - Notícias - MT PREV». www.mtprev.mt.gov.br. Consultado em 27 de junho de 2019