Walter Reed (13 de setembro de 1851Washington, D.C., 22 de novembro de 1902) foi um cirurgião estadunidense que, em 1900, demonstrou que a febre amarela é transmitida por um mosquito.[1]

Walter Reed
Walter Reed
Nascimento 13 de setembro de 1851
Belroi
Morte 22 de novembro de 1902 (51 anos)
Washington, D.C.
Sepultamento Cemitério Nacional de Arlington
Cidadania Estados Unidos
Filho(a)(s) Walter L. Reed
Alma mater
Ocupação médico militar, zoólogo, entomologista
Prêmios
Empregador(a) Universidade George Washington
Causa da morte apendicite

Vida editar

Foi um médico do Exército dos Estados Unidos que, em 1901, liderou a equipe que confirmou a teoria do médico cubano Carlos Finlay de que a febre amarela é transmitida por uma espécie particular de mosquito, ao invés de por contato direto. Essa percepção deu impulso aos novos campos da epidemiologia e biomedicina e, mais imediatamente, permitiu a retomada e conclusão das obras no Canal do Panamá (1904–1914) pelos Estados Unidos. Reed seguiu o trabalho iniciado por Carlos Finlay e dirigido por George Miller Sternberg, que foi apelidado de "primeiro bacteriologista dos Estados Unidos".[2][3][4]

Legado editar

O avanço de Reed na pesquisa da febre amarela é amplamente considerado um marco na biomedicina, abrindo novas perspectivas de pesquisa e humanitarismo. Foi em grande parte uma extensão do trabalho de Carlos J. Finlay, realizado durante a década de 1870 em Cuba, que finalmente ganhou destaque em 1900. Finlay foi o primeiro a teorizar, em 1881, que um mosquito era um transmissor, do organismo causador da febre amarela: um mosquito que pica uma vítima da doença pode picar e infectar uma pessoa sã. Ele apresentou essa teoria na Conferência Sanitária Internacional de 1881, onde foi bem recebida. Um ano depois, Finlay identificou um mosquito do gênero Aedes como o organismo transmissor da febre amarela. Sua teoria foi seguida pela recomendação de controlar a população do mosquito como forma de controlar a propagação da doença.

Essa descoberta ajudou William C. Gorgas a reduzir a incidência e prevalência de doenças transmitidas por mosquitos no Panamá durante a campanha americana, de 1903 em diante, para construir o Canal do Panamá. Antes disso, cerca de 10% da força de trabalho morria a cada ano de malária e febre amarela.[2][3][4]

Referências

  1. «Walter Reed | American pathologist and bacteriologist». Encyclopedia Britannica (em inglês). Consultado em 24 de dezembro de 2018 
  2. a b Bean, William B. , Walter Reed: A Biography , Charlottesville: University Press of Virginia, 1982.
  3. a b Pierce J.R., (2005). Yellow Jack: How Yellow Fever Ravaged America and Walter Reed Discovered its Deadly Secrets. John Wiley and Sons. ISBN 0-471-47261-1
  4. a b de Kruif, Paul (1926). "ch. XI Walter Reed: In the Interest of Science – and for Humanity!". Microbe Hunters. Blue Ribbon Books. New York: Harcourt Brace & Company Inc. pp. 311–333