Vincent Bugliosi

advogado e escritor norte-americano

Vincent Bugliosi (Hibbing, 18 de agosto de 1934 - Los Angeles, Califórnia, 6 de junho de 2015), foi um advogado e escritor estadunidense, mais conhecido por ter sido o promotor do Caso Tate-LaBianca contra Charles Manson e seus seguidores da Família Manson, que assassinaram sete pessoas, entre elas a atriz Sharon Tate, em agosto de 1969, na Califórnia, Estados Unidos.

Vincent Bugliosi
Vincent Bugliosi
Bugliosi em 2009
Nascimento 18 de agosto de 1934
Hibbing, EUA
Morte 06 de junho de 2015 (80 anos)
Los Angeles, Califórnia
Nacionalidade norte-americano
Ocupação advogado, escritor

De ascendência italiana, Bugliosi graduou-se pela Universidade de Miami, que ele cursou graças a uma bolsa de estudos como tenista e em 1964 recebeu seu grau de advogado pela UCLA, na Califórnia.

Advogado editar

Como advogado e promotor público distrital do Condado de Los Angeles, Bugliosi acusou e conseguiu a condenação à pena de morte - depois comutada pra prisão perpétua - de todos os integrantes da Família Manson envolvidos nos assassinatos do Caso Tate-LaBianca, em julgamento ocorrido entre 1970-71. Perdeu apenas um caso de delitos criminais entre os 106 que atuou, conseguindo a condenação dos réus em todos os 21 que envolviam crimes de morte em que trabalhou na acusação.[1]

Escritor editar

Anos depois dos crimes de Charles Manson, Bugliosi escreveu o livro Helter Skelter, contando os detalhes dos crimes e dos julgamentos, que se transformaram num best-seller nos Estados Unidos, com mais de sete milhões de cópias vendidas[2] e que virou uma aclamada minisérie de televisão.

Com os anos, ele tornou-se um grande crítico da mídia, do governo, de juízes e de advogados nos EUA. Ele escreveu um livro também best-seller sobre o julgamento de O.J. Simpson, Outraged (Indignado}, em que critica firmemente promotores, advogados e juízes pela absolvição de Simpson, em quem via um claro culpado. Ele usou esses perfis para ilustrar problemas mais vastos na justiça criminal americana e nos meios de comunicação, bem como na designação política de juízes.

Em 2008, ele escreveu o seu livro mais polêmico, The Prosecution of George W. Bush for Murder (A Acusação de George W. Bush por Assassinato) em que defende, por fatos apresentados, que o ex-presidente dos Estados Unidos George W. Bush deva ser processado e condenado pela morte de 4.000 soldados americanos e de cerca de 100.000 iraquianos na Guerra do Iraque. Bugliosi acredita que Bush levou adiante a guerra sob falsas premissas, enganando o povo americano. No livro, ele estabelece as provas e enumera as perguntas que faria a Bush num pretenso julgamento por genocídio. Ele testemunhou em uma reunião na Casa do Comitê Judiciário em 25 de julho de 2008, em que pediu a abertura de um processo de impeachment de Bush.[3]

Bugliosi nunca teve, nem nunca usou um computador, e para escrever um de seus livros, fazia toda a pesquisa necessária, em arquivos microfilmados de livrarias. Ele escrevia todos os livros à mão, e sua assistente, Rosemarie Newton, se incumbia de processar os textos em computador.[3]

Referências

  1. The Nation: Vince Bugliosi bio
  2. «Helter Skelter: The True Story of the Manson Murders». W. W. Norton & Company. Consultado em 28 de junho de 2012 
  3. a b The Prosecution of George W. Bush for Murder ISBN 978-1-59315-481-3(2008)