Virtudes cardinais

Prudência, justiça, fortaleza e temperança
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Segundo a Igreja Católica Apostólica Romana, e conforme a Bíblia Sagrada, no Livro da Sabedoria, Capítulo 8, Versículo 7 ("E se alguém ama a justiça, saiba que as virtudes são frutos da Sabedoria: ela ensina a temperança e a prudência, a justiça e a fortaleza, que são os bens mais úteis na vida"), existem quatro virtudes cardinais[1] (ou virtudes cardeais) que polarizam todas as ou­tras virtudes humanas. O conceito teológico destas quatro virtudes foi derivado inicialmente do esquema de Platão e adaptado por Santo Ambrósio de Milão, Santo Agostinho de Hipona e São Tomás de Aquino.

Segundo a Doutrina da Igreja Católica, elas "são perfeições habituais e estáveis da inteligência e da vontade humanas, que regulam os nossos actos, ordenam as nossas paixões e guiam a nossa conduta segundo a razão e a . Adquiridas e reforçadas por actos moralmente bons e repetidos, são purificadas e elevadas pela graça divina".[2] As virtudes cardeais são quatro:

  • a prudência (originalmente “sapientia” que em latim significa conhecimento ou sabedoria), dispõe a razão para discernir em todas as circunstâncias o verdadeiro bem e a escolher os justos meios para o atingir. Ela conduz a outras virtudes, indicando-lhes a regra e a medida", sendo por isso considerada a virtude-mãe humana.
  • a justiça, que é uma constante e firme vontade de dar aos outros o que lhes é devido;
  • a fortaleza (ou Força) que assegura a firmeza nas dificuldades e a constância na procura do bem;
  • e a temperança (ou Moderação) que "modera a atracção dos prazeres, assegura o domínio da vontade sobre os instintos e proporciona o equilíbrio no uso dos bens criados", sendo por isso descrita como sendo a prudência aplicada aos prazeres.[3]


As virtudes cardeais como esculpidas na tumba do Papa Clemente II na Catedral de Bamberg
Iustitia
(Justiça)
Fortitudo
(Fortaleza)
Sapientia
(Prudência)
Temperantia
(Temperança)

Ver também editar

Referências

  1. Essas virtudes "cardeais" não são o mesmo que a trindade de "virtudes teológicas" ou "teologais" da , esperança e caridade. Juntas, elas englobam o que é conhecido como as virtudes celestiais ou algumas vezes as sete virtudes cardeais.
  2. Compêndio do Catecismo da Igreja Católica (CCIC), n. 1804.
  3. Ibidem; n. 380, 381, 382 e 383.
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