A Venus Express foi a primeira missão da Agência Espacial Europeia (ESA) ao planeta Vênus. A missão foi proposta em 2001 como forma de reutilização do desenho da Mars Express. Contudo, algumas características da missão levaram a mudanças no desenho, principalmente em áreas de controlo termal, comunicações e eletricidade. A missão Venus Express utilizou também instrumentos desenvolvidos para a missão da sonda Rosetta. O objetivo principal da missão foi de fazer observações globais da atmosfera venusiana, das características da superfície e da interação do ambiente do planeta com o vento solar.

Venus Express

Concepção artística da sonda
Descrição
Tipo Orbitador
Operador(es) União EuropeiaESA
Identificação NSSDC 2005-045ª
Website ESA
Duração da missão 9 anos e 37 dias
Propriedades
Massa 1 270 kg
Missão
Contratante(s) EADS Astrium
Data de lançamento 9 de Novembro de 2005
Veículo de lançamento Soyuz-Fregat
Local de lançamento CazaquistãoBaikonur, Casaquistão
Destino Vênus
Data de inserção orbital 11 de Abril de 2006
Fim da missão Janeiro/Fevereiro de 2015
Portal Astronomia
Imagem ilustrativa

A missão foi lançada no dia 9 de novembro de 2005 pelo foguete Soyuz e entrou em órbita de Vénus no dia 11 de abril de 2006, depois de aproximadamente 150 dias de viagem. Em 11 de Abril de 2006, a sonda deu sua primeira volta em torno do planeta, denominada órbita de captura, que foi uma elipse em torno de Vênus cujo apocentro se encontrava a 330 mil quilômetros e o pericentro a menos de 400 quilômetros. Menos de um mês depois da inserção em órbita, e depois de voar dezesseis vezes em torno de planeta, a nave espacial chegou à sua órbita operacional final em 7 de maio de 2006.

Objetivos editar

Clima de Vênus editar

Vênus é o planeta do Sistema Solar mais parecido com a Terra. Embora tivessem tamanho e composição química semelhantes na época em que foram formados, a evolução posterior desses dois planetas foi muito diferente. Espera-se que a nave Venus Express possa fornecer uma contribuição significativa para a compreensão da estrutura da atmosfera venusiana e também para que se possa entender as mudanças que a fizeram evoluir para o estado atual, caracterizado por um intenso efeito estufa. Esse conhecimento pode contribuir para o estudo das mudanças climáticas na Terra.[1] Em setembro de 2010 foram divulgadas imagens que mostram a existência de vórtices próximo ao polo sul do planeta, semelhantes aos que se observam em Saturno.[2]

Vida em outros planetas editar

A Venus Express também é utilizada para tentar detectar sinais de vida na Terra. Nas imagens feitas pelas câmeras da espaçonave, nosso planeta ocupa uma área menor do que um pixel, uma situação parecida com o que se espera observar nas imagens de exoplanetas semelhantes à Terra. Essas observações são então utilizadas para desenvolver métodos que possibilitem detectar planetas habitáveis em torno de outras estrelas.[3]

Fim da missão editar

Após se utilizar de freio aerodinâmico nos meses de agosto e setembro de 2014 para reduzir sua órbita elíptica, a sonda pode realizar uma observação diferenciada. Mas com o aumento na proximidade com o planeta a sonda foi gradativamente perdendo altitude, e quando foi tentado realizar uma manobra para prolongar a missão, a sonda já havia perdido contato no final de novembro, o que tornou impossível a comunicação para correção de órbita.[4] Sendo que o último contato com a sonda foi parcialmente estabelecido em 18 de Janeiro de 2015 as 15h01min55 UTC.[5]

Referências

  1. Atmospheric Dynamics of Venus and Earth
  2. «Venus' South Polar Vortex» (em inglês). Consultado em 28 de setembro de 2010 
  3. «Venus Express searching for life – on Earth» (em inglês). Consultado em 28 de setembro de 2010 
  4. «Sonda Vênus Express chega ao fim de sua missão». 26 de Dezembro de 2014. Consultado em 14 de Agosto de 2015 
  5. «Venus Express: the last shout» (em inglês). 23 de Janeiro de 2015. Consultado em 14 de Agosto de 2015 

Ligações externas editar

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